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Devoradores de Mortos, Michael Crichton, Rocco

Devoradores de Mortos
Michael Crichton - Editora Rocco - 162 páginas

Sinopse:
"Michael Crichton apresenta em Devoradores de Mortos o mais antigo relato da vida dos vikings: o manuscrito do árabe Ibn Fdlan, de 922. Através deste documento, ele narra a vida desse povo de uma forma inédita, jamais vista pelos ocidentais. Ibn Fadlan relata uma batalha entre uma tribo viking e os monstros da névoa, os devoradores de mortos."

Minha resenha:
Resumidamente o livro é: impressionante, detalhado, polêmico.
Achei a sinopse desse livro muito interessante e acabei comprando um livro no sebo em estado como novo.
Por ser um livro baseado num texto verídico fiquei curiosa sobre tudo! Sobre os vikings... um árabe convivendo com eles... uma história de mais de mil anos... e quem seriam os 'devoradores de mortos'?
Depois por um momento pensei se não seria um livro meio confuso, por ser baseado em textos que foram traduzidos e interpretados por diferentes estudiosos, em diferentes línguas. E o manuscrito é real, está num museu em Oslo, Noruega (se não me engano).
Michael Crichton foi um gênio ao recriar seu texto mantendo a originalidade da narrativa, como por exemplo, mantendo a expressão mais utilizada pelo árabe: 'Vi com meus próprios olhos', pois diz ser mesmo repetitiva no manuscrito, pelo fato dele destacar que realmente viu e presenciou os fatos narrados, mesmo os exóticos e inacreditáveis na opinião dele, de uma cultura totalmente diferente da dos vikings.
O livro conta ainda com breves observações e explicações muito úteis e algumas até essenciais no rodapé da página. Além de uma introdução nos explicando o que é esse manuscrito e um apêndice com a polêmica sobre os devoradores de mortos.
As melhores coisas do livro são:
O choque cultural do árabe vivendo e lutando ao lado dos vikings. Como por exemplo, o fato dele achar as florestas da Escandinávia muitíssimo verdes, pois vem de uma área desértica.
Ele nos conta sobre todos os costumes dos vikings, ás vezes comparando com os dele, o que é interessante duas vezes ao leitor, que passa a conhecer a cultura viking e árabe de mais de mil anos atrás! Esplendida ideia do autor!
O relato é impressionante, minuscioso, que vai desde a forma como se tratam os escravos, ás armas e formas de luta até aos rituais fúnebres.
Ele penetra nessa cultura distinta da sua e passa a conviver e aprender tudo, e o melhor: se mete numa aventura fantástica rumo a outro reino viking para ajudar na batalha contra os monstros da névoa, 'os devoradores de mortos'.
E a segunda coisa mais interessante desse relato é o que são os devoradores de mortos, coisa que não falarei aqui para não estragar a história.
Recomendo esse épico para leitores que adoram culturas e terras diferentes e/ou antigas, e para os fãs de batalhas sangrentas.
Perfeito.
Ponto negativo? A falta de personagens femininas. As mulheres são apenas objetos sexuais dos homens e a eles pertencem - o que não diminui a qualidade do livro.

Essa é a capa da edição que possuo.

Ah! Ele já foi adaptado ao cinema como o 13º Guerreiro, que apesar de bom não chega nem perto do quanto é magnífico esse livro!!

Já li alguns livros do Michael Crichton e pelo menos até agora, nenhum de seus livros me deixou decepcionada.

Crichton morreu aos 66 anos de idade devido a um cancer e deixou incontáveis trabalhos como autor, roteirista e produtor de filmes e televisão. Dentre seus famosos trabalhos estão: Parque dos Dinossauros, Assédio Sexual, Congo, Esfera (todos adaptados ao cinema) e a série de televisão ER (no Brasil, Plantão Médico). Um gênio da Ficção, de extremo sucesso nos anos 90.

6 comentários

  1. Muito legal o seu blog, achei muito interessante.

    Sobre o ponto negativo, você já deve saber pois leu o livro, óbvio, mas, as mulheres tinham sim papeis importantes mas, como o livro trata-se praticamente de batalhas e o povo nórdico não utilizava mulheres para combate, ficaria meio sem sentido criar uma personagem feminina.

    Mais uma vez, ótimo blog e continuarei lendo suas ótimas Resenhas... =D

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  2. Muito obrigada pelo elogio! Agradeço também o seu comentário, fico tão satisfeita quando leem e comentam sobre minha resenha, gosto de ver a opinião sobre os leitores, sob outros pontos de vista. Realmente faz muito sentido sua observação... eu sempre sinto falta de personagens femininas ahaha beijo.

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  3. Oi Tati, estava passeando pelas suas resenhas, procurando algum livro que já tivesse lido para comentar e achei Devoradores de Mortos. Concordo que Michael Crichton nunca decepciona, que seus livros são maravilhosos.
    Porém, no começo a história ficou meio confusa, pelo menos para mim.Mas depois a leitura engrenou e realmente, foi maravilhoso ler.
    Beijos

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    1. Oi, Bruna, já li diversos livros do Crichton e às vezes alguns parecem confusos no começo. No caso desse, deve ser por ser baseado em escritos muito antigos. Adorei sua opinião aqui :) Beijos.

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  4. No relato " original" ibn relata que foi a Escandinávia e que realmente lutou ao lado dos vikings? Pelo que eu li na internet ele teria se encontrado com os vikings na terra dos búlgaros. E uma última pergunta, o livro é parte fictício não é?
    Obs: ainda não li o livro

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    Respostas
    1. Oi, Alexandre, o autor se inspirou no relato "original" para escrever a obra. Portanto é baseada no manuscrito, porém ficção. Então não é "historicamente confiável", porque não é biográfico ou didático, como a maioria dos livros de ficção histórica, né? Lemos sabendo que é inspirado e não a pura verdade. Mas a leitura vale a pena!
      Beijos.

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