Foto: Carla Meneghini-G1 |
Convidada da XV Bienal do Livro, a escritora Audrey Niffenegger, do best-seller 'A mulher do viajante no tempo', está no Rio pela primeira vez para participar de debate e encontro com leitores durante o evento.
Na programação, ela fala sobre o papel da mulher, tema central em seus dois romances, ‘A mulher do viajante no tempo’, que já vendeu 5 milhões de exemplares em todo o mundo, e ‘Uma estranha simetria’, que chegou recentemente às livrarias.
Em entrevista exclusiva ao G1, a autora americana falou sobre a perspectiva da mulher que imprime em sua narrativa, sua visão sobre o Brasil e seu processo criativo, frequentemente embalado pelo rock de Radiohead e Sonic Youth, suas bandas preferidas. “Eles são incríveis”, opina Niffenegger, que vive em Chicago e também trabalha como artista plástica.
Mulheres e feminismo
“Minhas histórias não são feitas especificamente para mulheres, mas acho que elas acabam se conectando mais. Tento sempre mostrar que homens e mulheres têm as mesmas questões em seu íntimo”, conta a autora.
“Talvez aqui no Brasil essa ideia tenha até um efeito diferente, porque o feminismo no Brasil ainda está em um outro estágio”, diz Niffenegger. “Pelo menos é o que percebo, aqui as mulheres parecem mais dependentes emocionalmente”, afirma, ao ser perguntada sobre o sucesso de seus livros com o público feminino brasileiro.
Em seu romance de estreia, "A mulher viajante no tempo", Audrey Niffenegger conta a história de uma artista que se casa com um homem que sofre de um distúrbio genético raro, que o faz viajar no tempo. Já no recente "Uma estranha simetria", ela se debruça sobre a extraordinária ligação entre duas irmãs.
A escritora, que descreve seu processo criativo como “caótico”, conta que geralmente inicia uma história pelo desfecho e depois vai pinçando cenas para escrever, sempre fora de ordem. “Em ‘A mulher do viajante no tempo’, tudo começou com a imagem de uma idosa apenas esperando, e comecei a pensar no que poderia ter acontecido para ela chegar àquela situação”, conta a autora, que levou cinco anos para concluir o romance.
Ela conta que cada personagem de suas tramas carrega alguma característica de sua própria personalidade. “Pode ser uma semelhança grande ou um detalhe bobo, mas há sempre algo meu em todos eles. É uma forma de dar uma alma a essas pessoas imaginárias”, afirma.
Fonte: G1
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