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Vocação, volume 2 de Horizontes, Roberto Laaf, Alcantis

Vocação
Volume 2 - Série Horizontes
Roberto Laaf - Editora Alcantis
184 páginas - Ano de lançamento: 2011

Sinopse:
"Ana Clara continua às voltas com suas visões de assassinatos, mas desta vez o protagonista de seus tormentos é um homem elegante e envolvente chamado Eduardo, que lhe foi apresentado por sua melhor amiga, Clarisse.
Depois de muito tempo com o coração endurecido e mergulhado em solidão, sente-se tocada pelo jeito especial de Eduardo, o que lhe deixa ainda mais angustiada pela certeza do perigo.
Incapaz de imaginar que o assassino de seus pais está tão próximo, o perigo continua rondando a si e aos seus amigos, em uma espécie de sinistro ensaio para a morte.

“Zaconi olhava para sua vítima com frieza. Nada em seu ser sinalizava um mínimo de compaixão... Tratava-se apenas de mais um prazeroso negócio lucrativo...”


Minha resenha:
(Aconselho a ler a resenha do volume 1, primeiramente.)
Revelações, o 1º volume, é um livro maravilhoso, completamente viciante. Agora o volume 2, Vocação surpreendeu-me demais! Por ser melhor, o que parecia improvável! Muito mais ação e suspense a cada página.

Os dois volumes possuem muitas coisas em comum; a começar pela ótima qualidade que já ressaltei na resenha do volume 1, Revelações: a capa, a diagramação, a revisão, a impressão... tudo no mais alto padrão literário.
A capa é mais linda ainda, continuando com esse cenário desfocado que é a cidade grande. Posso me arriscar dizendo que a cidade é um personagem. Não o Rio de Janeiro em si (até porque há pontas com São Gonçalo, Niterói e Búzios), mas a vida urbana e seus mistérios como um todo.
Continuando sobre a capa: na minha interpretação uma Ana Clara de olhos abertos, meio de lado, com um olhar triste, porém corajoso. Novamente, a capa tem tudo a ver com o enredo do livro.
E outra vez, com o título do volume, um novo acerto: Vocação - o dom de Ana Clara, do qual ela não consegue fugir. Será essa sua verdadeira vocação? Usar o dom da clarividência, aonde ela prevê assassinatos brutais, para salvar essas futuras vítimas?
Outra semelhança do volume 2 com o 1º está na narrativa do Laaf, que se antes eu achei inteligentíssima, agora me pareceu muito melhor.
A dinâmica de cada página continua a deixar o leitor incontrolável. Você simplesmente passa da hora de pausar a leitura e não consegue, pois se pergunta sobre o destino de Ana Clara e seus amigos.
Vocação é mais violento, intenso, pertubador. Me perguntava a cada página o quanto as pessoas são capazes de cometerem atos maléficos para atingirem seus objetivos. Quanto perigo nós corremos em nosso dia-a-dia sem ao menos desconfiarmos.
Questionei minha própria vida, já que nascida e criada no Rio de Janeiro, a pouco tempo, mudei-me para o interior por medo da violência da capital. É claro que a violência e o medo estão presentes em qualquer lugar do mundo, e me pergunto se o interior é um pouco mais seguro. Temo que não.
Neste livro, Laaf toca com bastante realismo em assuntos comuns à vida moderna, medos reais, casos chocantes. Tráfico, queima de arquivo, sequestro, estupro, assassinato, tiroteio, troca de favores, suicídio - toda a sombria vida urbana é demonstrada numa trama muito, mais muito bem amarrada.
Novamente, nada é o que parece. E ao mesmo tempo, tudo está interligado.
Nenhum personagem foi criado e encaixado à toa na história. Novos personagens surgem para deixar o livro ainda melhor, mais variado e dinâmico. Vivenciamos o cotidiano de diferentes pessoas, de diversas classes sociais, todas interagindo, mesmo que desconheçam. A ação de alguém interfere direta ou indiretamente na vida de outra. Incluindo para algo negativo.
Um novo personagem me cativou: Eduardo, que parece o homem perfeito para a nossa protagonista Ana Clara. Infelizmente o realismo nem sempre dá espaço ao romance "água com açúcar". Ana Clara, como em vários outros momentos, está em conflito com seu íntimo, perguntando-se se o amor pode fazer parte de sua atormentada vida. Se ela pode entregar-se a esse sentimento. Ainda mais que nesse momento de decisões, ela tem uma nova visão: a vida desse rapaz, que acaba de entrar em cena e marcar o seu coração, corre sério risco de terminar drasticamente a qualquer momento.
Clarisse ainda está ameaçada, e a própria Ana Clara (embora não desconfie) também. Outros personagens também passam por situações de risco.
Ana Clara continua a ser uma apaixonante protagonista. Impossível não torcer a cada capítulo por sua felicidade, para que ela entre em paz com o seu dom e toda a sua vida ao redor. Ela é mais que uma heroína, pois ela não nos parece falsa, e sim totalmente real.
Como toda a história em si. Apesar de sabermos todo o tempo que trata-se de uma ficção, observamos que há tanta realidade e fatos comuns da vida urbana, que se nos distrairmos por um segundo, mergulhados na trama, confundimos vida e ficção. Lembramos de tragédias que vimos no noticiário, ou algo que ocorreu com algum conhecido.
Zaconi continua a assombrar não somente os personagens do livro, mas também ao leitor. Não apenas ele, mas todos os vilões. Sabe-se quantos "Zarconis", "Mirões" ou "Gomes" existem por aí? Quantos assassinos, mercenários, corruptos, traficantes? Quantas pessoas sem respeito algum ao próximo? É de gelar a espinha e parar o coração.
E ainda temos aqueles que não são nem mocinhos nem bandidos. Depende do momento, da visão de cada um. Erros, desvios de personalidade, com justificativas próprias. Com pouca ou nenhuma ética.
Matheus, Marinalva, Camila. Cada um a sua maneira me despertaram diferentes reações e opiniões. Ás vezes eu ficava boquiaberta, ás vezes com nojo, em outras, com pena. Santos e pecadores.
E as personalidades de cada um no livro, seus sentimentos e aflições, tornam tudo ainda mais realista. Vingança, covardia, medo, traição, injustiça, ganância - há tantas coisas fervilhando palavra a palavra que a leitura esquenta!
Essa série poderia realmente tornar-se um seriado ou um filme, caso possua um roteiro fiel, bem elaborado e executado, com as ideias de Laaf respeitadas, seria um sucesso total de público. Com personagens sólidos e bem definidos, com bons atores escolhidos, Ana Clara emocionaria o país, tenho certeza.
Livro mais que recomendado, eu amei totalmente. Porém tenho uma reclamação: preciso urgentemente do volume 3, Processo Seletivo! Será lançado durante a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Preciso saber o desenrolar da vida de Ana Clara... ela merece ser feliz!!
Quero vê-la em pleno Processo Seletivo!! Como foi difpicil escrever essa resenha sem entregar nada do livro, sem spoilers.

Para saber mais sobre a série Horizontes, leia a postagem que eu fiz e acesse o site oficial da série.
Conheça um pouco o escritor Roberto Laaf na página Escritores Amigos ou no site oficial dele.

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2 comentários

  1. Flor, eu to doida pra ler esses livros, todo mundo fala super bem deles!!!
    E nao duvia qndo ao talento do Roberto heheeh

    Beijos
    Rapha - Doce Encanto

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  2. Rapha, você não vai se arrepender em adquirí-los, boa leitura. bjos.

    ResponderExcluir

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