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Trilogia Star Wars, livro 2: Então Você quer Ser um Jedi? (O Império Contra-ataca), de Adam Gidwitz e Editora Seguinte (Grupo Companhia das Letras)

Então Você Quer Ser um Jedi?: O Império Contra-Ataca (The Empire Strikes Back: So You Want to Be a Jedi?)
Trilogia clássica Star Wars ilustrada (Star Wars Illustrated Novels) - livro 2
Adam Gidwitz - Editora Seguinte / Grupo Companhia das Letras
Ilustrações: Ralph McQuire e Joe Johnston
Tradução: André Conti
272 páginas - 2015 - R$34,90
Comprar: Amazon | Fnac | Livraria Cultura | Livraria da Folha | Livraria da Travessa | Livraria Saraiva
Resenhas: livro 1 | livro 3

Sinopse:
"Com a ajuda de Luke Skywalker, a Aliança Rebelde conseguiu uma grande vitória contra o Império. Mas a guerra está longe de acabar. Agora, instalados em Hoth, um planeta gelado, os rebeldes temem que seu esconderijo seja descoberto pelas forças imperiais. Infelizmente, não demora muito para que o temível Darth Vader os encontre e organize o ataque…
Esta é uma versão de Star Wars: O Império contra-ataca (episódio V) como você nunca viu. A edição vem acompanhada de ilustrações incríveis e apresenta a história original a uma nova geração de leitores, assim como fornece uma perspectiva inédita para os fiéis fãs da saga. Aqui, você entrará na pele de Luke Skywalker, dando os primeiros passos para se tornar o maior Jedi da galáxia, e encontrará uma série de lições para aprimorar seus conhecimentos Jedi."

Pré-resenha:

Então Você Quer Ser um Jedi? (So You Want to Be a Jedi?), escrito por Adam Gidwitz, é o segundo volume da trilogia clássica ilustrada Star Wars publicada no Brasil pela Editora Seguinte (Grupo Companhia das Letras). É uma adaptação em formato romance do episódio V, O Império Contra-Ataca (The Empire Strikes Back - filme de 1980). A data de publicação é setembro / outubro de 2015, a mesma da obra em inglês pela Disney Lucasfilm Press.
O livro anterior foi escrito pela Alexandra Bracken. Se você ainda não leu a resenha de A Princesa, o Cafajeste e o Garoto da Fazenda (The Princess, the Scoundrel, and the Farm Boy), baseado no episódio IV, Uma Nova Esperança (A New Hope - 1977), clique aqui.
O terceiro livro é inspirado no episódio VI, O Retorno de Jedi (Return of the Jedi - 1983), temos o livro escrito por Tom Angleberger, Cuidado com o Lado Sombrio da Força! (Beware the Power of the Dark Side!).
Esta trilogia é a novelização oficial dos filmes clássicos com uma nova linguagem, voltada ao público juvenil. É para fãs e não fãs atraídos pela criação de George Lucas. Recomendo que os leia na ordem, mas funcionam também de modo independente.
Sou fã de Star Wars, tanto da trilogia clássica quanto da posterior - que é sua prequela (episódios I, A Ameaça Fantasma / The Phanton Menace - 1999; II, Ataque dos Clones / Attack of the Clones - 2002); e III, A Vingança dos Sith / Revenge of the Sith - 2005. Enquanto espero por dezembro e a estreia nos cinemas do episódio VII, O Despertar da Força (The Force Awakes - 2015), tive o prazer de ler esta adaptação juvenil. Não precisa ter assistido aos filmes nem ser especialista em Star Wars para aproveitar a leitura. É uma releitura moderna que mantem a fidelidade ao filme O Império Contra-Ataca.



Resenha:
O livro é dividido em cinco partes: No Cubo de Gelo, A Batalha por Hoth, Planetas Estranhos Parte I, Planetas Estranhos Parte II e A Cidade nas Nuvens; a edição tem também uma introdução e nota do autor. Assim como o livro anterior, antes de cada parte há uma ilustração colorida em duas páginas e desenhos em preto e branco ao longo da história. Os três volumes formam uma coleção linda, com capa emborrachada, orelhas (com o marcador para recortar), folhas brancas e ótimas revisão e diagramação.
Paralelamente a história, o autor criou uma espécie de "manual jedi para a vida real", com exemplos que auxiliam o(a) leitor(a) a imaginar como muitas situações enfrentadas por Luke foram realmente difíceis. Não apenas em seu treinamento, mas em toda sua evolução como jedi. No começo, achei divertido, mas depois ficou repetitivo. São uma ou duas páginas presentes em quase todas as viradas de capítulos.
Outro item que não gostei foi que o autor pula o romance, deixando o surgimento de um dos casais mais legais da ficção à deriva. Não sou fã de histórias românticas quando não são o foco, mas aqui senti falta.
No entanto, há o lado positivo. a brincadeira ensina às crianças paciência, empatia, compreensão, meditação e equilíbrio. E causa reflexão aos adultos: Será que todos deveríamos agir como um verdadeiro jedi no cotidiano? Praticando o bem e sendo mais pacientes e empáticos? Essa foi a minha lição. Com certeza as crianças se divertirão com as atividades sugeridas, mas serão os adultos a pensar!


Simplesmente adorei todos os pontos de A Princesa, o Cafajeste e o Garoto da Fazenda. Gostei tanto que imaginei se não teria sido bom toda a trilogia ter sido escrita pela Alexandra Bracken. Creio que a proposta seja renovar a saga. Mas por ter gostado tanto da autora do livro um, fiquei insegura em iniciar o livro dois. Infelizmente Então Você quer Ser um Jedi? é mais fraco da trilogia (li os três antes de começar a resenhá-los). A narrativa do autor não me agradou por completo.
Adam Gidwitz leva ao pé da letra a ideia de fazer o leitor se sentir na pele de Luke Skywalker, o protagonista de O Império Contra-Ataca. Além do "manual jedi", o autor utilizou outra manobra para aproximar o(a) leitor(a) do protagonista: A narrativa está quase toda em segunda pessoa e isso me desanimou. As únicas cenas em terceira pessoa são as que o Luke não está presente, estas são melhores. Exemplo: "Você suspira. Era uma boa base, apesar de tudo. Mas você concorda. Ele está certo. Vocês têm que ir embora." Aposto que muitos(as) adorarão, dependerá do gosto.
A escrita de Adam Gidwitz é mais infantil que as de Alexandra Bracken (livro um) e de Tom Angleberger (livro três). A impressão é que Adam deveria ter escrito uma versão apenas para o público infantil e deveriam ter escolhido outro(a) para completar a trilogia. É um bom livro e o Império Contra-Ataca é fantástico, não importando se a adaptação é infantil, juvenil ou adulta.
Portanto, não gostei do foco, pois é praticamente apenas em Luke. É o desenvolvimento e amadurecimento dele, mas foi desperdício deixar o restante do elenco em segundo plano. Enquanto no livro anterior viajei nos pensamentos e sentimentos profundos de três personagens e a partir deles imaginei os conflitos ao redor, aqui fiquei presa ao ponto de vista de um.
Por outro lado, o autor trabalha muito bem as personagens que as crianças amam como os droides R2-D2 e CPO-3 e o wookie Chewbacca. As cenas são engraçadas, principalmente nas descrições sobre o que significam os apitos de R2-D2 e os rosnados de Chewbacca.


Mas a proposta do autor não é apenas bom-humor. Assim como existem jedis e siths, o livro tem seu lado sombrio, também sob medida para as crianças. A abordagem principal, além de transformar o(a) leitor(a) em Luke, é adaptar O Império Contra-Ataca em um estranho conto de fadas, ao estilo dos clássicos dos irmãos Grimm. O autor alcança seu objetivo mostrando o estado psicológico de Luke, perdido e em provações e dúvidas constantes, especialmente nas duas partes intituladas Planetas Estranhos.
Posso não ter gostado da narrativa (poderia ser em primeira ou terceira pessoa), mas gostei da adaptação em si, do desenvolveu a trama, pois seus acréscimos são muitos bons. Ele manteve a cronologia e os acontecimentos centrais, porém algumas novas cenas foram adicionadas. Em Dagobah encontramos mais coisas e creio que tenha sido o melhor desempenho do autor. Os trechos do pântano e suas criaturas e o encontro de Luke com seu medo verdadeiramente soaram como um conto de fadas sombrio para crianças. A fábula que Yoda conta ao Luke é ótima. Yoda é uma preciosidade no livro, um sábio misterioso e carismático.
No geral, é um livro divertido e mais recomendado para crianças e pré-adolescentes que para adolescentes e adultos. Ele destoa dos outros dois livros da trilogia e deveria ter sido lançado em outro projeto Star Wars. Ainda assim a leitura é válida. O Império Contra-Ataca ganha uma adaptação regular, prosseguindo com a Jornada do Herói. Esta se faz bem intensa na escrita de Adam Gidwitz, que traz uma mistura de bom humor e escuridão em estilo contos de fadas. É uma space opera épica, e o(a) leitor(a) encontra o melhor de Star Wars, incluindo lugares peculiares em uma galáxia muito, muito distante; além de lasers, droides, naves e veículos únicos. E sabres de luz, realmente amo sabres de luz. Darth Vader é o vilão que todo conto de fadas precisa e nenhuma vilania pode ser maior que o lado sombrio da Força.
O livro serve para introduzir leitores mais jovens ao mundo de Star Wars, principalmente os meninos. E, acima de tudo, é uma leitura para descontrair e entreter os fãs enquanto esperam pela nova trilogia nos cinemas, porém, esperava outro estilo para uma adaptação de O Império Contra-ataca, episódio em que temos conflitos emocionais intensos.




O autor:
É autor de A Tale Dark and Grimm, In a Glass Grimmly e The Grimm Conclusion, best-sellers de The New York Times. Ele cresceu em Baltimore, onde frequentou uma escola com poucas regras - e ainda assim conseguiu quebrar todas elas. Mudou para o Brooklyn, onde trabalhou como professor durante oito anos. Agora, Adam é escritor em tempo integral - o que significa que escreve durante algumas horas toda manhã e passa o resto do dia deitado no sofá, olhando para o teto.
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A coleção:
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Trilogia clássica ilustrada (adaptações dos episódios IV, V e VI):



Aventuras inéditas passadas entre os episódios V e VI (Leia) e IV e V (Han e Chewie / Luke):



Prelúdio para o episódio VII, O Despertar da Força:


2 comentários

  1. oi ^^
    pow pena que destoa um pouco dos outros livros, mas ainda sim parece ser uma boa leitura na medida do possível.
    tbm sou meio estranha quando é segunda pessoa, dá uma desanimada, mas a gente vai levando né?
    <3 essa é a capa que eu mais gosto.
    Seguindo o Coelho Branco

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    Respostas
    1. Oi, Alice, mas essa foi minha impressão apenas, pois aposto que (como sempre) varia de leitor para leitor; a narrativa em segunda pessoa não é ruim, acho que é estranha, questão de hábito - não tenho. Mas o livro vale mesmo assim. Beijos.

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