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[Resenha] A Última Música de Nicholas Sparks e Editora Arqueiro

A Última Música (The Last Song)
Nicholas Sparks - Arqueiro
Tradução: Simone Lemberg Reisner
368 páginas - R$ 34,90 (impresso) ou R$ 27,99 (ebook)
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Sinopse:
"O amor tem diversas formas de curar nosso coração.
Uma das lembranças mais felizes de Ronnie era se sentar ao lado do pai ao piano e tocar por horas. Porém, desde que ele se separou da mãe dela e se mudou de Nova York, a menina só consegue olhar para o instrumento com raiva e mágoa.             
Três anos após o divórcio, Ronnie mal tem contato com ele e a mãe acha que já está na hora de os dois reconstruírem os laços, passando juntos as férias de verão.
Antes um pianista que sempre estava viajando, o pai agora leva uma vida tranquila numa pequena cidade litorânea, imerso no trabalho de reconstrução do vitral de uma igreja, destruído em um incêndio misterioso.
A última coisa que a rebelde Ronnie quer é passar meses num local entediante como aquele, mas aos poucos a brisa da praia e de novas paixões começa a acalentar seu coração ressentido.
Um dos maiores sucessos de Nicholas Sparks, A última música é uma verdadeira celebração de todos os tipos de amor, desde a paixão do primeiro romance e a afeição entre pais e filhos até a devoção à música."

Resenha:

Os livros de Nicholas Sparks venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo, sendo 3 milhões apenas no Brasil. Traduzido para mais de 50 idiomas, Sparks também se destaca por ter várias de suas obras adaptadas para o cinema, como A Última Música, um drama romântico publicado em 2009. Uma curiosidade é que o filme foi encomendado antes do livro, e, portanto, o roteiro foi finalizado por Sparks um pouco antes. A adaptação cinematográfica foi dirigida pela diretora Julie Anne Robinson, e estrelada por Miley Cyrus e Liam Hemsworth.
Após uma década do lançamento original em inglês, A Última Música é republicado no Brasil pela Editora Arqueiro, com nova tradução, por Simone Lemberg Reisner, e nova capa, no padrão gráfico da coleção do Sparks em andamento.
Este foi o primeiro livro que li do autor, lá em final de 2011, por isso ele tem um lugar especial reservado no meu coração. Especialmente porque me identifiquei muito com o que acontece com a protagonista no final. A leitura foi e continua sendo uma experiência profunda e pessoalmente comovente. Passei então a consumir obras do Sparks quando busco por emoção e assumo que gosto da fórmula de seus dramas românticos. Embora muitos a considerem repetitiva, ele conquistou uma legião de fãs mundo afora e continua agradando, com algumas variações brandas mais recentes, mirando no suspense.


Ronnie é a protagonista e está prestes a completar 18 anos de idade. Ela é rebelde, com uma personalidade forte e não sabe o que fará da vida agora que se formou na escola. Está num momento decisivo e com outros itens de sua vida fora de lugar. Por baixo da armadura resistente que ela ostenta, esconde-se uma menina sensível, e que toca piano muito bem. Mas o talento foi abandonado desde o divórcio dos pais. No início, Ronnie pode soar insuportável, mas no decorrer do desenvolvimento é certo compreendê-la.
Steve, seu pai, saiu de casa e foi morar em Wrightsville, charmosa cidade de interior praiano. Agora restam ela, a mãe e o irmão caçula Jonah em Nova Iorque. Ela não aceita as mudanças familiares e não perdoa o pai, pois se sente abandonada. Como foi ele quem passou o amor pelo piano para Ronnie, ela não suporta nem mesmo olhar para o instrumento, possivelmente abdicando de um futuro promissor no ramo musical.
Seu relacionamento com a mãe também não anda bem e Ronnie faz de tudo para provocá-la ainda mais, mergulhando em noitadas com os amigos. Já o irmão mais novo parece mais maduro que Ronnie. Ele é uma personagem muito fofa, além de ser engraçado e inteligente, certamente um dos destaques do livro.
Três anos após o divórcio, a mãe de Ronnie e Jonah os obriga a viajarem para passar todo o verão com o pai, com quem Ronnie nunca mais falou. Sem escapatória, ela se vê num lugar totalmente diferente da cidade grande, onde todos se conhecem. Ronnie faz amizade com alguns jovens locais, e rapidamente passa a fazer parte de Wrightsville, mesmo sem desejar. Um dos novos conhecidos é Will, o rapaz mais popular da cidade, simples e charmoso (eu gosto de bons rapazes, apesar da maioria preferir bad boys). Ronnie se apaixona por ele, mas um relacionamento romântico era o que menos ela precisava neste momento já tão confuso. Em um segundo ela já se envolve em confusão.
O pai de Ronnie se empolga e planeja o verão ao lado dos filhos, e embora a filha seja agora uma adolescente complicada e difícil de lidar, pretende agradá-los e matar as saudades. Steve quer reconquistar Ronnie e estar em família novamente.


É uma história romântica, mas não o foco principal. A base da trama é o amadurecimento de Ronnie através das mudanças de sua vida e no modo de encarar as coisas. Tudo contribui: a convivência de Ronnie com o pai que ela pensa não conhecer mais, o novo e diferente ambiente, novas amizades e seu fulminante amor de verão. Verão este, que será o mais importante da sua vida. Recheado de carinho, amor, amizade, compreensão, dor e sofrimento. E tartaruguinhas marinhas!
Sentimentos adormecidos no coração da jovem são despertados, assim como valores são redescobertos. Ela se torna adulta da melhor e pior maneiras possíveis.
A narrativa é em terceira pessoa e a cada capítulo há o nome do narrador. Portanto, os sentimentos e pensamentos de cada um, não apenas da protagonista, me fez observar e analisar um mesmo acontecimento sob óticas distintas. Isso me fez me apegar ainda mais às personagens.
São cenas de cotidiano simples, mas que relembra o quanto devem ser valorizadas. O primeiro amor, a cumplicidade entre irmãos e o relacionamento entre pais e filhos são os destaques. E ainda, reflexões sobre a busca pelo sentido da vida, do papel do indivíduo no mundo e a procura da existência de Deus ou uma força maior. A protagonista ainda tem outros sentimentos, em relação às dúvidas sobre o futuro e as responsabilidades e mudanças que ele trará. É uma história que destaca a doçura da vida, mesmo que quando surgem as partes amargas.
A evolução não apenas das personagens, mas também da narrativa, fica em evidência. São muitos acontecimentos, um atrás do outro, em um único verão! Inesquecível e superemocionante. Leitura ideal para quem adora amores (e dores) de férias de verão, especialmente em cenários paradisíacos. Mas é claro que por ser livro do Sparks há tragédia e sofrimento e, portanto, risco de chorar. Chorar muito.


Continua sendo meu livro preferido do Sparks! Comparando com outras obras que já li do autor, considero esta a mais juvenil (poderia quase ser um Young Adult) e sem início lento. Amo todas as partes, início, meio e fim. O começo soa muito clichê, porém, em certo momento, a narrativa arrebata e flui, até te arrastar com força como uma correnteza, e te jogar cachoeira abaixo e te fazer torcer por águas calmas e reconfortantes. É exatamente isso, uma enxurrada emocional. Qualquer um sentirá algo significativo.
É uma história sobre amor de verão, laços familiares, férias inesquecíveis, valores como amor, perdão e respeito, e a transformação de jovem à adulto. A trama mostra como a vida é agridoce e a tristeza e a felicidade muitas vezes andam lado a lado. Somos forçados a amadurecer e não escolhemos como nem quando isso ocorre.
A Editora Arqueiro já publicou no Brasil outros livros de Nicholas Sparks, como Diário de uma Paixão, Um Amor para Recordar, Querido John, Um Porto Seguro e Dois a Dois, dentre vários outros.
Este exemplar de A Última Música foi uma cortesia da Arqueiro para resenha. A edição física possui orelhas, páginas amareladas e excelentes tradução, revisão e diagramação.



O autor:
Nicholas Sparks lançou seu primeiro romance aos 31 anos, ao qual se seguiram outros mais de 20 livros. Suas obras foram traduzidas para 50 idiomas e já venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo. Onze de seus livros ganharam adaptações para o cinema.
O autor mora na Carolina do Norte e tem cinco filhos.
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Um comentário

  1. Acabei há duas horas de ler mais este livro. O meu escritor favorito. Agora pesquisar aqueles que não tenho para comprar. (E já vão 18).

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