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Elite da Tropa, Luiz Eduardo Soares, Rodrigo Pimentel, André Batista, Objetiva

Elite da Tropa
Luiz Eduardo Soares, Rodrigo Pimentel, André Batista - Editora Objetiva - Edição de bolso
308 páginas - Ano: 2008 - R$17,90
(primeira edição é de 2006)

Sinopse:
"Baseado em fatos reais, este livro conta histórias reveladoras de personagens que viveram na pele o dia-a-dia do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE.
Depois de cavalgar 100 quilômetros, sem arreio e sem descanso, mortos de fome e sede, eles têm licença para um descanso brevíssimo até que alguém anuncie que a comida está servida - sobre a lona, onde o grupo exaurido vai se debruçar para comer tudo o que conseguir, com as mãos, em dois minutos.
Esta é apenas uma das etapas de treinamento da tropa de elite da polícia. Eles obedecem a regras estritas, as leis da guerrilha urbana. Na dúvida, mate. Não corra, não morra. Máquinas de guerra, eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de homens atuando com força máxima e devastadora.
"Elite da Tropa" é o primeiro livro, no Brasil, a mostrar este lado desconhecido do combate diário, nas grandes cidades - o ponto de vista do policial, seus hábitos, medos e desafios. Assinado por uma das maiores autoridades do Brasil em segurança, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, e dois policiais, André Batista e Rodrigo Pimentel, este livro revela subterrâneos explosivos de uma cidade partida.
Os autores criaram uma ficção vertiginosa, que arrebata e surpreende, ao mostrar o cotidiano de homens adestrados para se transformarem em cães selvagens.
Pela primeira vez, vamos acompanhar a rotina do policial ouvindo a sua própria voz, seguindo seus passos, seu drama diário, ele que pratica a brutalidade extrema, porque não se sente regido pela legalidade constitucional, mas pelo imperativo da guerra."

Links: ObjetivaSkoob | degustação

Resenha:

Elite da Tropa é o livro que deu origem ao filme Tropa de Elite, um fenômeno dos cinemas brasileiros que consagrou o ator Wagner Moura como o moderno herói brasileiro Capitão Nascimento e trouxe à tona o debate sobre a segurança pública, violência, política e corrupção existente em nosso país. O roteiro foi escrito por José Padilha (também diretor), Bráulio Mantovani e Rodrigo Pimentel (coautor do livro Elite da Tropa)
Destacando a Tropa de Elite, sem deixar de mostrar o dia-a-dia do combate ao tráfico de drogas e armas, as polícias contra o crime organizado e a guerra existente, as facções criminosas e seu domínio sobre as metrópoles brasileiras (e que controla o interior também).
O duro treinamento do BOPE, suas táticas de guerrilha e seu cotidiano na prática. A verdade que nos aflige de que a corrupção está presente em todas as áreas, incluindo a da segurança pública.

O livro realmente é a origem do filme, porém devo ressaltar que apenas a ideia central e seus principais detalhes foram retirados dele e colocados na versão cinematográfica. Quem assistiu ao filme e espera que ele e o livro sejam idênticos está enganado. O livro é incrivelmente fascinante e tão impactante e duro quanto o filme, mas não são as mesmas histórias. Algumas situações são as mesmas, no entanto, imagino que ao levarem a ideia para a telona o roteiro não foi uma adaptação do livro; o roteiro é uma nova e diferente história, o livro foi utilizado apenas como base principal e inspiração.

Primeiramente lemos a introdução dos autores, onde explicam que apesar de o livro ser ficção e tudo recriado, nomes e locais modificados, é baseado em fatos reais, mas que jamais poderiam ser contados de outra forma que não fictícia. Então eles se reuniram, separaram as ideias e histórias e resolveram reproduzir tudo de uma forma ficcional, inventando nomes e coisas a mais.
O resultado é assustador. Porque o leitor sabe que quase tudo é verdade. Que esta é a dura e incontestável realidade brasileira, principalmente a do Rio de Janeiro, onde a trama ocorre. Quem conhece o cotidiano das favelas de verdade, não apenas pelas notícias da mídia reconhece a verdade no livro; certamente autoridades, policiais, profissionais da área de segurança e integrantes do BOPE imagino que também identificam o realismo das páginas.

Falar abertamente da guerra contra o tráfico e sobre Comando Vermelho e Terceiro Comando, criticar a corrupção que vai da PM até o Governador do Estado, dos "arregos", não é tarefa simples. Falar sobre o cotidiano das operações realizadas dentro das favelas, da violência, dos erros e acertos da PM e do BOPE, não é algo fácil. Criticar fortemente e apontar os maiores culpados dessa violência toda é ousado.
São as classes mais ricas da sociedade. O mesmo "playboy" ou "patricinha" que estuda em boa faculdade e possui até carro próprio são os principais consumidores de drogas e os que sustentam esse mercado negro violento. E são os mesmos jovens que participam de passeatas contra a violência e choram porque sofreram assaltos ou sequestros relâmpagos.
Não é qualquer um que tem a coragem de expor tão claramente isso, assim como o envolvimento da patente mais alta da segurança pública, incluindo políticos como deputados e governadores, com os traficantes chefes.
A crítica não se prende às drogas e armas. Não foram poupadas outras redes lucrativas e ilegais como as máquinas de caça-níqueis, a prostituição e o jogo do bicho.
Com certeza houve um cuidado por parte dos escritores e uma clareza - embora o livro seja ficção.

Após a introdução bastante esclarecedora, existem duas partes e um epílogo. Este estrutura é essencial para a compreensão da obra. Não é um livro fácil de ser digerido e absorvido, não é para qualquer leitor, embora a escrita seja simples.

A primeira parte do livro é uma narrativa em primeira pessoa feita por um integrante da Tropa de Elite. Um negro que estuda na PUC. A narrativa possui como principais características a simplicidade, a dureza e sinceridade. Ele é muito direto ao contar fatos ocorridos durante sua passagem pela PM ou pelo BOPE. A maioria, claro, inquietante e estarrecedora. Até macabra. A todo momento você pensa como é tudo verdade! Embora não exatamente ao pé da letra, mas tudo acontece com frequência.
Eu ainda achei que em certos pontos, o livro (assim como o filme) é brando. Conheço histórias verdadeiras de dentro da favela muito mais assustadoras que essas.

Gostei da forma como ele narra os acontecimentos. Como se ele chegasse, sentasse à sua frente e começasse a desabafar. Como se o leitor fosse um psicólogo e estivesse escutando confissões íntimas, secretas, chocantes.
Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Outras são ainda histórias ocorridas com amigos ou que ele ouviu os comentários. Ele reproduz o que ele presenciou, seja pessoalmente ou escutando os amigos.
Nessa primeira parte, cada relato está em forma de um capítulo com um título. Eu considero um excelente apanhado de contos. A cada conto lido, informações sobre o cotidiano da segurança pública.

O destaque fica para o treinamento do BOPE, mas é resumido se compararmos ao filme, onde essa preparação possui mais destaque. Algumas situações foram aproveitadas no filme, tornando-as clássicas, enquanto outras estão apenas no livro.
Interessante também como esse relato longo do protagonista contém observações peculiares, explicações de gírias e de como as coisas funcionam. Percebi que em muitos momentos ele sente um enorme peso, não exatamente culpa, mas uma necessidade em expor, em colocar para fora os segredos.
Muitas passagens dessa primeira parte me marcaram ao ponto de eu reler e marcar para ler para meu marido em voz alta (agora ele que quase não lê quer ler o livro logo).
A parte da cavalgada, da comida no chão, das armas escondidas, da tortura "golfinho", da medicação pesada, e muitas outras situações nunca mais serão esquecidas. Muitos contos da primeira parte ficaram na minha cabeça.

O texto é limpo, direto, realista e cheio de palavrões. É bem escrito, estampa a verdade crua e nua e se os palavrões, gírias e palavras chulas estão presentes em toda a narrativa do protagonista é porque é estritamente necessário. Como ele mesmo prova (e se preocupa em comprovar) é um homem letrado e com inteligência acima da média, conhece Literatura e possui um excelente Português, mas é impossível não se expressar livremente sem o uso de um linguagem coloquial e pesada. Não seria possível manter a originalidade dos fatos se ao reproduzir os diálogos ele censurasse palavrões e afins. Não costumo aprovar esse tipo de escrita, porém nesse caso, se fosse o texto seguisse outro padrão soaria superficial e falso.

Ao terminar de entregar ao leitor toda a verdade de suas lembranças, resolve escrever um livro. Essa ousadia não sai da cabeça dele. Ele se sente na obrigação de escrevê-lo.
Assim se inicia a segunda parte do livro. Não existem mais capítulos com contos, nem narrativa em primeira pessoa. É uma ficção em terceira pessoa, um narrador de fora dos acontecimentos.
No começo existe um guia em ordem alfabética com os nomes de todas as personagens. Ao lado de cada nome, uma breve explicação sobre quem é quem. Importante marcar essa página para consultar durante o início da leitura da segunda parte, até se acostumar com o excesso de personagens. Sim, achei que existem personagens demais, mas no entanto, é necessário.
Existem pausas e no início de cada subparte (que seriam os capítulos) está escrito o local, data e horário do acontecimento.
Esse é o livro propriamente escrito pelo protagonista da primeira parte. O negro estudante da PUC que integrou a PM e o BOPE e desabafou páginas após páginas, conto a conto realmente escreveu um livro de ficção e muita ação - a segunda parte.

Apesar de não ser narrador por ele, e sim escrito por ele, a segunda parte não é ótima como a primeira, mas é boa. Como eu disse, não é uma leitura para qualquer pessoa. Não tem nada a ver em ficar chocado com a verdade ou assustado com a dureza. A linguagem utilizada continua simples, direta, breve e rodeada de realismo e palavrões. O problema para alguns leitores certamente será acompanhar o quebra-cabeças de fatos e a complexidade das ligações, alianças e rixas entre tantas (muitas!) personagens. Não é qualquer pessoa que conseguirá estar atenta o suficiente para extrair o máximo possível do livro, que de forma geral é magnífico.
O "livro" escrito pelo protagonista é cheio de conspirações, planos, corrupção, violência, ação e perigo. Vidas se cruzando, traficantes, políticos, policiais, cidadãos. Cenários que vão de favelas, passando por prisões, chegando a gabinetes políticos e lares de famílias.
Não posso comentar muito sobre o "livro" escrito pelo protagonista para não soltar spoilers. Embora eu prefira a primeira parte e seu humor negro e macabro, reconheço a excelência e críticas expostas na segunda parte, afinal essa história dentro da história é essencial.
Após o término da leitura do "livro", ainda existe um epílogo. Voltamos à narrativa em primeira pessoa feita pelo protagonista-escritor e Elite da Tropa é finalizado com chave de ouro.

Resumindo: na primeira parte lemos os desabafos do protagonista como se ele estivesse diretamente contando ao leitor, inclusive ele fala diretamente com quem lê; na segunda parte lemos o livro que ele resolveu escrever para expor os problemas, acontecimentos e críticas, através de uma história de ficção baseada no cotidiano verdadeiro; e por último um breve epílogo, onde reencontramos o protagonista na narrativa para fechar o livro.

Repito: não espere encontrar o filme no livro, apesar de semelhanças. O filme foi baseado no livro, mas não é uma cópia, nem uma adaptação, na verdade. O livro serviu apenas como inspiração para o filme. No entanto, são mídias diferentes, e ambos são excelentes.
A leitura é muito simples, de vocabulário acessível, porém é complexa e densa. Nada entediante. Acredito que quem o achar enfadonho é porque não compreendeu a essência, o espírito do livro. O filme possui uma digestão mais fácil, pois tudo é entregue claramente; e foi feito para o povo de uma forma geral. Eu arrisco dizer que o livro, além de diferente não é servido diretamente ao leitor como o filme é para o telespectador. O leitor precisará estar mais atento e usar mais do raciocínio.

Não expus minha opinião sobre os assuntos abordados; apenas dissequei o livro para os interessados, sem spoilers. Para finalizar a resenha preciso ao menos, discretamente expor:
Concordo com muitas ideias transmitidas pelos escritores, principalmente sobre os culpados da violência serem os usuários de drogas, até mesmo os sazonais e a corrupção que se une aos traficantes e até os apoia.
Todos os corruptos, sejam policiais ou políticos - os que se envolvem direta ou indiretamente com o crime - são culpados pela violência urbana; tanto quanto os políticos que não sentem peso na consciência por "não se envolverem com o crime", mas roubam os cofres públicos, desviando verbas para saúde e educação (áreas carentes essenciais para ajudar no combate ao crime), também são culpados!
Até parte da mídia é culpada por abafar a realidade e se intrometer nas ações das polícias.
Assim como os consumidores de drogas, que acham que não existe problema em dar uma "cheiradinha" ou fumar um simples "baseado" - sim, todos são culpados pelo grande volume de crimes.
Ainda bem que ainda existem pessoas honestas e corajosas no Brasil. E elas mereciam salários e condições de trabalho melhores.

Ps.: Nunca esquecerei as cenas transmitidas ao vivo pela Globo mostrando as centenas de traficantes fugindo da Vila Cruzeiro em dezembro de 2010. Aposto que se a mídia não estivesse filmando como um reality show a maior parte deles teria sido eliminada e o público saberia apenas de um leve boato. Se os matassem em massa perante as câmeras, a operação seria taxada como massacre desnecessário pelos defensores humanitários. Eu não veria problema algum em terem matado logo aquele bando de traficantes torturadores, estupradores e assassinos. - minha opinião sobre aquele caso.

Trechos:
"Homem de preto, qual é sua missão? É invadir favela e deixar corpo no chão."
"Elite da Tropa é dedicado aos que trabalham, nas polícias e fora delas, para que a reconciliação seja um dia possível. Os relatos que compõem este livro são ficcionais... se por acaso, nossa imaginação se equiparar ao que efetivamente acontece, talvez isso decorra do fato de termos escrito este livro a partir das nossas experiências, e de termos vivido, cada um à sua maneira, a realidade da segurança pública do Rio de Janeiro."
"O resultado é que, no final de um tiroteio, a gente tem a impressão de que passou meia hora. Vai olhar no relógio, passaram-se dois, três, cinco minutos."
"Tenho certeza de que eles também sofreram com a carnificina. Que tiveram pesadelos. Tomaram tarja preta para dormir. Mas a gente acaba se acostumando."
" – Não mata, não mata. A polícia vai matar o rapaz. A polícia vai matar. Assassino.Se tem um coisa que me deixa puto, é isso. – Fecha a janela, sua vaca, ou morre também sua puta....Lamento ter de empregar expressões vulgares. Não faria sentido mentir e fingir, naquela hora eu tive sangue-frio para dizer: 'Minha senhora, se não for incômodo, será que daria pra senhora fazer a gentileza de fechar a janela, porque eu tenho de executar esse cidadão e a senhora está distraindo minha atenção?'" 
" – ...As mulheres dos irmãos têm que armar o maior barraco na frente de Bangu I, diante das câmeras de TVs, com faixa e o escambau. A gente tem que estar preparado para o caso da polícia resolver mostrar serviço e invadir alguma comunidade. Todos têm que estar ligados."
"Dizendo isso não pude deixar de pensar na faca enterrada na caveira, o escudo do BOPE. Vai ver esse tipo de simbiose só acontece com quem passou por todas as provas e se tornou oficial da Tropa de Elite: cada prova, uma cicatriz, ou várias. Por isso, o resultado é uma espécie de tatuagem. Fica gravado no corpo e grudado na alma. Não tem como lavar. Como não se lavam as culpas nem se apaga o orgulho."
Os autores:
É o Major do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Foi negociador do sequestro no sequestro do ônibus 174 e membro do BOPE entre 1996 e 2001.
Fez o curso de aperfeiçoamento de oficiais da PMERJ e o curso de pós-graduação em políticas públicas e segurança da UFF. Formou-se em direito pela PUC-RJ.
Dizem que o protagonista do livro Elite da Tropa e o personagem do filme Tropa de Elite André Matias é baseado em si próprio.

Luiz Eduardo Soares é cientista social e antropólogo. Foi subsecretário de segurança pública e coordenador de segurança, justiça e cidadania no Governo do estado do Rio de Janeiro em 1999 e 2000. Colaborou com o Governo Municipal de Porto Alegre em 2001, como consultor responsável pela formulação de uma política municipal de segurança. Foi secretário nacional de segurança pública, do Governo Federal em 2003. Em 2000, foi pesquisador visitante sobre o mesmo tema no Vera Institute of Justice de Nova York e da Columbia University. Foi professor da UNICAMP e do IUPERJ, além de visiting scholar em Harvard, University of Virginia, University of Pittsburgh e Columbia University.
É professor da UERJ e coordena o curso à distância de gestão e políticas em segurança pública, na Universidade Estácio de Sá.
Tem vinte livros publicados.
Website.

Rodrigo Pimentel foi membro da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, de 1990 a 2001. Como capitão (mais conhecido como Capitão Pimentel) atuou no BOPE de 1995 a 2000.
É pós-graduado em sociologia urbana pela UERJ. Foi articulista do Jornal do Brasil e co-produtor do documentário Ônibus 174. É consultor de segurança.
Após muitos acharem que o personagem principal do filme Tropa de Elite, o Capitão Nascimento, é inspirado em si mesmo, Pimentel declarou que foi um personagem criado e totalmente fictício, baseado em acontecimentos ocorridos com ele e com outros integrantes do BOPE.
Hoje Rodrigo Pimentel é comentarista de segurança da Rede Globo e faz participação no RJTV 1ª edição e no Bom Dia Brasil.

Apesar do livro ser apenas a inspiração do filme, aqui está o trailer de Tropa de Elite.
Pretendo ler o segundo livro, assim como já assisti à continuação nos cinemas (e quase aplaudi de pé).




Sorteio:
Estão sendo sorteados no blogue dois exemplares da versão de bolso do livro, novos e lacrados. Participem! Até 14/11/2012.


A continuação... 
Elite da Tropa 2
A história além do limite.
Luiz Eduardo Soares, Rodrigo Pimentel, André Batista, Claudio Ferras - Editora Nova Fronteira
384 páginas - Ano: 2010 - R$39,90

Sinopse:
"Continuação de um dos maiores fenômenos brasileiros dos últimos tempos, Elite da Tropa 2 expõe o funcionamento de uma guerra que acontece nas ruas todos os dias. Policiais, bandidos e políticos se vêem envolvidos por uma nova forma de crime organizado, as milícias, que se estabelecem aos poucos, enquanto deixam os cidadãos assustados e o Estado cada vez mais em alerta. Escrito a partir de entrevistas, pesquisas e análises de inquéritos, processos, relatórios, além de gravações em vídeo de inúmeras audiências, promovidas pela CPI das Milícias, este livro vai mostrar que o inimigo agora é outro."


Links: Hotsite | Skoob | degustação

Booktrailer:



Trailer do filme Tropa de Elite 2:

6 comentários

  1. Eu já estava querendo este livro antes de ler a resenha, agora que li e vi que ele é muito mais do que eu imaginava, com certeza vou comprá-lo caso não o ganhe no sorteio.

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    1. Boa sorte no sorteio e obrigada por ler e comentar a resenha. Beijos.

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  2. Olá, Tati...
    Já assisti ao filme, assim como boa parte da população de nosso país, mas obviamente sei como os livros possuem um poder de adentrar a mente maior que as imagens de um longa-metragem. A violência urbana por si só já é assustador, infelizmente é algo que vemos constantemente, talvez não em nossas portas, mas sabemos que ela está lá fora e há muitas pessoas envolvidas nesse jogo, inclusive nós mesmos. Ninguém que viva no Brasil está isento de dar sua contribuição contra ou a favor do sistema que anda entre tropeços. Parabéns pela resenha, você conseguiu expor muito bem os pontos da obra.

    Beijos!

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    1. Esse assunto é muito delicado e ao mesmo tempo, onipresente. O problema está em todo lugar, atinge a todos, até aos que fingem que não. Moro numa área nobre da minha cidade, uma das principais cidades turísticas do estado do Rio de Janeiro, com belas praias e coberturas e mansões maravilhosas.
      Porém o tráfico de drogas aqui, apesar de mais brando que no Rio, é forte. E a maioria que sustenta isso são turistas viciadinhos e ricos. Os mesmos que depois choram porque foram assaltados por um viciado que não tem condição de sustentar o vício como eles fazem. Dá raiva. Eu vejo os carrões (a maioria com placa de outras cidade, principalmente do RJ e MG)e os aviões vendendo em pontos estratégicos, não em favela não, e sim espalhados pelos pontos centrais da cidade!
      E depois, na "baixa temporada"? Quem aguenta esses traficantes lucrando menos? Os moradores locais, sendo assaltados. Uma bola de neve.
      Beijos.

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  3. O filme é muito bom e o livro deve ser melhor ainda.Eu tenho muita vontade de lê-lo, e lendo a sua resenha a cada detalhe me deixou com mais vontande ainda..
    Espero mesmo ganha-lo no sorteio.
    Beijos.

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    1. Tanto o filme quanto o livro são ótimos, mas um pouco diferentes. Acho que quem gosta do filme no começo estranha o livro, mas depois o adora!
      Boa sorte. Beijos.

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