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Lançamentos dessa semana da Companhia das Letras



A trama do casamento, de Jeffrey Eugenides (Tradução de Caetano W. Galindo)
Madeleine Hanna tem dois pretendentes. Um gênio com sérios problemas e um gênio com dúvidas sérias. Enquanto um deles lida com todos os tipos de fantasma e o outro sofre toda espécie de angústia, ela ainda precisa se formar em Letras e defender uma monografia que trata, entre todos os assuntos possíveis, justamente de romances em que a protagonista tem dois pretendentes; romances que se resumem à pergunta “quem ela vai escolher?”. Com esses elementos, Jeffrey Eugenides poderia escrever uma metaficção, ou ainda realizar uma releitura das tramas de Jane Austen. O que ele fez em A trama do casamento, no entanto, foi juntar essas duas possibilidades a um detalhado retrato dos Estados Unidos no começo dos anos 80, quando a metaliteratura estava no auge e o feminismo penetrava na academia, de maneira que nunca mais poderíamos ler do mesmo modo os romances do século XIX. Madeleine, agora, precisa escolher inclusive se quer escolher. Se quer ou não ser uma mulher do século XX. Ela precisa saber, afinal, em que tipo de livro sua vida pode se transformar. Leia aqui as primeiras páginas do livro.

A realidade oculta, de Brian Greene (Tradução de José Viegas Jr.)
Desde a publicação da Teoria da Relatividade Geral, em 1915, a natureza da realidade – dos seus componentes microscópicos às estrelas e galáxias mais longínquas – tornou-se o principal objeto de investigação da física. A mecânica newtoniana, base do conhecimento até então acumulado sobre o universo, revelou-se subitamente impotente para descrever os fenômenos assinalados pelo gênio de Albert Einstein nas entranhas do espaço e do tempo. Na década seguinte, as bizarras formulações da mecânica quântica ocasionaram outra revolução científica sem precedentes. Brian Greene elucida as hipóteses teóricas e experimentais que, baseadas nessas descobertas pioneiras, apontam para a fascinante possibilidade de existirem múltiplos universos além – e até mesmo aquém – deste que habitamos.

Por isso a gente acabou, de Daniel Handler e Maira Kalman (Tradução de Érico Assis)
Min Green e Ed Slaterton estudam no mesmo colégio, se encontram em uma festa, vão ao cinema, seguem uma senhora na rua, dividem um quarto de hotel e, após algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, terminam o namoro. O livro é uma longa carta de Min explicando a Ed por que o relacionamento não deu certo. Do autor das Desventuras em Série, a história de uma menina que está sofrendo com o fim de um relacionamento e resolve devolver ao ex-namorado todos os objetos que lembram momentos que viveram juntos. Veja um vídeo com o autor do livro.

O que deu para fazer em matéria de história da amor, de Elvira Vigna
Os mesmos fatos. Que mudam, dependendo de como são contados. Pode ser que façam uma história de amor. Do tipo amor total, desses que só se ouve falar. Pode ser que façam a história de um crime. No fim, uma questão de escolha. A narradora deste livro se vê debruçada sobre a vida de duas pessoas. Já mortas. São lembranças sem importância. Vestígios concretos de uma vida. Ilações a partir de quase nada. Ela arruma um apartamento para venda. Precisa jogar coisas fora. Precisa também resolver o que fará quando acabar a tarefa. Faz um jogo consigo mesma. Se conseguir entender a vida daquelas duas pessoas como sendo uma história de amor, poderá fazer a mesma coisa com sua própria vida. Seu caso com Roger dura há décadas. Ao reviver ou inventar o que aconteceu com Rose e Arno, a narradora procura entender o que aconteceu com ela própria. Veja um vídeo em que Elvira Vigna conta um pouco sobre o livro.

Poemas, de Rainer Maria Rilke (Tradução de José Paulo Paes)
Rainer Maria Rilke costuma ser considerado o maior poeta de língua alemã desde Goethe. Sua influência sobre a poesia moderna foi e continua sendo enorme. No Brasil, pode-se encontrá-lo em Cecília Meireles, no Vinicius de Moraes da juventude, mas sobretudo nos poetas da chamada Geração de 45.
Como todo objeto de culto, esse Rilke aculturado provocou simpatias e antipatias exacerbadas, assim como se abastardou nas mãos de seguidores infinitamente menos hábeis. Talvez por isso ele tenha, em seguida, conhecido entre nós uma espécie de ostracismo, se comparado ao fervor quase religioso que despertava nos anos 1940 e 50. Nesta reedição do livro publicado em 1993 e que integra a coleção de poesia traduzida da Companhia das Letras – pela qual já foram lançados Derek Walcott (reedição) e Wislawa Szymborska -, relemos Rilke com os olhos de um de nossos melhores poetas, que busca reproduzir aqui aspectos formais do original, dando-lhe nova roupagem.

Sonhos de trem, de Denis Johnson (Tradução de Alexandre Barbosa de Souza)
Esta é a história do calado e misantrópico Robert Grainier. Acompanhamos seu trabalho na construção de ferrovias em alguns dos rincões mais longínquos dos Estados Unidos, mas também o duro processo de expiação espiritual vivenciado por ele para superar uma perda familiar traumática. A esse abalo emocional, segue-se um longo período de reflexão e devaneio, explorado no relato através de idas e vindas no tempo, durante o qual Grainier troca de empregos, lida com remorsos e tem cisões oníricas, na maior parte das vezes envolvendo trens. Um dos autores mais celebrados de sua geração, vencedor do National Book Award e finalista do prêmio Pulitzer com o épico romance Árvore de fumaça, Denis Johnson lança mão de uma linguagem concisa e contemplativa para investigar a vida de um dos milhões de anônimos que colaboraram para a construção do mito da América da forma como a conhecemos hoje.

Tutancâmon e sua tumba cheia de tesouros, de Michael Cox (Tradução de André Czarnobai)
Ao longo de 3 mil anos de supremacia, o Antigo Egito foi governado por centenas de faraós. Mas entre todos esses reis poderosos, o mais lembrado é Tutancâmon. Não porque temos acesso aos fascinantes e detalhados registros de sua vida e conquistas. Nem tampouco porque sabemos se tornou líder da maior superpotência do mundo quando tinha apenas nove anos e que com essa mesma idade se casou com sua irmã de quinze anos. Também não é porque ele comandou exércitos que aterrorizavam os países vizinhos até que eles entregassem suas riquezas e escravos ao Egito, e teve pirâmides e templos enormes construídos com o propósito de guardar seus restos mortais e de toda sua família. Tutancâmon é o mais famoso dos faraós porque estava no centro da maior descoberta arqueológica de todos os tempos. Desde o dia 23 de novembro de 1922, quando o arqueólogo britânico Howard Carter adentrou a tumba do “Faraó Perdido”, praticamente intocada até então, milhões de pessoas de todo o mundo puderam ver de perto a sua múmia e todos os seus tesouros. Neste livro, você vai conhecer toda a história dessa descoberta incrível, assim como a história de vida de Tutancâmon e da vida no Egito Antigo, por meio de textos engraçados e tiras de histórias em quadrinhos.

Mar morto, Jorge Amado
Nenhum outro livro sintetizou tão bem o mundo pulsante do cais de Salvador como Mar morto, com sua rica mitologia em torno de Iemanjá, a rainha do mar. Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações: o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos a esperar, resignados. Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo há forças transformadoras em gestação. O médico Rodrigo e a professora Dulce, não por acaso dois forasteiros, procuram despertar a consciência da gente do cais contra o marasmo e a opressão. É esse contraste entre o tempo do mito e o da história que move este romance, envolvendo-nos desde a primeira página na escrita calorosa de Jorge Amado.

2 comentários

  1. A companhia das letras, apesar de não ter tanta divulgação quanto outras editoras, ao menos não vejo tanta divulgação dela, possui excelente lançamentos...o meu livro "Contos de Horror do Século XIX" é dela.

    Beijos!
    http://policialdabiblioteca.blogspot.com/

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    Respostas
    1. E é uma editora que sempre tem vários lançamentos, e bem diversificados. Beijos.

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