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23 de abril, Dia Mundial do Livro: Como estimular a leitura - Leia.Seja.

Em 23 de abril é comemorado o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor. A data foi escolhida em 1995 pela União Internacional de Editores durante a Conferência Geral da UNESCO realizada em Paris, porque nesse dia, em 1616, faleceram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Vega. É celebração em mais de cem países com o objetivo de estimular a leitura (principalmente dentre os mais jovens), o mercado editorial e a proteção da propriedade intelectual por meio do direito do autor.
A cada ano, a UNESCO e três organizações profissionais internacionais da indústria literária escolhem uma cidade para ser a capital mundial do livro. O mandato começa no dia 23 de abril e dura um ano. Em 2018, a Capital Mundial do Livro é Atenas, na Grécia, devido a qualidade de suas atividades literárias e pelo apoio de todo o setor do livro. Na Grécia, o objetivo é que os livros sejam acessíveis a toda a população, incluindo imigrantes e refugiados.


Por que os brasileiros leem pouco? Como mudar?
Ainda não tivemos a honra de ter uma cidade brasileira escolhida como a Capital Mundial do Livro. A população do Brasil lê pouco. De acordo com pesquisa de 2016 do Instituto Pró-Livro, cerca de 44% da população do país não é considerada leitora – não leu ao menos um livro, ainda que em partes, nos três meses anteriores ao levantamento. Além disso, a média de leitura por habitante é baixa: cerca de 5 livros por ano. Como podemos reverter esse quadro? Como estimular a leitura? Não é fácil. Muitos culpam o preço do livro.
Não acho que o preço seja o principal vilão. Porque temos sebos com livros usados, bancas com edições populares de bolso e livrarias com promoções. Temos bibliotecas, mesmo que precárias e escassas. Focando na compra, dá para achar muito livro legal e barato. Fora os ebooks, com valores menores e sem obrigatoriedade de se comprar um ereader, pois podem ser lidos em aplicativos gratuitos para smarthphones. É questão de prioridade em relação ao gasto com o entretenimento. Muitas pessoas preferem gastar em outro lazer, como boate ou cinema, por exemplo.
Então como fomentar o prazer pela leitura? Como fazer uma pessoa escolher o livro como entretenimento, mesmo que esporádico? Estimular a pessoa desde sempre, apresentando o livro infantil e gibis para a criança. Mas e quando isso não foi possível ou suficiente? Quando já temos um adolescente ou adulto que não cresceu em meio a livros e pais leitores dando o exemplo? Com a modernização da leitura na escola, formação de mediadores de leitura e acabando com o preconceito literário.


Trocar Literatura Clássica por Young Adult nas escolas!
É importante conhecer os clássicos, mas não deveria ser obrigatório nas escolas. Isto é obsoleto, já passou da hora de pararmos com essa elitização. Precisamos usar livros de linguagem mais interessante e acessível para os adolescentes realmente gostarem, se identificarem e se interessarem cada vez mais pela leitura. Para não passarem anos achando que não têm capacidade de ler ou que livro é muito chato. Por isso adoro os Young Adult. Eles possuem profundidade, debatem temas atuais e delicados, muitas vezes até polêmicos, porém sem jamais pesar. Se nossa educação fundamental não é a ideal, com escolas sem estrutura e professores sem apoio, por que insistir em livros antigos? Por que não começar com literatura moderna com a qual o jovem se identifique, para formar novos leitores que, aí sim, futuramente vão se interessar por clássicos e livros considerados mais cults? Literatura Jovem Adulta com temas atraentes seria o ideal para o trabalho na escola. Não apenas para atrair leitores, mas também para formar cidadãos mais conscientes. Muitos debates urgentes e úteis podem ser realizados através de um livro Young Adult, envolvendo não apenas a aula de Literatura, mas sim toda a escola.

Criar muitos clubes de leitura!
A pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que no Brasil, 18% das crianças de 5 a 10 anos apontam como fator principal para escolha de um livro a indicação do professor, atrás apenas da capa da obra, citada por 27% dos entrevistados. Com os adolescentes isso também acontece. Imagina se o professor recomendasse um Young Adult bem legal, mas além disso, debates e conversas descontraídas, acessíveis e estimulantes acompanhassem o momento de leitura?
Precisamos ir além do estudo da obra, precisamos fazer leituras compartilhadas, explorar sua complexidade, propor discussões e, principalmente, dar voz aos alunos. Eles precisam participar, precisam muito de um espaço onde não tenham vergonha de se expressar, sem avaliações, sem cobranças. Nas escolas podemos iniciar clubes de livro, com literatura atual e jovem, com debates sobre a leitura e o tema. Estimular os alunos a perceberem que o livro não é "só uma história". Que pode existir muito mais no ato de ler.
O Brasil deve investir e expandir a formação de mediadores de leitura. Se cada escola, biblioteca ou ambiente cultural abrisse o espaço para um mediador de leitura bem-preparado, com certeza, aos poucos, muitos jovens e adultos participariam. É claro que nosso país carece de mais e melhores espaços como esses, mas os poucos que existem não são tão frequentados como deveriam e mediadores ajudariam na mudança.

O fim do preconceito literário!
Se obrigar adolescentes a somente lerem clássicos na escola é desestimulante, o preconceito literário é pior! Pode dar fim a tentativa de uma pessoa em ser leitora. Histórias em quadrinhos, literatura policial, erótica, fantástica, especulativa, de terror, romântica, dramática, biográfica, de autoajuda... toda leitura é válida! Livro de banca, de bolso, de livraria, capa dura, contos, calhamaços, não importa o formato, ebook, até mesmo fanfic online, microconto em blog ou rede social ou obra no whattpad... Ler é importante, não importa o quê. Então, sempre respeite a leitura de alguém. Nunca menospreze, julgue ou considere inferior a de outra, não importam os motivos. Editoras, livrarias, blogs, booktubers, escritores, enfim, todo o meio literário, todo o mercado editorial: todos devem se unir de vez para valorizar a leitura, qualquer ela que seja. Jamais desprezar um gênero, público ou formato.
Não se envergonhe, jamais, de uma leitura; se orgulhe!




A campanha Leia.Seja.
Ler estimula a imaginação, a criatividade e a inspiração! A leitura vai além da cultura e conhecimento, pois cria empatia. O leitor, ao se colocar na pele de personagens tão variadas, passa a compreender e a respeitar melhor os outros; desenvolve o hábito de se colocar com mais facilidade no lugar das pessoas da vida real. O livro muda o leitor, mesmo após ser fechado. A leitura é uma das mais eficientes armas contra o preconceito. E, acima de tudo: ler é muito divertido!
A Leia.Seja. é uma campanha realizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros para difundir a mensagem do valor do livro e seu papel transformador na sociedade através de um time de personalidades fantasiadas de personagens clássicos da literatura brasileira e mundial. Lançada na última Bienal Internacional do Livro do Rio, a ação comemora o Dia Mundial do Livro com apoio de variadas entidades do livro.
Ler é muito importante, criei este blog para compartilhar minha paixão por livros e quadrinhos e fico muito contente com uma campanha como a Leia.Seja.
Você também pode acompanhar a Leia.Seja. através das redes sociais participando com as hashtags #LEIASEJA #DiaMundialDoLivro. Acesse a página do Facebook da campanha e saiba mais!

Esta é uma blogagem coletiva proposta pela Editora Arqueiro.

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