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Lançamentos mais recentes da Companhia das Letras

Lançamentos de 28/09/2012:





Candinho e o projeto guerra e paz, de Sávia Dumont
O menino Candinho nasceu em uma cidade pequena do interior, onde brincava entre as mangueiras, na rua de terra batida. À noite, participava da ciranda na praça, das festas em que o pai tocava na banda e das procissões. Era um menino observador. Quando cresceu, Candinho contou muito do que viu durante a infância. Em vez de palavras, ele usou tintas: pintou, pintou, pintou. O trabalho no campo, as plantações de café em flor, o trem de ferro, as estripulias das crianças, a luz da lua. Pintou também a guerra que conheceu e toda a tristeza que traz. Para lutar contra ela, Candinho se armou com seus pincéis e fez dois grandes murais, mostrando a todo mundo que a paz é necessária. Deu a ele o nome de Guerra e Paz. Conheça a história de Candinho — ou Portinari, como passou a ser conhecido – a partir de lindos bordados que recriam os estudos do pintor para esses dois quadros.

Chapeuzinho vermelho, de Christian Guibbaud (Trad. Júlia Moritz Schwarcz)
Junte uma Chapeuzinho Vermelho, uma vovó e um lobo faminto. O que temos? A história mais famosa de todos os tempos, em que uma garotinha, no caminho rumo a casa de sua avó, encontra um lobo esfomeado que resolve papá-la de almoço. Para isso, ele vai até a casa da avó da menina, tranca a senhora no armário e se disfarça de velhinha. Quando a Chapeuzinho chega, depois do famoso diálogo entre o lobo e a Chapeuzinho, ele tenta comê-la, mas ela é salva por um corajoso caçador. Ufa! O mais legal desta versão é que as crianças podem sentir o pelo do lobo, abrir a porta da casa da vovó e ver o bocão dos bocões (com os dentões dos dentões), em páginas cheias de surpresas.

Chão de ferro, de Pedro Nava
Em abril de 1916, o aluno 129 acabava de ser apresentado aos colegas, professores e funcionários com quem conviveria durante os cinco anos seguintes no internato do Colégio Pedro II. Pedro Nava iniciava as metamorfoses da puberdade em meio aos rigores da formação intelectual proporcionada pelo educandário do Campo de São Cristóvão. Neste terceiro volume de suas memórias, que se estende da permanência no internato carioca ao ingresso na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, em 1921, Nava fornece um rico testemunho sobre a vida cotidiana no Brasil do início do século XX. Na árdua rotina das aulas, nas férias em Minas e no Ceará, nas casas de parentes na zona norte do Rio — enquanto se prepara para aprender a profissão de seu pai, o futuro autor de Baú de ossos descobre as primeiras paixões políticas, os ídolos literários e o fascínio das raparigas em flor. As delícias e os desassossegos da adolescência compõem o núcleo central deste ato decisivo do drama autobiográfico de Nava.

Murundum, de Chacal
Murundum: (s.m.) Uma quantidade qualquer de coisa; porção, monte. Coisas (papéis, canetas, blocos, objetos) desordenadamente colocadas ou guardadas em qualquer lugar. Bagunça. Confusão. Neste murundum de poemas, há lugares reais, mundos virtuais, figuras imaginárias e outros instantâneos do dia a dia. Poesia é e não é. Não é só desabafo, dor de cotovelo, atitude. Ela pode ser uma conversa que você tem com o mundo. Ela afina o espírito para você tocar a vida. Poesia é sempre outra coisa. Experimente. Poesia é feita para se usar. ouça as palavras. Elas pedem para serem escritas. Depois junte a turma, solte a voz e viva a vida.

Os três porquinhos, de Xavier Deneux (Trad. Júlia Moritz Schwarcz)
Era uma vez três porquinhos, que construíram cada um a sua casinha. Mas havia um lobo mau que estava de olho em tudo! O resto da história todo mundo já conhece: o lobo estava com muita vontade de atacar aqueles bichinhos rosados e, com todo o seu fôlego, soprou muito forte e conseguiu destruir a casa de dois deles, que se refugiaram na morada do terceiro porquinho. E, como a casa desse porquinho tinha sido construída com tijolos, por mais que o lobo mau usasse todo o ar do seu pulmão, a construção nem se mexia. Quando o bichano desistiu de soprar e resolveu entrar pela chaminé, os três porquinhos pra lá de espertos já tinham bolado um plano infalível, e o lobo, ao descer o duto, foi parar num grande caldeirão de água fervendo. Nesta versão, as crianças interagem com a história sentindo o material da casa de cada um dos porquinhos e podem até ajudá-los jogando o lobo no enorme caldeirão.

Picasso e seus mestres, de Mila Boutan (Trad. Marcela Vieira)
Todo mundo já ouviu falar de Picasso e de sua maneira particular — e muitas vezes engraçada — de retratar a vida. Mas alguém sabe quais foram os artistas que o inspiraram? Neste livro, você vai conhecer os mestres de Picasso e descobrir como ele desmontava grandes obras-primas para recriá-las. Como no caso de As meninas de Velázquez, que ganhou novas e surpreendentes versões; das naturezas-mortas de Zurbarán, Chardin e Cézanne, que se transformaram em quadrados, retêngulos e triângulos nada convencionais; do Almoço sobre a relva de Manet, que ganhou 27 recriações do nosso pintor, e muito mais. Um verdadeiro passeio pela história da arte através dos olhos e das pinceladas de um dos artistas mais talentosos de todos os tempos.

Vanguardas em retrocesso, de Sergio Miceli
Em formulação famosa, Pierre Bourdieu definiu a sociologia como um “esporte de combate”. Continuador do trabalho do sociólogo francês, de quem foi aluno e interlocutor, Sergio Miceli confere concretude à expressão neste livro. Em ensaios sobre Jorge Luis Borges, Mário de Andrade, Lasar Segall, Xul Solar e Florestan Fernandes, Miceli compara a emergência do modernismo no Brasil e na Argentina munido de instrumental capaz de golpear certezas constituídas. Ao examinar as inclinações ideológicas, a história social dos autores e a moldura institucional em que se inserem, recupera o espaço variado de surgimento de um conjunto de artistas e ideais, tornando obras e trajetórias tão mais inteligíveis quanto menos idealizadas e triunfantes.

Editora Seguinte

É o primeiro dia de aula… Sempre!, de R.L. Stine (Trad. André Czarnobai) Resenha em breve!
O que você acharia de viver o pior dia da sua vida de novo? E de novo… e de novo… e de novo… Esta é a história de Artie, um garoto de onze anos inteligente e engraçado (mas inexplicavelmente pouco popular). Ele acabou de mudar de escola, e o primeiro dia de aula é um desastre completo. Até aí, normal. Só que, toda vez que Artie acorda, é o primeiro dia de aula de novo. E de novo. E de novo.

Editora Paralela

Sua vida em movimento, de Marcio Atalla
É inegável que a maior parte da população brasileira passa o dia todo fora de casa trabalhando — ou dentro de casa trabalhando — e à noite não tem disposição para nada que não seja ver televisão, navegar na internet ou comer. Mas, em Sua vida em movimento, o educador físico Marcio Atalla derruba um mito: não há desculpa para não se exercitar. Em Sua vida em movimento, Atalla apresenta alternativas para que homens, mulheres, crianças e idosos cuidem da saúde sem desculpas. Por meio de casos reais de alunos, ele dá dicas de como se alimentar bem, incluir o movimento no cotidiano e associar o lazer à atividade física, transformando completamente a atitude em relação ao corpo. Em um nível mais avançado, também ensina a traçar metas pessoais e a organizar e pôr em prática um programa de exercícios.


Lançamentos de 21/09/2012:





Freud: uma biografia em quadrinhos, de Corinne Maier e Anne Simon (Trad. Sandra M. Stroparo)
Mais de setenta anos após sua morte, o inventor da psicanálise continua a exercer grande influência em inúmeras áreas do conhecimento. Medicina, ciência da informação, crítica literária e sociologia são apenas algumas das disciplinas em que as descobertas do austríaco Sigmund Freud (1856-1939) sobre a psique humana permanecem fomentando investigações.
Por meio do estudo atento de nossos sonhos, desejos e fobias, Freud revelou novas dimensões do ser. Como o próprio autor de A interpretação dos sonhos certa vez afirmou, toda a sua obra é uma tentativa de “libertar a humanidade”
da opressão e da culpa. Este livro, realizado em parceria pela dupla francesa Corinne Maier (texto) e Anne Simon (ilustrações), mostra os principais momentos da fascinante biografia de Freud num registro leve e bem-humorado.

Totem e Tabu, contribuição à história do movimento psicanalítico e outros textos, de Sigmund Freud (Trad.Paulo César de Souza)
O volume 11 das Obras completas de Sigmund Freud traz um de seus textos mais conhecidos: “Totem e tabu”, acompanhado por “Contribuição à história do movimento psicanalítico” e outros textos. “Totem e tabu” foi a primeira aplicação da psicanálise a questões de psicologia social. A “Contribuição à história do movimento psicanalítico” descreve o desenvolvimento inicial da psicanálise e foi escrita com intenção polêmica, depois que dois dos principais discípulos de Freud, Alfred Adler e C. G. Jung, divergiram do mestre. “O interesse da psicanálise” procura sintetizar tudo o que na nova disciplina podia ser de interesse para a psicologia e para as outras ciências – entre essas, a linguística, a filosofia, a biologia, a antropologia, a história, a sociologia e a estética. “Sobre a fausse reconnaissance no trabalho psicanalítico” explica o fenômeno de o paciente afirmar já ter dito algo, quando na realidade não o fez. Por fim, o ensaio sobre o Moisés de Michelangelo oferece uma nova descrição e interpretação da célebre estátua do gênio renascentista.

Quincas Borba, de Machado de Assis
Publicado pela primeira vez em livro em 1891, depois portanto de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e antes de Dom Casmurro (1899), Quincas Borba é uma das obras mais marcantes da fase realista de Machado de Assis. É uma das mais interpretadas pelos mais diversos críticos: trata-se de um dos mais penetrantes estudos desumanização escritos em língua portuguesa. Narrado com o ceticismo e a ironia implacável tão presentes na obra machadiana, o romance conta a história do provinciano Rubião ― herdeiro do filósofo Quincas Borba ― em meio a um triângulo amoroso que o leva à ruína moral e financeira. Esta edição de Quincas Borba, além de mais uma centena de notas explicativas, traz uma extensa e abrangente introdução do britânico John Gledson, estudioso da obra machadiana e tradutor de Dom Casmurro para o inglês.

De olho em Mário de Andrade, de André Botelho
A trajetória de Mário de Andrade está profundamente ligada à moderna cultura brasileira. Líder do movimento modernista, Mário participou da Semana de 22, em São Paulo, escreveu obras importantes, como Macunaíma, e, acima de tudo, viveu intensamente o espírito modernista nas mais diversas esferas. Nas artes, procurou promover o diálogo criativo entre formas populares e eruditas; a partir da música, estudou e refletiu sobre as mais variadas manifestações artísticas; como intelectual e homem público, experimentou e praticou a tão almejada renovação cultural. O sociólogo André Botelho apresenta esse grande personagem, chamando atenção para a atualidade do legado intelectual de Mário de Andrade, que, ao fim e ao cabo, tornou o Brasil mais familiar aos brasileiros. Um poeta, romancista, professor e leitor inverterado, que um dia se definiu dizendo: “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cinquenta”.

Páginas sem glória, de Sérgio Sant’Anna (assista ao booktrailer)
Trinca de ases na mesa. Três ficções de um consumado mestre das formas breves, que volta a confirmar sua única fórmula: nunca se repetir ― sem trair suas obsessões de cabeceira. Nestas páginas retornam muitos dos elementos que identificam e magnetizam a prosa de Sérgio Sant’Anna: o jogo voyeurístico de espelhos e simulacros, a subjetividade fraturada, o clima de violência sexual, de pulsões obscuras. São, porém, mobilizados por novo impulso, representados por outros ângulos e com tonalidades diversas. A rodada é aberta com o naipe da ficção radical,num conto em que a crítica da narrativa toma o lugar da própria e desdobra em cascatas de vozes e sentidos, tendo no âmago a angústia do amor mal correspondido e a impotência da vontade. Na cartada seguinte, certo enviesado neorrealismo hardcore se apresenta na voz de um mendigo messiânico, com fome de operar milagres. E fechando a mão, o trunfo maior desta jogada: uma pequena obra-prima de ficção memorialista no ambiente do futebol, mas que transcende esse campo com uma tragicomédia de subúrbio para a qual Nelson Rodrigues tiraria o chapéu.

Joseph Anton, de Salman Rushdie (Trad. Donaldson M. Garschagen)
“Ah, não se preocupe muito, Khomeini sentencia o presidente dos Estados Unidos à morte toda sexta-feira.” Carregado de humor sardônico, o consolo ouvido de um correspondente estrangeiro logo após a decretação de sua sentença de morte naturalmente se revelaria sem fundamento para Salman Rushdie. Ao longo de mais de uma década, diversos grupos terroristas islâmicos perseguiram o autor de Os versos satânicos com determinação implacável. Rushdie foi proibido pelas autoridades indianas de pisar o solo do seu próprio país, sob o pretexto de prevenir distúrbios religiosos. As companhias aéreas de quase todo o mundopassaram a recusar a transportá-lo. Muitas editoras suspenderam ou adiantaram a publicação de seus livros. Até 2002, quatro anos após a revogação formal da fatwa, ele teve de sobreviver entre diversos esconderijos, além de assumir o pseudônimo de Joseph Anton, título desta corajosa autobiografia que reconstitui o período em que Rushdie precisou viver escondido, sob a proteção de policiais armados, e lutar pela liberdade de expressão.

Editora Seguinte

A seleção, de Kiera Cass (Trad. Cristian Clemente) Resenha em breve!
Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria apenas ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto. Um dia, America topa se inscrever na Seleção  só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa. Mas é claro que seu nome aparece na lista sas Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma…

Editora Paralela

21/12, de Dustin Thomason (Trad. Marcelo Barbão)
Em Los Angeles, nem todo mundo acreditava que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012: luzes vermelhas e verdes decoravam cada canto da cidade para as festas de fim de ano. Mas quando uma doença altamente transmissível começa a se espalhar pela humanidade deixando as pessoas insones ― e descobre-se que seu surgimento está intrinsicamente ligado ao aparecimento de um antigo manuscrito maia ―, até os mais céticos começam a temer o fim do mundo.


Lançamentos de 14/09/2012:



Guerreiras da paz, de Leymah Gbowee (Trad. Donaldson M. Garschagen)
Nas imagens de guerra, as mulheres costumam aparecer como pano de fundo, chorando seus mortos em desespero. Os protagonistas e narradores dessas histórias em geral são homens, que se exibem de armas em punho ou engravatados tomando decisões. Neste livro, Leymah Gbowee mostra como essa imagem é incompleta, e dá voz à população feminina da África. Uma voz que se fez ouvir na Libéria, onde, sentadas em protesto, as mulheres pediram a paz, fizeram greve de sexo e se ergueram vitoriosas contra o governo do ditador Charles Taylor e a guerra civil que arrasou o país entre 1989 e 2003. A luta e a influência dessa jovem que tinha dezessete anos no início do conflito lhe renderam o prêmio Nobel da paz de 2011, junto com Ellen Johnson Sirleaf – que viria a ser presidente da Libéria – e a iemenita Tawakkol Karman.

As relações perigosas, de Choderlos de Laclos (Trad. Dorothée de Bruchard)
Por seis meses de algum desconhecido ano do século XVIII, um grupo peculiar da nobreza francesa troca cartas secretamente. De um lado, o libertino visconde de Valmont tenta conquistar a presidenta de Tourvel; de outro, a dissimulada marquesa de Merteuil, soposta confidente da jovem Cécile, incentiva a adolescente a entregar-se a outro homem antes de um casamento de conveniência. Com sua feroz sátira da aristocracia, As relações perigosas conquistou um sucesso escandaloso em 1782, quando foi publicado. Vinte reedições esgotadas apenas naquele ano e uma condenação à destruição pela corte real de Paris atestam o burburinho em torno do romance, que se consagrou, já no século XIX, como uma das causas desencadeadoras da Revolução Francesa. Desde então, o livro foi adaptado para peças de teatro, ópera e filmes, que o tornaram ainda mais popular. Este volume traz ainda introdução da editora e tradutora inglesa Helen Constantine.

Os enamoramentos, de Javier Marías (Trad. Eduardo Brandão)
Com uma prosa profunda e cativante, a obra traz uma reflexão sobre o estado de enamoramento, que parece justificar todas as coisas: das ações mais nobres e desinteressadas aos maiores excessos e maldades. A especulação sobre a presença dos mortos no imaginário e no dia a dia dos vivos perpassa todo o livro, pontuado por referências literárias como Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas, Macbeth, de Shakespeare, e, sobretudo, O coronel Chabert, de Balzac, romance indluído nesta edição como presente ao leitor.

100 aforismos sobre o amor e a morte, de Friedrich Nietzsche (Trad. Paulo César de Souza)
A maioria dos treze livros publicados durante a vida de Nietzsche se compõe de breves seções numeradas. São os chamados “aforismos”, que ele adotou dos moralistas franceses do século XVIII e a que deu mais estensão e amplitude temática. Trata-se de milhares de reflexões sobre os mais diversos temas de filosofia, moral, religião, literatura, sociedade, sexualidade, política, e também sobre inúmeras personalidades históricas e artísticas. Desse extraordinário conjunto de observações, o tradutor Paulo César de Souza retirou uma centena de aforismos sobre dois temas universais que talvez definam o que é ser humano: a necessidade do amor e a consciência da morte.

O casamento da lua e outros contos de amor, de vários autores
Amamos nossos pais, nossos irmãos, nossos amigos, nossos avós, nossos tios, nossos filhos. Amamos nossos bichos de estimação, nossa casa, nossos livros nossos objetos. Amamos o que fazemos, algumas coisas que comemos, nossos costumes, nossas coleções. Por acaso alguém duvida que amor está em tudo e em todo lugar? Nesta antologia, ele é o fio condutor de dezesseis contos de alguns dos melhores escritores da literatura brasileira. Há amores impossíveis, platônicos, felizes, tristes, entre os homens e pelos animais. Todos juntos, eles comprovam uma frase de Paulo Mendes Campos, segundo a qual estamos todos “atados aos pequenos amores da grande armadilha terrestre”.

No restaurante submarino: contos fantásticos, de vários autores
Histórias fabulosas, extraordinárias, inesperadas – daquele tipo que ao mesmo tempo bagunça e amplia nossa compreensão dos eventos cotidianos. É o que pode esperar o leitor desta seleção de contos de alguns dos maiores praticantes do gênero fantástico na literatura brasileira. Nas histórias de Murilo Rubião, Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar e Amilcar Bettega aquilo que parece sonho (ou, em alguns casos, pesadelo) se materializa em palavras que fazem o leitor não querer desgrudar delas. Animais fantásticos, situações absurdas, a vida normal revirada de cabeça para baixo, o mundo dos sonhos e outras loucuras ocupam as páginas de

A linguagem dos animais: contos e crônicas sobre bichos, de vários autores
Um rouxinol sentimental com alma de poeta, um canário com ares de filósofo, um lobo que rompe com uma antiga tradição familiar… Os personagens dos dezesseis textos desta antologia nos mostram o quanto os animais estão presentes em nossa imaginação – e sobretudo como eles têm muito a nos ensinar. Criados por autores clássicos, modernos e contemporâneos, eles nos falam sobre a liberdade, o meno, o amor, o humor e a fantasia, alguns dos principais ingredientes que compõem a grande literatura mundial.

Verso livre: poemas, de vários autores
Um elenco de primeira – que atesta a vitalidade da tradição lírica brasileira – foi reunido para esta antologia de poesia verde-amarela dos séculos XX e XXI. São cinco autores – Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, José Paulo Paes, Francisco Alvim e Eucanaã Ferraz -, que demonstram, cada um a sua maneira mas sempre com inteligência aguda e percepção emocional poderosa, por que a poesia está entre nossas artes mais destacadas. O amor, a cidade, o cotidiano e o próprio fazer poético ocupam as páginas desta antologia. Temas que, graças aos poetas reunidos neste volume, nos ajudam – com delicadeza e força, sabedoria e alegria – a entender o Brasil. E a decifrar um pouco mais a nossa alma.


Lançamentos de 07/09/2012:



A Odisseia de Homero adaptada para jovens, de Frederico Lourenço
Para o grande herói da guerra de Troia, a aventura estava apenas começando. Depois de combater em sangrentas batalhas e de arquitetar o golpe final que daria a vitória ao povo grego, Ulisses precisa apenas regressar à sua terra natal. Mas não vai ser nada fácil, e ele só chegará a Ítaca após dez longos anos. Perseguido pelo poderoso Posêidon, o deus dos mares, ele enfrenta inimigos ainda mais perigosos que os resistentes troianos: mata o ciclope Polifemo, sobrevive ao ameaçadores canibais, resiste ao encanto das sereias, escapa do cativeiro de Calipso. Nesta adaptação em prosa pensada especialmente para o público jovem, Frederico Lourenço narra essas e outras peripécias do célebre guerreiro atentando para a fluência narrativa do texto. Assim, respeitando a obra-prima de Homero, esta Odisseia traz nova vida à Antiguidade Clássica e à viagem mais famosa de todos os tempos.

Cosmópolis, de Don DeLillo (Trad. Paulo Henriques Britto, Nova edição)
O multimilionário Eric Michael Packer, 28 anos, é dono da Packer Capital e mora num triplex no prédio residencial mais alto de Nova York e do mundo. Certo dia de abril do ano 2000, levanta-se de manhã cedo e resolve cortar o cabelo. O presidente da República está na cidade, os mercados estão nervosos, um protesto antiglobalização toma conta da Times Square e o trânsito está completamente abarrotado. Para chegar ao lado oposto de Manhattan – percorrendo uma distância de pouco mais de dez quarteirões -, Eric é obrigado a passar o dia inteiro dentro de sua limusine, de onde controla os negócios, recebe assessores e tem encontros amorosos. No decorrer do dia, a existência de Eric é gradualmente corroída: suas certezas e seus valores se revelam vazios, ao mesmo tempo que o sistema financeiro global é arrastado para uma crise sem precedentes. Cosmópolis é uma novela em forma de fábula – uma fábula amarga para os tempos pós-modernos, assinada por um dos maiores romancistas norte-americanos contemporâneos. O filme baseado no livro estreia no Brasil esta semana, com direção de David Cronenberg.

Toda a saudade do mundo, org. de João Jorge Amado
Jorge Amado era um homem epistolar: cultivava a arte da correspondência, não deixava leitores sem resposta e mantinha o hábito de enviar cartões-postais aos amigos e parentes. Com Zélia Gattai, sua companheira por 55 anos, o autor manteve a troca de cartas mais frequente – e mais apaixonada. Este livro, organizado pelo filho do casal, reúne cartas de Jorge enviadas a Zélia desde a partida para o exílio na França até o período em que a família se estabeleceu em Salvador, na Casa do Rio Vermelho. A correspondência registra as provações do pós-guerra, a vida cultural e política em Paris, a participação do escritor no Conselho Mundial da Paz e as frequentes viagens por cidades como Berlim, Viena, Praga, Bucareste, Estocolmo, Helsinque e Varsóvia. Além das cartas do próprio escritor, de Zélia e de parentes, há também cartões-postais e bilhetes, alguns deles trocados com os filhos Paloma e João Jorge. O livro fornece dados biográficos relevantes do período em que Jorge Amado escreveu e publicou seus maiores sucessos e permite conhecer um pouco mais do cotidiano do autor, de sua escrita íntima e de seus cuidados para com a família, os amigos e a literatura.

A Idade Média passo a passo, de Vincent Carpentier (Trad. Julia da Rosa Simões)
Quantos anos durou a Idade Média? Como era a vida em uma cidade da época? Qual era a importância da religião? De que maneira se transmitia a peste negra? Muitos se referiam à Idade Média como um tempo  de trevas. Mas, se esse período de mil anos entre a Antiguidade e o Renascimento tem seu lado tenebroso – com muita guerra, pestes e ignorância -, há outro, da cultura, que é repleto de riqueza. Este livro nos permite descobrir a vida cotidiana dos homens e das mulheres daquela época e penetrar em suas aldeias, cidades e mercados, onde monges, senhores e camponeses desenvolvem o ensino, inventam ferramentas agrícolas, constroem catedrais e castelos, traçam rotas e se deslocam pela Europa e pelo Oriente. Seguindo os passos dos arqueólogos, descubra mais um período apaixonante da história!

Editora Paralela

Não há dia fácil, de Mark Owen (Trad. Donaldson M. Garschagen)
Não há dia fácil é um retrato da vida nas equipes do Seal e o único relato interno sobre a Operação Lança de Netuno, realizada em 1º de maio de 2011, que resultou na morte do terrorista Osama bin Laden. Desde a pane no helicóptero Black Hawk – que quase fez com que a missão fosse abortada – até o comunicado pelo rádio via satélite confirmando que o alvo estava morto, a operação dos vinte e quatro homens na propriedade secreta de Bin Laden é recontada em mínimos detalhes. Das ruas de Badgá ao resgate do capitão Richard Phillips no oceano Índico; das montanhas ao leste de Cabul ao terceiro andar do esconderijo de Osama bin Laden em Abbottabad, no Paquistão. Não há dia fácil coloca o leitor dentro de uma das mais surpreendentes tropas de elite do mundo. Mark Owen, ex-membro do Grupo para o Desenvolvimento de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos, mais conhecido como Equipe Seis do Seal, foi líder de uma das mais memoráveis operações especiais da história recente, assim como de inúmeras outras missões que nunca chegaram às manchetes.

Lançamentos de 31/08/2012:


A imaginação econômica, de Sylvia Nasar (Trad. Carlos Eugênio Marcondes de Moura)
No momento em que as nuvens sombrias da crise pairam mais uma vez sobre o mundo globalizado das finanças, este livro representa um sopro de otimismo destemido. A imaginação econômica começa no século XIX, com a descoberta de que a grande maioria da humanidade não estava condenada à pobreza e que tinha a possibilidade de melhorar suas condições econômicas, e termina em sua última linha com uma mensagem clara: “retornar ao pesadelo do passado parece ser cada vez mais impossível”. Sylvia Nasar traça uma espécie de história biográfica dos últimos duzentos anos da economia mundial, desde a época em que ela era a “ciência sombria” até a grande expansão do capitalismo globalizado. Assista à animação sobre o livro.

José Bonifácio, Miriam Dolhnikoff
As diversas facetas de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) compõem um dos personagens mais complexos da história do Brasil. Figura-chave da Independência, confidente e ministro de d. Pedro I, ele desempenhou papel central na fundação do Brasil moderno. Participou da construção das nossas primeiras instituições políticas e foi um dos artífices da unidade do país. Bonifácio possui, entretanto, uma biografia repleta de passagens ainda pouco conhecidas. Neste revelador volume da coleção Perfis Brasileiros, a professora e historiadora Miriam Dolhnikoff, especialista em Brasil Império, reconstitui a controvertida trajetória pessoal e política de Bonifácio. Homem de Estado, cientista, poeta defensor de um projeto ousado de reformas: a autora realiza uma síntese biográfica abrangente, articulando o personagem com os acontecimentos históricos, procurando compreender a dimensão de sua influência e, ao mesmo tempo, os limites impostos ao seu projeto pelo contexto em que vivia.

Os sentidos do lulismo, André Singer
A reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva no pleito de 2006 se consumou pela mesma diferença numérica dos resultados em 2002: cerca de 20 milhões de votos. Essa semelhança mascara, no entanto, um inédito realinhamento eleitoral, indicativo de profundas transformações na sociedade brasileira. Enquanto o primeiro triunfo petista obedeceu ao padrão histórico de Lula desde a década de 1980 – isto é, alta votação na grandes cidades e a classe média -, a reeleição marcou a consolidação de um fenômeno sociopolítico ainda em curso: o lulismo. Os pobres e os muito pobres abandonaram o temor da “desordem” associado à esquerda e abraçaram em bloco a candidatura do ex-torneiro mecânico. A partir do escândalo do mensalão, por outro lado, a classe média tradicional transferiu seus votos para a direita. Neste ensaio fecundo, André Singer, ex-porta-voz do governo Lula e professor de ciência política na USP, elucida a gênese do movimento político-eleitoral mais importantes das últimas décadas, realizando uma arguta radiografia das relações de classe e poder no Brasil contemporâneo.

A desobediência civil, Henry David Thoreau (Trad. José Geraldo Couto)
Uma das mais intrigantes personalidades do século XIX, Henry David Thoreau (1817-62) foi um homem de múltiplos interesses, mas era nas letras e na oratória que se manifestava sua verdadeira vocação: a de corajoso crítico do ideal americano de viver para o trabalho e para o consumo, o nascenteAmerican Way of Life. Um dos precursores do pensamento ecológico e da resistência pacífica, conquistou admiradores ilustres, como Tolstói, Martin Luther King e Mahatma Gandhi. Formado por cinco textos, este livro traz, em sua abertura, aquele que o nomeia: “A desobediência civil”, de 1849, responsável por inserir o pensamento político de Thoreau na história mundial. O segundo ensaio, “Onde vivi, e para quê”, foi extraído de seu livro Walden, em que retrata os anos em retiro numa floresta. Em “A escravidão em Massachusetts”, Thoreau discursa contra a prisão do escravo fugitivo Anthony Burns. O quarto ensaio, “Caminhar”, tem origem numa palestra em que o filósofo se mostra em perfeita comunhão com a natureza e consigo mesmo ao passear sem objetivo por bosques e florestas. Por fim, a “Vida sem princípios” é um apelo a outro modo de viver, distante da dedicação excessiva ao trabalho.

A outra face da lua, Claude Lévi-Strauss (Trad. Rosa Freire d’Aguiar)
Aos seis anos de idade, Claude Lévi-Strauss foi presenteado pelo pai com sua primeira estampa japonesa. O acervo nipônico do futuro autor de O cru e cozido, fascinado por artistas como Toyokuni e Hokusai, não cessaria de crescer com o passar dos anos. A afeiçãoprecoce pelo Japão originou um interesse continuamente renovado por elementos-chave de sua cultura milenar – os mitos primitivos, a música refinada, a escrita ideogramática e, sobretudo, a mistura entre o antigo e o ultramoderno que tem moldado o futuro do país. Escritos entre 1979 e 2001, quando Lévi-Strauss já era reconhecido como uma figura basilar da antropologia no século XX, os textos desta coletânea oferecem uma apaixonada reflexão sobre a terra do sol nascente e suas contribuições à riqueza cultural do planeta.

A antropologia diante dos problemas do mundo moderno, Claude Lévi-Strauss (Trad. Rosa Freire d’Aguiar)
O que é a antropologia? De que maneira ela ajuda a compreender o mundo em que vivemos? Como assinala Claude Lévi-Strauss, a grande amplitude de seus temas permite simplesmente defini-la como “a ciência da cultura”. Mitos, costumes, crenças, modos de organização familiar: numerosas manifestações culturais podem fornecer ao antropólogo a matéria-prima de suas investigações. Nestas três conferências inéditas, Lévi-Strauss explica como a especulação filosófica sobre os povos “primitivos” gradativamente se converteu, a partir do século XIX, na análise das semelhanças subjacentes à fascinante diversidade da experiência humana: o autor aponta caminhos para a antropologia no contexto dos desafios éticos, políticos e econômicos impostos à humanidade pelas velozes transformações da civilização pós-industrial.

Editora Paralela:

Toda sua, Sylvia Day (Trad. Alexandre Boide) Resenha em breve!
Toda sua é um dos livros de maior sucesso da nova onda de romances eróticos que vem agitando o mercado editorial. Considerado pela crítica e pelo público melhor que Cinquenta tons de cinza, de E. L. James, tanto pelas cenas de sexo mais quentes quanto pelos personagens mais desenvolvidos e pela escrita mais profissional, o primeiro volume da trilogia Crossfire apresenta uma história de amor provocadora e excitante, que você não vai conseguir largar.



Saiba mais sobre os destaques: Não Há Dia Fácil, Toda Sua, Cosmópolis, A Seleção e É O Primeiro Dia de Aula... Sempre!.
E vem muito mais por aí!





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