Uma Chama entre as Cinzas (An Ember in the Ashes)
Uma Chama entre as Cinzas - livro 1
Sabaa Tahir - Verus Editora / Grupo Editorial Record
432 páginas - 2015 - R$39,00
Tradução: Jorge Ritter
Comprar: Amazon | Americanas | Casas Bahia | Extra | Livraria Cultura | Livraria da Folha | Livraria Saraiva | Ponto Frio | Shoptime | Submarino
Sinopse:
"Uma história épica e eletrizante sobre liberdade, coragem e esperança.
Laia é uma escrava. Elias é um soldado. Nenhum dos dois é livre.
No Império Marcial, a resposta para o desacato é a morte. Aqueles que não dão o próprio sangue pelo imperador arriscam perder as pessoas que amam e tudo que lhes é mais caro. É neste mundo brutal que Laia vive com os avós e o irmão mais velho. Eles não desafiam o Império, pois já viram o que acontece com quem se atreve a isso.
Mas, quando o irmão de Laia é preso acusado de traição, ela é forçada a tomar uma atitude. Em troca da ajuda de rebeldes que prometem resgatar seu irmão, ela vai arriscar a própria vida para agir como espiã dentro da academia militar do Império.
Ali, Laia conhece Elias, o melhor soldado da academia — e, secretamente, o mais relutante. O que Elias mais quer é se libertar da tirania que vem sendo treinado para aplicar. Logo ele e Laia percebem que a vida de ambos está interligada — e que suas escolhas podem mudar para sempre o destino do próprio Império."
Resenha:
As distopias atuais juvenis estão mudando aos poucos. As séries best-sellers mais recentes estão se mesclando cada vez mais a fantasia. Antes a tendência era mostrar um futuro sinistro de nosso mundo, focando no terror que a realidade pode se transformar e utilizando um(a) protagonista rebelde enfrentando governos totalitários e violentos. Os lançamentos mantêm o mesmo tom de alerta social, o abuso da violência e a desigualdade, mas rumam cada vez mais da realidade para a fantasia, mas sem perder as críticas ao ser humano. Apresentam mundos totalmente novos, Primeiro foi surgindo leve ficção científica até chegarmos a magia, ao sobrenatural. A mudança é positiva e eu, como fã de fantasia e de distopia, estou adorando a mistura dos gêneros!
An Ember in the Ashes é o livro de estreia da inglesa Sabaa Tahir, o primeiro volume da série homônima. Publicado em abril de 2015 e inglês, tornou-se best-seller do New York Times e chegou ao Brasil em outubro, pela Verus Editora, do Grupo Editorial Record, com o título Uma Chama entre as Cinzas.
Percebi que era o meu tipo pela sinopse, além da capa ser maravilhosa e de confiar nas publicações da Verus - selo de qualidade para mim. Então o sucesso do livro dependeria apenas do talento e abordagem da autora. Não somente dei cinco estrelas e o favoritei, mas também mal consegui pausar a leitura! Parei apenas para o essencial (incluindo três horas de sono) e ter escolhido o final de semana para a leitura foi excelente, visto que quase o li sem parar, mesmo tendo mais de quatrocentas páginas (bem utilizadas pela diagramação). É incrível.
O exemplar segue o padrão da Verus, capa linda, orelhas largas com muitas informações, páginas amareladas, diagramação simples e organizada e trabalho editorial impecável.
Antes de tudo, é voltado ao público jovem. No entanto, este young adult agradará qualquer leitor(a) que adore ficção especulativa, distopias misturadas a magia e fantasia. É uma grande aventura, com muita ação.
É um livro épico e de fantasia sombria. Apresenta características distópicas, por causa da política violenta, do governo controlador e ferrenho, das desigualdades sociais. Mas Sabaa Tahir criou um mundo peculiar onde a fantasia é o destaque, com mitologia, cultura, religião, política, tudo original... na verdade nem tudo.
A trama possui itens de outras duas séries: Red Rising (Pierce Brown, Fúria Vermelha, 2014 e Filho Dourado, 2015 Globo Livros) e Red Queen (Victoria Aveyard, A Rainha Vermelha, 2015, Editora Seguinte). Em Fúria Vermelha, os Ouros dominam as castas e a mais baixa é formada pelos Vermelhos. O protagonista é um Vermelho espionando os Ouros, fingindo ser um deles. Em A Rainha Vermelha, os Prateados comandam os Vermelhos, porque possuem superpoderes. A protagonista é uma Vermelha espionando os Prateados como criada no castelo da realeza.
A base de Uma Chama entre as Cinzas é semelhante: Os Marciais estão no topo do poder, acima dos Tribais, Navegantes e Eruditos, estes últimos os inferiores da sociedade. A protagonista Laia é uma Erudita infiltrada como escrava na Academia militar do Império Marcial.
Então Uma Chama entre as Cinzas é uma mistura de Fúria Vermelha e A Rainha Vermelha? Sim, mas há novidade! Não me importo com clichés ou itens antes já utilizados, desde que o livro seja verdadeiramente bom, empolgante e apresente também itens próprios. Há a personalidade da autora, pois ela escolheu colocar obscuridade na trama através de lendas e criaturas sobrenaturais assustadoras, assim como referências ao Império Romano. Enquanto Fúria Vermelha é muito violento, realista e tem protagonista masculino e A Rainha Vermelha é mais brando, com superpoderes e a protagonista é feminina, Sabaa Tahir escolheu o equilíbrio: É menos adulto que Fúria Vermelha, porém mais maduro que A Rainha Vermelha. E Laia não é protagonista única; ela divide o papel principal com Elias Venturius, um Marcial. Ele é mais que um Marcial; é um Máscara!
A narrativa é em primeira pessoa e, como temos dois protagonistas, a autora se reveza nas vozes de Laia, a Erudita e Elias, o Marcial. Isso deixa a trama dinâmica e aumenta o suspense, assim como mostra claramente o quanto Laia e Elias pertencem a classes diferentes, mundos diferentes e, no entanto, estão presos a sentimentos iguais. Eles são rivais, ou ao menos deveriam.
Ele é um Marcial que serve ao Império sem pestanejar; ela é uma Erudita que torna-se escrava do Império. Os dois estão presos as suas funções, sofrem violência física e psicológica. Ambos perderam muito e são obrigados a abandonarem as personalidades. O Império o obriga a ser um Máscara antes de ser Elias. E Laia não tem mais nome, assim como todos os escravos.
Elias está prestes a completar sua formação na Academia Militar Blackcliff. Durante sua vida foi treinado a ser soldado do mais alto nível (tipo Espartanos). Criado duramente para a guerra e violência. Estes militares obedecem ao Império acima de tudo, sem sentimentalismo, medos ou questionamentos.
A área que hoje pertence ao Império já foi diferente. Os Eruditos priorizavam a educação, o estudo e o conhecimento e os principais prédios eram bibliotecas e escolas. Os Marciais aprenderam a arte da produção das armas brancas em um estilo antes nunca visto pelos humanos. Produzem lâminas capazes de cortar em um único golpe três humanos. As armas Telumanas cortam até cinco corpos. Suas armaduras são revestidas da mesma forma resistente. Assim a força dominou a inteligência; o metal dominou os livros. Marciais dominaram e escravizaram os Eruditos, que atualmente não podem aprender a ler e escrever e servem ao Império Marcial.
Laia nasceu em uma família assim, coagida pelo Império. Nunca pensou em se aliar a Rebelião ou desacatar ordens ou o sistema. Até seu irmão ser acusado de traição e se tornar prisioneiro do Império. Sem escolha, Laia aceita espionar os militares do Império para a Rebelião em troca do irmão ser localizado e resgatado pelos Rebeldes. Para isso ela se torna escrava e seu caminho se cruza ao de Elias, que representa tudo o que ela mais teme e odeia: os Máscaras.
Laia não sabe que Elias não é um Máscara por completo. Ele possui bondade e rebeldia, retirando a máscara sempre que possível, tanto que, às vésperas da formatura, a máscara ainda não se fundiu ao seu rosto. Elias não sabe que Laia é uma espiã, porém sente que há algo de diferente na moça, ela não se parece com uma típica escrava. Ambos temem falhar e odeiam o Império. Laia teme não conseguir ser corajosa como a sua família. Elias teme o contrário: se parecer demais com a dele.
A trama é desenvolvida com mistérios e muita ação e é dividida em três partes: A Batida, As Eliminatórias e Corpo e Alma. Na primeira ocorre a apresentação das personagens, suas funções e da mitologia central. Após o posicionamento de tudo, o caos e os conflitos são criados e desenvolvidos. O(a) leitor(a) chega então a principal parte, onde tudo se intensifica, a violência, as paixões, as conspirações. A tensão é máxima e prolongada, a autora mostra então toda a sua personalidade e talento. Justifica os motivos para Laia e Elias serem inesquecíveis. Na terceira parte os sentimentos são levados ao clímax, assim como as rivalidades e os obstáculos. Laia e Elias, antes já tão interessantes, tornam-se irresistíveis. Todas as personagens são interessantes.
Sem spoilers, penso em duas questões referentes às armas e metais e fiquei sem resposta. Espero que a autora mostre na continuação. E que ela seja logo publicada, pois não sei como fazer para esperar. Este primeiro volume apresenta um ciclo inteiro; caso você o leia e decida parar, não terá dificuldades, mas é quase impossível não querer saber como continuará. Preciso dessa história completa! Minha reclamação é a falta de mapas. Adoro livros de fantasia com mapas e detalhes; nisso o livro ficou devendo. Não é essencial, mas me fez falta para minha imaginação viajar mais.
Temos tensão romântica e se a moda é triângulo amoroso, a autora traz mais. Laia e Elias sentem atração, mas cada um tem outros envolvimentos. Costumo desgostar de épicos e distopias que deixam o romance acima do conflito central, então me senti aliviada ao notar que Sabaa Tahir não comete este erro.
Acima de tudo, é uma história sobre ter coragem e confiança para fazer o que é certo, não o que é mandado. É sobre seguir o coração e os instintos, e não ordens. Nem mesmo quando a sua vida está em risco. É aprender a pensar por conta própria, mesmo que enfrente a morte. É ser uma chama explosiva de rebelião entre as cinzas de regras sociais injustas. É incendiar as trevas!
A autora:
Sabaa Tahir foi criada no deserto de Mojave, na Califórnia, no motel que sua família mantinha na região. Ali, ela passava o tempo devorando livros de fantasia, assaltando a pilha de histórias em quadrinhos de seu irmão e tocando guitarra - mal.
Ela começou a escreve Uma Chama Entre as Cinzas quando virava a noite trabalhando como editora de jornal. Ela gosta de indie rock ruidoso, meias extravagantes e tudo o que é nerd.
Sabaa vive atualmente na Bay Area de San Francisco com a família.
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Uma Chama entre as Cinzas - livro 1
Sabaa Tahir - Verus Editora / Grupo Editorial Record
432 páginas - 2015 - R$39,00
Tradução: Jorge Ritter
Comprar: Amazon | Americanas | Casas Bahia | Extra | Livraria Cultura | Livraria da Folha | Livraria Saraiva | Ponto Frio | Shoptime | Submarino
Sinopse:
"Uma história épica e eletrizante sobre liberdade, coragem e esperança.
Laia é uma escrava. Elias é um soldado. Nenhum dos dois é livre.
No Império Marcial, a resposta para o desacato é a morte. Aqueles que não dão o próprio sangue pelo imperador arriscam perder as pessoas que amam e tudo que lhes é mais caro. É neste mundo brutal que Laia vive com os avós e o irmão mais velho. Eles não desafiam o Império, pois já viram o que acontece com quem se atreve a isso.
Mas, quando o irmão de Laia é preso acusado de traição, ela é forçada a tomar uma atitude. Em troca da ajuda de rebeldes que prometem resgatar seu irmão, ela vai arriscar a própria vida para agir como espiã dentro da academia militar do Império.
Ali, Laia conhece Elias, o melhor soldado da academia — e, secretamente, o mais relutante. O que Elias mais quer é se libertar da tirania que vem sendo treinado para aplicar. Logo ele e Laia percebem que a vida de ambos está interligada — e que suas escolhas podem mudar para sempre o destino do próprio Império."
Resenha:
As distopias atuais juvenis estão mudando aos poucos. As séries best-sellers mais recentes estão se mesclando cada vez mais a fantasia. Antes a tendência era mostrar um futuro sinistro de nosso mundo, focando no terror que a realidade pode se transformar e utilizando um(a) protagonista rebelde enfrentando governos totalitários e violentos. Os lançamentos mantêm o mesmo tom de alerta social, o abuso da violência e a desigualdade, mas rumam cada vez mais da realidade para a fantasia, mas sem perder as críticas ao ser humano. Apresentam mundos totalmente novos, Primeiro foi surgindo leve ficção científica até chegarmos a magia, ao sobrenatural. A mudança é positiva e eu, como fã de fantasia e de distopia, estou adorando a mistura dos gêneros!
An Ember in the Ashes é o livro de estreia da inglesa Sabaa Tahir, o primeiro volume da série homônima. Publicado em abril de 2015 e inglês, tornou-se best-seller do New York Times e chegou ao Brasil em outubro, pela Verus Editora, do Grupo Editorial Record, com o título Uma Chama entre as Cinzas.
Percebi que era o meu tipo pela sinopse, além da capa ser maravilhosa e de confiar nas publicações da Verus - selo de qualidade para mim. Então o sucesso do livro dependeria apenas do talento e abordagem da autora. Não somente dei cinco estrelas e o favoritei, mas também mal consegui pausar a leitura! Parei apenas para o essencial (incluindo três horas de sono) e ter escolhido o final de semana para a leitura foi excelente, visto que quase o li sem parar, mesmo tendo mais de quatrocentas páginas (bem utilizadas pela diagramação). É incrível.
O exemplar segue o padrão da Verus, capa linda, orelhas largas com muitas informações, páginas amareladas, diagramação simples e organizada e trabalho editorial impecável.
Antes de tudo, é voltado ao público jovem. No entanto, este young adult agradará qualquer leitor(a) que adore ficção especulativa, distopias misturadas a magia e fantasia. É uma grande aventura, com muita ação.
É um livro épico e de fantasia sombria. Apresenta características distópicas, por causa da política violenta, do governo controlador e ferrenho, das desigualdades sociais. Mas Sabaa Tahir criou um mundo peculiar onde a fantasia é o destaque, com mitologia, cultura, religião, política, tudo original... na verdade nem tudo.
A trama possui itens de outras duas séries: Red Rising (Pierce Brown, Fúria Vermelha, 2014 e Filho Dourado, 2015 Globo Livros) e Red Queen (Victoria Aveyard, A Rainha Vermelha, 2015, Editora Seguinte). Em Fúria Vermelha, os Ouros dominam as castas e a mais baixa é formada pelos Vermelhos. O protagonista é um Vermelho espionando os Ouros, fingindo ser um deles. Em A Rainha Vermelha, os Prateados comandam os Vermelhos, porque possuem superpoderes. A protagonista é uma Vermelha espionando os Prateados como criada no castelo da realeza.
A base de Uma Chama entre as Cinzas é semelhante: Os Marciais estão no topo do poder, acima dos Tribais, Navegantes e Eruditos, estes últimos os inferiores da sociedade. A protagonista Laia é uma Erudita infiltrada como escrava na Academia militar do Império Marcial.
Então Uma Chama entre as Cinzas é uma mistura de Fúria Vermelha e A Rainha Vermelha? Sim, mas há novidade! Não me importo com clichés ou itens antes já utilizados, desde que o livro seja verdadeiramente bom, empolgante e apresente também itens próprios. Há a personalidade da autora, pois ela escolheu colocar obscuridade na trama através de lendas e criaturas sobrenaturais assustadoras, assim como referências ao Império Romano. Enquanto Fúria Vermelha é muito violento, realista e tem protagonista masculino e A Rainha Vermelha é mais brando, com superpoderes e a protagonista é feminina, Sabaa Tahir escolheu o equilíbrio: É menos adulto que Fúria Vermelha, porém mais maduro que A Rainha Vermelha. E Laia não é protagonista única; ela divide o papel principal com Elias Venturius, um Marcial. Ele é mais que um Marcial; é um Máscara!
A narrativa é em primeira pessoa e, como temos dois protagonistas, a autora se reveza nas vozes de Laia, a Erudita e Elias, o Marcial. Isso deixa a trama dinâmica e aumenta o suspense, assim como mostra claramente o quanto Laia e Elias pertencem a classes diferentes, mundos diferentes e, no entanto, estão presos a sentimentos iguais. Eles são rivais, ou ao menos deveriam.
Ele é um Marcial que serve ao Império sem pestanejar; ela é uma Erudita que torna-se escrava do Império. Os dois estão presos as suas funções, sofrem violência física e psicológica. Ambos perderam muito e são obrigados a abandonarem as personalidades. O Império o obriga a ser um Máscara antes de ser Elias. E Laia não tem mais nome, assim como todos os escravos.
Elias está prestes a completar sua formação na Academia Militar Blackcliff. Durante sua vida foi treinado a ser soldado do mais alto nível (tipo Espartanos). Criado duramente para a guerra e violência. Estes militares obedecem ao Império acima de tudo, sem sentimentalismo, medos ou questionamentos.
A área que hoje pertence ao Império já foi diferente. Os Eruditos priorizavam a educação, o estudo e o conhecimento e os principais prédios eram bibliotecas e escolas. Os Marciais aprenderam a arte da produção das armas brancas em um estilo antes nunca visto pelos humanos. Produzem lâminas capazes de cortar em um único golpe três humanos. As armas Telumanas cortam até cinco corpos. Suas armaduras são revestidas da mesma forma resistente. Assim a força dominou a inteligência; o metal dominou os livros. Marciais dominaram e escravizaram os Eruditos, que atualmente não podem aprender a ler e escrever e servem ao Império Marcial.
Laia nasceu em uma família assim, coagida pelo Império. Nunca pensou em se aliar a Rebelião ou desacatar ordens ou o sistema. Até seu irmão ser acusado de traição e se tornar prisioneiro do Império. Sem escolha, Laia aceita espionar os militares do Império para a Rebelião em troca do irmão ser localizado e resgatado pelos Rebeldes. Para isso ela se torna escrava e seu caminho se cruza ao de Elias, que representa tudo o que ela mais teme e odeia: os Máscaras.
Laia não sabe que Elias não é um Máscara por completo. Ele possui bondade e rebeldia, retirando a máscara sempre que possível, tanto que, às vésperas da formatura, a máscara ainda não se fundiu ao seu rosto. Elias não sabe que Laia é uma espiã, porém sente que há algo de diferente na moça, ela não se parece com uma típica escrava. Ambos temem falhar e odeiam o Império. Laia teme não conseguir ser corajosa como a sua família. Elias teme o contrário: se parecer demais com a dele.
A trama é desenvolvida com mistérios e muita ação e é dividida em três partes: A Batida, As Eliminatórias e Corpo e Alma. Na primeira ocorre a apresentação das personagens, suas funções e da mitologia central. Após o posicionamento de tudo, o caos e os conflitos são criados e desenvolvidos. O(a) leitor(a) chega então a principal parte, onde tudo se intensifica, a violência, as paixões, as conspirações. A tensão é máxima e prolongada, a autora mostra então toda a sua personalidade e talento. Justifica os motivos para Laia e Elias serem inesquecíveis. Na terceira parte os sentimentos são levados ao clímax, assim como as rivalidades e os obstáculos. Laia e Elias, antes já tão interessantes, tornam-se irresistíveis. Todas as personagens são interessantes.
Sem spoilers, penso em duas questões referentes às armas e metais e fiquei sem resposta. Espero que a autora mostre na continuação. E que ela seja logo publicada, pois não sei como fazer para esperar. Este primeiro volume apresenta um ciclo inteiro; caso você o leia e decida parar, não terá dificuldades, mas é quase impossível não querer saber como continuará. Preciso dessa história completa! Minha reclamação é a falta de mapas. Adoro livros de fantasia com mapas e detalhes; nisso o livro ficou devendo. Não é essencial, mas me fez falta para minha imaginação viajar mais.
Temos tensão romântica e se a moda é triângulo amoroso, a autora traz mais. Laia e Elias sentem atração, mas cada um tem outros envolvimentos. Costumo desgostar de épicos e distopias que deixam o romance acima do conflito central, então me senti aliviada ao notar que Sabaa Tahir não comete este erro.
Acima de tudo, é uma história sobre ter coragem e confiança para fazer o que é certo, não o que é mandado. É sobre seguir o coração e os instintos, e não ordens. Nem mesmo quando a sua vida está em risco. É aprender a pensar por conta própria, mesmo que enfrente a morte. É ser uma chama explosiva de rebelião entre as cinzas de regras sociais injustas. É incendiar as trevas!
A autora:
Sabaa Tahir foi criada no deserto de Mojave, na Califórnia, no motel que sua família mantinha na região. Ali, ela passava o tempo devorando livros de fantasia, assaltando a pilha de histórias em quadrinhos de seu irmão e tocando guitarra - mal.
Ela começou a escreve Uma Chama Entre as Cinzas quando virava a noite trabalhando como editora de jornal. Ela gosta de indie rock ruidoso, meias extravagantes e tudo o que é nerd.
Sabaa vive atualmente na Bay Area de San Francisco com a família.
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