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[Resenha] As Crônicas de Marte, organização de George R. R. Martin e Gardner Dozois, de vários autores e Arqueiro

As Crônicas de Marte (Old Mars)
Organização: George R. R. Martin e Gardner Dozois
Autores: Allen M. Steele, Matthew Hughes, David D. Levine, S. M. Stirling, Mary Rosenblum, Mike Resnick, Liz William, Howard Waldrop, James S. A. Corey, Melinda M. Snodgrass, Michael Moorcock, Phyllis Eisentein, Joe R. Lansdale, Chris Roberson e Ian McDonald - Arqueiro
Tradução: Fábio Fernandes
496 páginas - R$ 59,90 (impresso) e R$ 39,99 (ebook) - trecho
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Sinopse:
"Quinze contos inéditos escritos por grandes autores de ficção científica reunidos pela primeira vez num só volume.
Uma Princesa de Marte e As Crônicas Marcianas, dos mestres Edgar Rice Burroughs e Ray Bradbury, foram clássicos que influenciaram a imaginação de milhões de leitores e mostraram que aventuras espaciais não precisavam se passar numa galáxia distante, a anos-luz da Terra  para serem emocionantes. Elas podiam ser travadas logo ali, no planeta vizinho.
Antes mesmo do programa Mariner e da corrida espacial, a imaginação já povoava nosso sistema solar com seres estranhos e civilizações ancestrais, nem sempre dispostos a fazer contato amigável com a Terra. E, de todos os planetas que orbitavam o nosso Sol, nenhum tinha uma aura de maior romantismo, mistério e aventura do que Marte.
Com contos escolhidos e editados por George R. R. Martin e Gardner Dozois, As Crônicas de Marte retoma esse sentimento ao celebrar a Era de Ouro da ficção científica, um período recheado de histórias sobre colonizações interplanetárias e conflitos antigos.
Para essa missão, autores consagrados como Michael Moorcock, Mike Resnick, Joe R. Lansdale, S. M. Stirling, Mary Rosenblum, Ian McDonald, Liz Williams e James S. A. Corey foram convidados a revisitar o misterioso planeta vermelho, aqui representado como um destino exótico e desértico, com cidades em ruínas, civilizações impressionantes... e, é lógico, perigos inimagináveis.
Enfim, o bom e velho Marte está de volta."

Resenha:

Old Mars é uma antologia de ficção especulativa organizada e editada por dois respeitados escritores de fantasia e ficção científica: Gardner Dozois e George R. R. Martin. Foi publicada originalmente em inglês em 2013 e chegou completa ao Brasil pela Editora Arqueiro em 2018 sob o título As Crônicas de Marte, com tradução de Fábio Fernandes, ótimas revisão e diagramação e exemplar com orelhas. A edição possui informações acerca dos quinze autores(as) e uma linda capa nacional.
Dozois ganhou quinze prêmios Hugo como editor e dois Nebula como escritor. Organizou e editou mais de uma centena de livros, além de ter sido editor da Asimov's Science Fiction por vinte anos e fundador e editor da The Year's Best Science Fiction por mais de trinta. Infelizmente ele faleceu aos setenta anos de idade em maio de 2018.
Martin é famoso pela saga As Crônicas de Gelo e Fogo (A Song of Ice and Fire), adaptada para a TV como Game of Thrones, mas já ganhou importantes prêmios como Hugo, Nebula e World Fantasy, entrou para a história da literatura fantástica e publicou outros livros e antologias (como Wild Cards e O Príncipe de Westeros e Outras Histórias - também em parceria com Dozois e publicada pela Arqueiro em 2015, leia a resenha aqui.). Também é roteirista e produtor de televisão.
Ao contrário de O Príncipe de Westeros e outras Histórias, não há nenhum conto de sua autoria em As Crônicas de Marte, porém ele é o responsável pelo importante texto de abertura: Introdução, A Triste Música do Planeta Vermelho (Introdution, Red Planet Blues).


Martin resume como a humanidade esteve intrigada e curiosa sobre Marte, bem antes da corrida espacial. Une a história de exploração e descobertas científicas acerca do misterioso vizinho da Terra às publicações da ficção científica, mesclando expectativa e realidade. A escassez de informações que possuíamos estimulava a fantasia e imaginação das pessoas, o que gerou enorme acervo ficcional sobre Marte, como o clássico Uma Princesa de Marte de Edgar Rice Burroughs (1912), as publicações pulps das décadas de 1930 e 1940 e As Crônicas Marcianas de Ray Bradbury (1950).
No entanto, quanto mais informações concretas os cientistas mostravam, mais distante ficávamos do velho Marte das antologias fantásticas. Entretanto, o sentimento único de deslumbramento e assombramento que o planeta causou a várias gerações de fãs não se perdeu. Ao menos para os organizadores dessa coletânea, que ousaram resgatar as antigas e boas aventuras marcianas, de uma época em que as imagens dos canais marcianos causaram fascínio e alvoroço. Em homenagem a uma época em que pouco se sabia sobre Marte mas muito se inventava, onze autores e quatro autoras criaram suas histórias em Marte, viajando pela ficção especulativa e, acima de tudo, focando na ficção científica da primeira metade do século XX, que era bem mais fantasiosa que a posterior.

Abaixo confira resenha de conto a conto e, ao término, considerações finais.
A compilação é inaugurada por uma homenagem a John Carter: Sangue Marciano (Martian Blood) de Allen M. Steele, ganhador de um prêmio Locus, um Heinlein e três Hugo. Em Marte vivem humanos terráqueos e marcianos e aborígenes marcianos, a espécie nativa, que se mantém afastada das cidades construídas pelos humanos. O protagonista e narrador da história é um humano marciano contratado por um cientista terrestre que deseja conhecer os nativos e conseguir uma amostra sanguínea para ver se aborígenes marcianos e humanos têm origens semelhantes. O tema é a relação entre colonizados e colonizadores e em como estes transformaram Marte em um negócio de entretenimento banal. Você pode ler este conto no site da Editora Arqueiro; é a amostra do livro!

O segundo conto também homenageia um clássico, As Crônicas Marcianas, e também aborda a colonização predatória, mostrando uma grande empresa extratora se apossando das antigas e abandonadas cidades de Marte. Em O Patinho Feio (The Ugly Duckling) de Matthew Hughes, autor de livros policiais e de fantasia urbana, as origens marcianas estão sendo destruídas em prol do enriquecimento de poderosos, impedindo que cientistas estudem as ruínas, chamadas de Cidade dos Ossos. Um arqueólogo se finge de extrator para observar um pouco o local. O conto, em terceira pessoa, é um vislumbre do passado de Marte e uma avassaladora viagem temporal.
Gostei bastante dos dois primeiros contos, claramente escolhidos para mostrar o tipo de antologia que se tem em mãos.

O próximo é O Acidente do Mars Adventure (The Wreck Of The Mars Adventure) de David D. Levine, indicado algumas vezes ao Hugo (sendo premiado uma vez) e ao Campbell e ganhador do Endeavour. Embora o autor tenha estado por duas semanas em uma base no deserto de Utah, Estados Unidos, que simulava Marte, esta história, em terceira pessoa, é uma das mais fantasiosas e irreais da antologia. Um capitão prestes a ser executado é perdoado pelo rei desde que guie a primeira expedição a Marte em seu nome e proteja o fisiologista da excursão. Este foi o que menos gostei, mesmo sendo uma jornada pirata absurda e divertida.

Há diversão também em Espadas de Zar-tu-Kan (Sword of Zar-tu-Kan) de S. M. Stirling, mas o destaque fica para a ação ininterrupta e a escrita dinâmica do autor, considerado por muitos como o Rei da História Alternativa. É uma trama movimentada, narrada em terceira pessoa, com detalhes vivos e ricos e personagens exóticas como espadachins e mercenários. Marte vem sendo colonizado pela Terra, mas na principal cidade para exploradores terráqueos, os problemas culturais com marcianos são constantes. A protagonista ajuda um pesquisador recém-chegado, mas ele é sequestrado. Portanto ela e parceiros inusitados precisam resgatá-lo. Destaque para uma personagem hilária que eu adorei, um canídeo.


Um conto que amei é Bancos de Areia (Shoals) de Mary Rosenblum. Ela publicou em inúmeras antologias e revistas de ficção especulativa, ganhou o prêmio Compton Crook pela série Drylands e escreve livros de mistério como Mary Freeman. O destaque é o protagonista, um menino órfão de mãe com problemas de comunicação, mas uma habilidade única: enxerga habitantes marcianos secretos, um tipo de vida complexo e diferente, talvez incompreensível para os humanos. São sequelas de um acidente sofrido por ele num banco de areia em Marte, quando mineiros explodiam o local em busca de pérolas marcianas. Ele acha que pode salvar o assentamento em que vive com o pai e outros agricultores, entretanto, ninguém o leva a sério. Embora a narrativa seja em terceira pessoa, o ponto de vista do menino é muito íntimo e especial e achei a escrita genial.

Outro que foi um dos meus preferidos: Nas Tumbas dos Reis Marcianos (In The Tombs Of The Martian Kings) de Mike Resnick, ganhador de cinco Hugo, porque me pareceu uma mistura entre Indiana Jones e Han Solo (e Chewbacca). Um estudioso marciano contrata Scorpio, um mercenário, (e seu animal de estimação, semelhante a um leão azul, Merlin) para o guiar até uma certa ruína que acredita ser um tesouro perdido: uma tumba de reis com segredos ancestrais. No entanto, Scorpio e Merlin são sócios e mantêm contato telepático, facilitando a ação entre eles. Um dos contos mais empolgantes da antologia, em terceira pessoa. Curti tanto a dupla que fiquei imaginando se o autor não escreveu outras aventuras e descobri que eles estrelam The Godstone of Venus da antologia Old Venus (também organizada por Martin e Dozois).

Liz Williams publicou muitos livros, vários em sua série sobrenatural de detetive, e também histórias em antologias. Em Saindo de Scarlight (Out of Scarlight) a protagonista é a narradora e já foi escrava e dançarina numa sociedade marciana onde as mulheres são servas dos homens, mas agora, se disfarça de homem mercenário mascarado. É então contratada para resgatar uma princesa sequestrada por um feiticeiro, porém encontra um rival pelo caminho. Conto feminista com características de clássicos de espada e magia que me lembrou bastante Lythande de Marion Zimmer Bradley e Vonda N. McIntyre.

Agora o mais breve da seleção e o tema é a busca por suas origens, mas por parte de um marciano. O autor, Howard Waldrop, é ganhador de um prêmio Nebula e um World Fantasy e perito em histórias curtas de ficção especulativa. Em Os Manuscritos do Fundo do Mar Morto (The Dead Sea-Bottom Scrolls), o narrador utiliza um antiquíssimo diário de viagem de Marte, escrito por seu antepassado, para tentar recriar a jornada ao ponto de origem de seu povo. Por isso, são duas narrativas: no presente em primeira pessoa pelo ponto de vista do protagonista que compõe seu próprio diário; e o diário de seu antepassado em terceira pessoa, a inspiração do protagonista.


Um Homem Sem Honra (A Man Without Honor), conforme o título, é um conto sobre honra, ética e cavalheirismo, de escrita propositalmente floreada e em primeira pessoa. Um capitão e cidadão de Marte escreve ao rei da Grã-Bretanha, França e Irlanda uma carta detalhada sobre sua experiência e sobre sua responsabilidade em um crime. James S. A. Corey é o pseudônimo da dupla de ficção especulativa de romances e contos, Ty Franck, assistente pessoal de Martin, e Daniel Abraham, que publicou um livro em parceria com Dozois e Martin, Caçador em Fuga.

Melinda M. Snodgrass, além de escritora e editora de vários gêneros e produtora e roteirista de TV (Star Trek: A Nova Geração e The Profiler) é uma das criadoras da série de livros Wild Cards. Em Escrito no Pó (Written In Dust), com narrativa em terceira pessoa, a protagonista está em meio a uma batalha entre seus dois pais e o avô, mas tem também seus próprios problemas. Mora na Terra com os pais, que a estão obrigando a seguir uma carreira que ela não quer, e os três visitam o avô viúvo que reside em Marte. Ela então parece estar sofrendo de Síndrome do Devaneio Marciano, fato que modifica tudo ao redor. Tema familiar já bastante utilizado pela ficção em geral foi magistralmente levado a Marte e em complexidade de relacionamentos. A escrita e o desenvolvimento são excelentes, fazendo deste um dos contos que mais gostei na antologia.

Michael Moorcok possui uma bibliografia assustadoramente longa. Ganhou os prêmios Nebula, World Fantasy, Bram Stoker e Campbell Memorial, editou a New Worlds e criou Elric of Melniboné e Jerry Cornelius e foi o responsável por instigar a onde New Wave na ficção científica. O Canal Perdido (The Lost Canal) possui um protagonista que é um ladrão, ex-escravo e um verdadeiro sobrevivente solitário que agora está sendo caçado e pretende reverter a situação. Conto excelente, narrado em terceira pessoa, onde o anti-herói habilidoso se envolve em algo maior que si mesmo e percebe que precisa salvar Marte inteiro.

Após concluir os estudos na Terra, o protagonista retorna a Marte para ajudar o pai como arqueólogo no negócio de turismo da família em A Pedra do Sol (The Sunstone). Uma história emocionante, sentimental e de narrativa em terceira pessoa. Seu pai desapareceu e deixou uma Pedra do Sol, algo que somente marcianos genuínos possuem, o que causa um choque cultural e uma busca que começou pelo pai e passa a ser por identidade e pelo significado de "lar". Phyllis Eisenstein é antropóloga, professora de escrita criativa, editora de antologias e autora de contos (publicados em muitas antologias) e de livros de fantasia. Foi indicada aos prêmios Hugo e Nebula e ganhou um Balrog. Seu conto A Caravana Para Lugar Nenhum integra a antologia O Príncipe de Westeros e Outras Histórias.


Joe R. Lansdale é escritor e roteirista de ficção especulativa, já publicou quase meia centena de romances e ganhou os prêmios Edgar, Britsh Fantasy, American Horror, American Mystery e nove Bram Stoker. Com Rainha do Romance Barato (King Of The Cheap Romance) ele homenageia explicitamente as pulps e apresenta uma das protagonistas mais legais da antologia. Ela e o pai, que é médico, viajam para uma remota e gelada aldeia marciana com uma cura para a fulminante febre marciana. Mas seu pai morre no início da missão e uma fera enorme a ataca: um tubarão-do-gelo. Ela nunca se imaginou em uma aventura como as antigas que seu pai gostava. Adorei a ação desenfreada, o desespero da protagonista, que é pluz-size, tentando sobreviver e finalizar o trabalho do pai e narrativa em primeira pessoa. Há um conto do autor, Galho Envergado, na antologia O Príncipe de Westeros e Outras Histórias.

O penúltimo conto é uma aventura criativa e ousada, narrada em terceira pessoa, para quem gosta de navegações ou piratas. Em Marinheiro (Mariner), o protagonista planejava dar a volta ao mundo num veleiro. Ao iniciar a jornada fracassa imediatamente: ele foi sugado por um vórtice e despejado em Marte. Outra dimensão, passado, futuro? Uma sociedade com intolerância religiosa que escraviza e aprisiona como punição. Chris Roberson teve contos publicados em várias antologias e escreve para quadrinhos da Vertigo: iZombie e Fábulas. Sua série de livros é Império Celestial.

A última história, narrada em terceira pessoa, é de Ian McDonald, ganhador os prêmios Locus, Philip K. Dick, Hugo, Campbell Memorial, British Science e indicado aos Nebula, Arthur C. Clark e World Fantasy. Com mais de vinte livros publicados, por aqui foi publicado apenas Brasyl, pela Saída de Emergência Brasil em parceria com a Editora Arqueiro (clique aqui e conheça Brasyl). Os protagonistas de A Ária da Rainha da Noite (The Queen Of Night's Aria) são um conde maestro e seu assistente pessoal e, acostumados ao luxo, estão falidos. Então conseguem agendar concertos para militares no front contra um povo marciano. A coletânea finaliza de modo excelente, com descrições brilhantes e guerra, o que estava faltando.


Eu já esperava por histórias de boa qualidade, mas fui surpreendida com a variedade de estilos, pois não imaginava uma publicação tão eclética e abrangente sobre um mesmo cenário. Pensei que a maioria fosse space opera e ambientação mais futurista, mas encontrei um pouco de tudo como western, espada e magia, aventura e suspense, passado e presente e algumas visões e versões bem distintas. Alguns enredos são tão bons que são completamente independentes de Marte, pois poderiam se passar em qualquer local fictício e ainda assim manteriam a atenção. Outros fazem de Marte o protagonista e dificilmente a trama se desenvolveria tão bem em outro local. E, mesmo assim, os dois tipos me agradaram. De modo geral, todos os contos são boas aventuras fantásticas.
Esta é uma seleção essencial para qualquer fã de fantasia, especialmente quem sente nostalgia em relação às publicações antigas ou as admira.
São grandes nomes da ficção especulativa em língua inglesa, quase todos inéditos no Brasil ou muito pouco conhecidos. O que torna a seleção ainda mais interessante, pois é uma oportunidade diversificada para se conhecer onze escritores e quatro escritoras.
Meus contos preferidos foram: Bancos de Areia (Mary Rosenblum) Nas Tumbas dos Reis Marcianos (Mike Resnick), Escrito no Pó (Melinda M. Snodgrass) e Rainha do Romance Barato (Joe R. Lansdale).


Martin e Dozois editaram outras antologias juntos, incluindo um projeto similar posterior a este: Old Venus, com o planeta Vênus como cenário. São dezessete contos selecionados, incluindo sete de participantes de As Crônicas de Marte (Allen M. Steele, Paul McAuley, Matthew Hughes, Joe Haldeman, Joe R. Lansdale, Mike Resnick e Ian McDonald). Seria ótimo se a coletânea chegasse ao Brasil.



Os organizadores:
George R. R. Martin é autor de vários best-sellers, incluindo a aclamada série As Crônicas de Gelo e Fogo, que deu origem à premiada série de TV Game of Thrones. Junto com Dozois, organizou O Príncipe de Westeros e Outras Histórias publicado pela Arqueiro. Como roteirista e produtor, trabalhou em Além da imaginação e em vários outros projetos. Atualmente vive com a esposa, Parris, em Santa Fé, no Novo México.

Gardner Dozois ganhou quinze prêmios Hugo por seu trabalho como editor, além de dois prêmios Nebula como escritor, na categoria melhor conto. Ele também é o maior ganhador do prêmio Locus, com quarenta vitórias. Foi editor da Asimov’s Science Fiction por vinte anos e já escreveu e editou mais de cem livros, incluindo vários volumes da The Year’s Best Science Fiction. Faleceu em maio de 2018.

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