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A Escolha, volume 3 da série A Seleção, Kiera Cass, Seguinte

A Escolha (The One)
Apenas uma garota levará a coroa.
A Seleção - livro 3
Kiera Cass - Editora Seguinte
Tradução: Cristian Clemente
352 páginas - Ano: 2014 - R$29,90
Lançamento: 22 de abril de 2014.

Sinopse:
"Quando foi sorteada para participar da Seleção, America não imaginava que chegaria tão perto da coroa – nem do coração do príncipe Maxon. Com o fim do concurso cada vez mais próximo, e as ameaças rebeldes ao palácio ainda mais devastadoras, ela se dá conta de tudo o que está em risco e do quanto precisará lutar para alcançar o futuro que deseja. America já fez sua escolha, mas ainda há muitas outras em jogo… Aspen, seu antigo namorado, terá de encarar um futuro longe dela. E Maxon precisa ter certeza dos sentimentos da garota antes de tomar a grande decisão, ou acabará escolhendo outra concorrente."

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Resenha:
A ansiedade dos fãs pelo desfecho da trilogia A Seleção foi tão grande que movimentou as redes sociais e fez A Escolha rapidamente alcançar o primeiro lugar das listas dos mais vendidos do Brasil.
O lançamento foi simultâneo ao dos Estados Unidos e fugi dos spoilers desesperadamente, portanto, essa resenha não os tem. Minha leitura voou, o livro chegou e eu o devorei em algumas horas, não consegui resistir! Não poderia pausar o livro sem saber o que acontecia com America Singer!
A série me transformou novamente em uma adolescente e me conquistou logo no primeiro volume. Acredito que o sucesso seja resultado da combinação de vários fatores bem-executados pela autora, além de excelente alcance de propaganda online. A  saga é viciante e deixa o leitor sempre curioso e querendo sempre mais. As leitoras suspiram com Maxon e Aspen...

As capas são maravilhosas e a Editora Seguinte manteve o belo padrão da diagramação e projeto gráfico. A trilogia possui as capas mais bonitas da atualidade.
 Eu gosto delas também por conterem significados. America sempre está em meio a espelhos que simbolizam seus conflitos interiores com belos vestidos, sempre como uma "princesa". Em A Escolha, America está de branco e a primeira coisa que se pensa é: "Será um vestido de noiva?" ou o branco pode representar a paz que a nação precisa? America parece misteriosa. Ela tem um olhar confiante.
A série conta ainda com os dois primeiros volumes, A Seleção e A Elite e o extra Contos da Seleção, versão impressa dos e-Books O Príncipe e O Guarda com anexos; um complemento que deve ser lido antes de A Escolha; e The Queen (A Rainha), um conto anterior à saga.

Estou completamente satisfeita com o desfecho dado pela autora (confesso, fiquei muito feliz!), embora eu tenha percebido que determinados itens poderiam ter sido trabalhados de forma mais intensa.
Mesmo que o leitor não concorde com o rumo dado à trama (especialmente sobre a rivalidade entre fãs de Maxon versus fãs de Aspen), com certeza se deve notar que Kiera Cass escreveu um livro fascinante e empolgante.
Ela se preocupou com um bom final. Pensei tanto sobre como A Seleção terminaria que cheguei a imaginar finais um tanto bizarros e maquiavélicos! O desejo pelo último volume de uma série jovem nunca foi tão poderoso para mim; não nos últimos tempos.
Alguns pontos que eu achei fracos nos livros anteriores foram abordados de forma superior dessa vez. Eu torcia por mais política e mais foco na opressão do Rei, na insatisfação da população e nas atividades dos grupos rebeldes. Também torcia por America ser mais ativa e influente na questão da possível dissolução das castas sociais. Pois, embora seja uma saga romântica, é também distopia, e eu achava que seria indispensável o enredo se desenvolver também para essa vertente.
Para minha total satisfação, a autora seguiu esse caminho e finalmente no último livro conseguiu o equilíbrio perfeito! Agora sim A Seleção pode ser classificada como do gênero Young Adult e como romântica e distópica.

Kiera soube satisfazer o público que priorizava as questões românticas, assim como a questão de quem ficaria com a coroa; e ao mesmo tempo voltou-se a sanar a carência dos conflitos políticos, que muitos leitores sentiram falta. E ainda assim o livro continua leve, prazeroso e juvenil. Acima de tudo: Um "conto de fadas" moderno!
Nunca fica chato com explicações e America toma atitudes e se arrisca de modo plausível. Ela é uma ativista e heroína da forma que pode ser. Pois seria estranho se ela, de repente, se tornasse uma rebelde experiente, não é? America descruza os braços, para de apenas falar e coloca a mão na massa conforme o seu alcance. Eu simplesmente amei esse lado da história!
America pode nem sempre tomar as atitudes mais inteligentes quando é sobre si mesma, pois é acima de tudo, impulsiva; mas em relação à política, ela foi mais poderosa e eficiente que um general de exército! Por mais que alguns leitores achem America irritante (eu não acho) devem assumir o quanto ela em A Escolha é corajosa e ousada ao tentar melhorar a situação social do povo.


O triângulo amoroso foi muito empolgante, opinião que raramente tenho sobre as séries desse estilo. Verdadeiramente gostei de America dividida entre Aspen, o guarda, e Maxon, o Príncipe. É um triângulo amoroso com sentido.
Eu escolhi para quem torcer e nunca mudei de ideia, nem após ler Contos da Seleção. Eu sentia apenas um receio: Quando escolho com quem o(a) protagonista deve ficar, nunca acerto!
Mas em A Escolha, essa disputa pelo coração da America e as dúvidas da moça a respeito foram um pouco defeituosas, em comparação aos livros anteriores. Eu tinha plena confiança que, não importando o final, a autora saberia fazê-lo. Repito, eu gostei do término, mas mesmo sendo fã, reconheço que algumas coisas não ficaram bem-encaixadas. Não posso apontá-las para não estragar a surpresa de quem ainda não leu.
Porém, posso contar que a impressão que eu tive foi que o último um quarto do livro deveria ser mais longo ou, talvez, a autora não deveria ter deixado tantos conflitos a serem resolvidos tão próximos ao final.
O ideal seria ter apresentado parte do clímax um pouco após a metade do livro e ter dado mais tempo para alguns sentimentos se estabilizarem, novos rumos serem desenvolvidos. Algumas questões importantes foram resolvidas rapidamente, de repente, enquanto outras ficaram se prolongando sem necessidade.

Gostei e concordei com os destaques das personagens. Além de America, Aspen e Maxon, foi muito interessante termos apenas Elise, Kriss e Celeste competindo com America na Elite. Embora aquele monte de garotas tenha sido um grupo muito dinâmico e divertido, preferi a trama com um número menor de Selecionadas. Isso possibilitou que a atenção fosse redirecionada a outras personagens como dois representantes rebeldes, por exemplo. O Rei já era uma figura temida, mas alcançou o posto de personagem mais detestável.
O destaque número um fora do triângulo amoroso foi, para mim, Celeste. Foi quem mais apresentou surpresas e quem a autora melhor justificou a personalidade. Gostei tanto que adoraria ler um conto extra narrado por ela; eu fiquei curiosa por um relato sob seu ponto de vista. Poderia ser interessante, dramático e sarcástico na medida certa.
Outra que se destacou bastante e talvez tanto quanto Celeste foi a Rainha. Algumas cenas marcaram muito, mesmo Amberly sendo tão discreta. Ás vezes eu a achava muito submissa, porém desconhecemos sua história particular. Ela é uma Rainha querida e admirada, uma mãe carinhosa, mas uma esposa quieta demais. Imagino que seja esse o motivo da publicação do conto The Queen (A Rainha). Estou ansiosa para lê-lo e espero que seja valioso para mostrar mais a verdadeira Amberly, pois me sinto curiosa.
Algumas aparições da Rainha são lindas. Ela me cativou em poucos gestos.
Celeste e Amberly se destacam, porém jamais ofuscam America!

É um livro que eleva ao máximo a ansiedade dos leitores. Os livros anteriores também empolgam, mas A Escolha possui um raro magnetismo. Prova que uma história não precisa ser complexa para conquistar o leitor. Ser emocionante, sedutora e curiosa já é suficiente - mas não é fácil.
Kiera Cass conseguiu esse feito: Conquistou um público fiel que certamente não se decepcionará com o final! Amando ou odiando as personagens, uma coisa é certa: São todas carismáticas, cada uma a seu modo. O leitor, concordando ou não das escolhas feitas por elas, vai se emocionar e torcer no final. Escolhas, escolhas, escolhas... Não é só a do Príncipe Maxon que importa. Todos precisam tomar decisões. Kiera Cass consegue segurar o suspense até o término! Quem Maxon escolherá?
Toda a série A Seleção é mágica em sua simplicidade; talvez o "conto de fadas" atual mais amado pelo público. É fechar a última página e continuar a pensar sobre cada capítulo. É imaginar o que acontece depois, com uma gostosa nostalgia. Com certeza os fãs ainda debaterão muito sobre o desfecho. Estou feliz com o final tão aguardado, mas também triste com a saudade que a série deixou.
Possuo o desejo sincero de ver a série bem-adaptada para o cinema e recomendo a leitura a todos que torcem e roem as unhas por finais "felizes para sempre", mesmo que seja um processo doloroso.

PS.: Essa resenha é breve, pois optei em não chegar perto de spoilers. Foi difícil escrevê-la.

A série:
É formada pela trilogia principal: A Seleção, A Elite e A Escolha. Você pode comprar tanto o livro físico quanto o e-Book.
O Príncipe e O Guarda são dois contos em e-Books gratuitos que complementam a série e devem ser lidos entre A Elite e A Escolha. O sucesso foi tão grande que você pode comprar a versão impressa com ambos e mais vários extras. Este livro é intitulado Contos da Seleção.
Ainda inédito em português, Kiera Cass trouxe The Queen (A Rainha), outro conto extra. Este se passa antes de A Seleção.

A autora:
Nasceu em 1981, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Formou-se em história na Universidade de Radford, na Virginia, e publicou seu primeiro livro, The Siren, em 2009, em uma edição independente.
Beijou aproximadamente catorze garotos em sua vida, mas nenhum deles era um príncipe.
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4 comentários

  1. Mto boa resenha! Eu ainda não li o último, mas tá na lista de favoritos... Torço p América conseguir a coroa e casar c o Max, apesar do q o rei acha!

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    1. Obrigada, Tarin! Espero que possa logo logo conferir o desfecho da saga!
      O Rei é tão odiável que tento imaginar como ele era quando Príncipe e recebendo as Selecionadas na sua época.
      Beijos.

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  2. A resenha foi breve? kkkk Escreveu a beça, amiga! Ficou ótimo!
    Bem, eu li os livros em sequência em apenas 3 dias. Não houve espera, expectativa nem nada. Adorei o primeiro, achei a Meri meio chatinha no segundo. Mas o terceiro, apesar de todos os pontos positivos que você abordou, pra mim ficou com muitas pontas soltas. Coisas sem noção, sem explicação, sem necessidade. Sinceramente, esperava um final mais redondinho, que me satisfizesse. Apesar de ter torcido pro cara errado, achei coerente a escolha dela (e gostei do final do meu queridinho rs).
    Domingo tem encontro de fãs da série, tô louca pra discutir sobre esse final com peças faltando. hahaha!
    Beijinhos!
    Giulia - Prazer, me chamo Livro

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    1. Oi, Giulia, eu me segurei para não escrever mais e citar exatamente todos os tópicos positivos e negativos do livro, todas as cenas, tudo, tudo, hehehe é um livro que dá vontade de ficar debatendo :)
      Você se deu bem em ler os três seguidamente, eu sofriiiii na espera ahahaha
      Eu achei que o livro tem várias falhas também, referente ao seu queridinho, principalmente. Pensei que teríamos váááários conflitos a mais...
      Mesmo assim gostei muito do final.
      Bom evento, como eu queria poder ir e conversar bastante sobre os detalhes. Com direito aos spoilers =D
      Beijos!

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