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Dicas de Leitura: Dia da Consciência Negra - 35 livros

20 de novembro é o Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco (saiba a história da data aqui). Precisamos refletir sempre sobre racismo estrutural, buscar por soluções para amenizar as profundas marcas feitas pela escravidão, apoiar políticas educacionais afirmativas e, claro, ler autores negros! Portanto, deixo aqui 35 dicas de leitura para o Dia da Consciência Negra. São livros e algumas HQs e livros infantis; incluindo ensaios, ficção variada (incluindo ficção especulativa e Young Adult) e biografias.

Combatamos a violência racial e sejamos todos antirracistas!




Pequeno Manual Antirracista
Djamila Ribeiro, Companhia das Letras


"Onze lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo.
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos."

A Cor Púrpura
Alice Walker, José Olympio


"Edição revisada, em novo formato e com nova capa da obra-prima de Alice Walker vencedora do Pulitzer
Um dos mais importantes títulos de toda a história da literatura, inspiração para a aclamada obra cinematográfica homônima dirigida por Steven Spielberg, o romance A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido.
Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra extremamente atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gêneros, etnias e classes sociais."

Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola
Maya Angelou, Astral Cultural


"Racismo. Abuso. libertação. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê."

O Caminho de Casa
Yaa Gyasi, Rocco


"Yaa Gyasi tornou-se um dos nomes mais comentados na cena literária norte-americana em 2016. Seu romance de estreia, O caminho de casa, recebeu resenhas dos mais importantes jornais e revistas do país, alcançou a disputada lista dos mais vendidos do The New York Times e foi incluído na prestigiosa lista dos 100 livros notáveis do ano do mesmo jornal.
Com uma narrativa poderosa e envolvente que começa no século XVIII, numa tribo africana, e vai até os Estados Unidos dos dias de hoje, Yaa mostra as consequências do comércio de escravos dos dois lados do Atlântico ao acompanhar a trajetória de duas meias-irmãs e das gerações seguintes dessa linhagem separada pela escravidão. Effia e Esi, irmãs que não se conhecem, nascem em duas aldeias tribais diferentes de Gana. Effia, a moça mais bonita do lugar, é vendida pelos pais para um colonizador inglês chamado James, e viverá com conforto nas salas palacianas do Castelo de Cape Coast. Quey, seu filho mestiço, será enviado para estudar na Inglaterra antes de voltar à Costa do Ouro para servir como administrador do Império. Mas sua irmã Esi terá outra sorte: encarcerada abaixo dos aposentos de Effia, no calabouço das mulheres do castelo, ela logo será embarcada com destino à América, onde sera vendida como escrava.
Uma concisa e ambiciosa saga familiar que cobre sete gerações de uma família partida, acompanhando numa narrativa ágil a vida dos descendentes dessas duas irmãs, os que ficaram na África e os que se tornaram afro-americanos. Percorrendo desde as guerras tribais em Gana até a escravidão e a Guerra Civil nos Estados Unidos, passando pelo trabalho de prisioneiros nas minas de carvão e a grande migração afro-americana, das fazendas do Mississípi às ruas do Harlem no século XX, Yaa Gyasi compôs uma obra-prima panorâmica, que permite uma compreensão visceral dos horrores da escravidão e toda a carga emocional acumulada na vida de seus descendentes, nos relacionamentos entre pais e filhos, maridos e esposas."

Cidadã de Segunda Classe
Buchi Emecheta, Dublinense
Continuação: No Fundo do Poço


"Na Nigéria dos anos 60, Adah precisa lutar contra todo tipo de opressão cultural que recai sobre as mulheres. Nesse cenário, a estratégia para conquistar uma vida mais independente para si e seus filhos é a imigração para Londres. O que ela não esperava era encontrar, em um país visto por muitos nigerianos como uma espécie de terra prometida, novos obstáculos tão desafiadores quanto os da terra natal. Além do racismo e da xenofobia que Adah até então não sabia existir, ela se depara com uma recepção nada acolhedora de seus próprios compatriotas, enfrenta a dominação do marido e a violência doméstica e aprende que, dos cidadãos de segunda classe, espera-se apenas submissão."

Americanah
Chimamanda Ngozi Adichie, Companhia das Letras


Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência.
Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.
“Em parte história de amor, em parte crítica social, um dos melhores romances que você lerá no ano.” - Los Angeles Times.
“Magistral… Uma história de amor épica…” - O, The Oprah Magazine Vencedor do National Book Critics Circle Award.
Eleito um dos 10 melhores livros do ano pela NYT Book Review. Direitos para cinema comprados por Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Doze Anos de Escravidão."

Se a Rua Beale Falasse
James Baldwin, Companhia das Letras


"Lançado em 1974, o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny, seu noivo, preso injustamente. Livro que inspirou o filme homônimo dirigido por Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight.
Tish tem dezenove anos quando descobre que está grávida de Fonny, de 22. A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, embora não haja nenhuma prova que o incrimine. Convicta da honestidade do noivo, Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão.
Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo. Ao revelar as incertezas do futuro, a trama joga luz sobre o desespero, a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano.
Esta edição tem tradução de Jorio Dauster e inclui posfácio de Márcio Macedo."

Orgulho: um Remix de Orgulho e Preconceito
Ibi Zoboi, HarperCollins Brasil


"Zuri Benitez tem orgulho. Orgulho do Brooklyn, de sua família e de suas raízes afro-latinas. Mas orgulho não é o suficiente para salvar seu bairro da gentrificação e de se tornar irreconhecível. Quando a rica família Darcy se muda para o outro lado da rua, Zuri não quer contato com seus dois filhos adolescentes, mesmo quando sua irmã Janae começa a se apaixonar pelo encantador Ainsley. Acima de tudo, ela não suporta o crítico e arrogante Darius, mas eles são forçados a se entender, e o que antes era um confronto se torna uma inesperada amizade. Agora, com quatro irmãs a empurrando em direções diferentes, com o adorável Warren em busca de sua atenção e com as candidaturas para a faculdade chegando, Zuri luta entre encontrar seu lugar na paisagem em transição de Bushwick ou perder tudo. Nesta adaptação contemporânea do clássico Orgulho e preconceito, a autora aclamada pela crítica, Ibi Zoboi, habilidosamente equilibra identidade cultural, classe e gentrificação com a mágica do primeiro amor em sua vibrante versão do amado romance."

Olhos D'água
Conceição Evaristo, Pallas


"Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na “frágil vara” que, lemos no conto “O Cooper de Cida”, é a “corda bamba do tempo”. Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição. Sem quaisquer idealizações, são aqui recriadas com firmeza e talento as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira."

O Genocídio do Negro Brasileiro
Abdias Nascimento, Perspectiva


"O conceito de “democracia racial” foi (e ainda é) um mantra do orgulho nacional. Daqueles que recusam a realidade. Uma das maiores referências na defesa dos direitos dos negros no Brasil, mesmo após sua morte, Abdias Nascimento sobrepõe testemunhos pessoais, reflexões, comentários e críticas, opondo o discurso oficial sobre a condição social e cultural do negro brasileiro à realidade, fazendo a desconstrução do que se convencionou chamar de “democracia racial”, cenário utópico e irreal no qual “pretos e brancos convivem harmoniosamente, desfrutando iguais oportunidades de existência, sem nenhuma interferência, nesse jogo de paridade social, das respectivas origens raciais ou étnicas."

Kindred
Octavia E. Butler, Morro Branco


"Em seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. Então, o mundo se despedaça. Dana repentinamente se encontra à beira de uma floresta, próxima a um rio. Uma criança está se afogando e ela corre para salvá-la. Mas, assim que arrasta o menino para fora da água, vê-se diante do cano de uma antiga espingarda. Em um piscar de olhos, ela está de volta a seu novo apartamento, completamente encharcada. É a experiência mais aterrorizante de sua vida... até acontecer de novo. E de novo. Quanto mais tempo passa no século XIX, numa Maryland pré-Guerra Civil – um lugar perigoso para uma mulher negra –, mais consciente Dana fica de que sua vida pode acabar antes mesmo de ter começado.
“Impossível terminar de ler Kindred sem se sentir mudado. É uma obra de arte dilaceradora, com muito a dizer sobre o amor, o ódio, a escravidão e os dilemas raciais, ontem e hoje”.– Los Angeles Herald-Examiner."

A Balada do Black tom
Victor Lavalle, Morro Branco


"Um tributo e uma crítica a Lovecraft" - NPR.
As pessoas se mudam para Nova York em busca de magia e nada vai convencê-las que ela não está lá. Charles Thomas Tester luta para colocar comida na mesa e manter um teto sobre a cabeça de seu pai, aceitando fazer trambiques e trabalhos obscuros do Harlem a Red Hook.
Ele sabe bem o tipo de magia que um terno pode proporcionar, a invisibilidade que um estojo de guitarra lhe oferece e a maldição escrita em sua pele, atraindo os olhares atentos de ricas pessoas brancas e seus policiais. Mas quando faz a entrega de um livro oculto a uma feiticeira reclusa no coração do Queens, Tom abre uma porta para um domínio mais profundo de magia – despertando a atenção de seres que deveriam permanecer adormecidos. Uma tempestade que pode engolir o mundo está se formando no Brooklyn. Será que Black Tom irá viver para vê-la se dissipar?

Filhos de Sangue e Osso
tomi Adeyemi, Fantástica Rocco


"50 semanas na lista de bestselles do The New York Times. Um dos finalistas do Prêmio Nebula de 2018 na categoria Outstanding Young Adult Science Fiction or Fantasy Book (The Andre Norton Award). Eleito um dos melhores livros de 2018 na categoria infantojuvenil pelo Entertainment Weekly, Amazon, Time, Newsweek e Publishers Weekly.
Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orïsha vibrava com a magia. Queimadores geravam chamas. Mareadores formavam ondas, e a mãe de Zélie, ceifadora, invocava almas. Mas tudo mudou quando a magia desapareceu. Por ordens de um rei cruel, os maji viraram alvo e foram mortos, deixando Zélie sem a mãe e as pessoas sem esperança. Agora Zélie tem uma chance de trazer a magia de volta e atacar a monarquia. Com a ajuda de uma princesa fugitiva, Zélie deve despistar e se livrar do príncipe, que está determinado a erradicar a magia de uma vez por todas. O perigo espreita em Orïsha, onde leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes ― e seu coração. Filhos de sangue e osso é o primeiro livro da trilogia de fantasia baseada na cultura iorubá O legado de Orïsha e está sendo adaptado para o cinema."

A Quinta Estação
N. K. Jemisin, Morro Branco
Continuação: O Portão do Obelisco (Trilogia A Terra Partida)


"Vencedor do Hugo Awards"
É assim que o mundo termina. Pela última vez.
Três coisas terríveis acontecem em um único dia: Essun volta para casa e descobre que seu marido assassinou brutalmente o próprio filho e sequestrou sua filha. Sanze, o poderoso império cujas inovações têm sido o fundamento da civilização por mais de mil anos, colapsa frente à destruição de sua maior cidade pelas mãos de um homem louco e vingativo.
E, no coração do único continente, uma grande fenda vermelha foi aberta e expele cinzas capazes de escurecer o céu e apagar o sol por anos. Ou séculos. Mas esta é a Quietude, lugar há muito acostumado à catástrofe, onde os orogenes - aqueles que empunham o poder da terra como uma arma - são mais temidos do que a longa e fria noite. E onde não há compaixão.
“Um dos 100 livros mais notáveis do ano” - New York Times.
“A trilogia ‘A Terra Partida’ é uma conquista triunfante na literatura de fantasia” - The Verge."

Bruxa Akata
Nnedi Okorafor, Galera Record


"Carinhosamente apelidado de Harry Potter nigeriano, Bruxa Akata tece uma trama de magia e mistério, repleta de mitologia africana. Uma verdadeira história de amizade, superação e sobre como achar seu lugar no mundo
Sunny tem 12 anos e sempre viveu na fronteira entre dois mundos. Filha de nigerianos, nasceu nos Estados Unidos; suas feições são africanas, mas ela é albina. Uma pária, incapaz de passar despercebida. O sol é seu inimigo. Castiga a pele delicada e a expõe aos olhares curiosos. Parece não haver lugar onde ela se encaixe. É sob a lua que a menina se solta, jogando futebol com os irmãos.
E então ela descobre algo incrível – na realidade, ela é uma pessoa-leopardo em um mundo de ovelhas. Sunny é alguém com um talento mágico latente. Mais que isso: é uma agente livre. Uma pessoa com poderes, mas que nasceu de pais comuns.
Logo ela se torna parte de um quarteto de estudantes mágicos, pesquisando o visível e o invisível, aprendendo a alterar a realidade, sendo escolhida por um mentor e conseguindo, enfim, sua faca juju — com a qual é capaz de fazer seus feitiços.
Mas isso será suficiente para que encontrem e impeçam um assassino em série que está matando crianças? Um homem perigoso com planos de abrir um portal e invocar o fim do mundo?"

(In)Verdades: uma Heroína Negra Mudará tudo
Luciene M. Ernesto, publicação independente
Continuação: (R)Evolução: Eu e a Verdde Somos o Ponto Final


"Em 2198 um revés mudou a realidade mundial de forma esperada, inesperada e assustadora. E com o Brasil não foi diferente, tempos escuros dançaram sobre o território até que a consciência humana finalmente compreendesse que precisava evoluir e respeitar, por assim dizer, mas quando foi que isso significou a inexistência de problemas? Há algo sob a sombra do berço esplêndido e tudo está relacionado.
Ena nasceu neste mundo consciente e finito. Sua mãe Naira ajudou a fundar o CCDP e seu pai, o Alto Oficial Amir Dias era um Resgatante.
O atentado de 2396 ao CIA mudou tudo, seu pai morreu como herói e caso foi arquivado nas sombras do tempo. O passar dos dias nada trouxe além de culpas indiretas sobre um grupo que só veio a crescer no decorrer dos anos em oposição ao controle biométrico e outras coisas.
Agora Ena é uma mulher forte e focada, mas aquele dia a persegue, a impunidade vez ou outra ressoa nos temporais sem aviso que visitam os distritos.
O mais importante a saber é que em sua mente foi encerrado o destino de todo um país e para alcançar a verdade que ainda ignora existir, Ena precisa alcançar o seu objetivo... se tornar uma oficial das Forças Distritais do Brasil.
A busca por essa lembrança mudará tudo, para além do seu controle e de si mesma, mas para entender, ela deve retroceder aquele dia, o atentado, e compreender a profundidade do provérbio africano Sankofa que se manterá onipresente até o fim, pois... Nunca é tarde para voltar e apanhar o que ficou para atrás."

Coletânea Afrofuturismo
Caena Rodrigues Conceição, Fernando Gonzaga, Giovany De Oliveira, Kuku Dada, Lorena Nascimento, Margarete Carvalho e Junno Sena, reCORTE


"Oito. Oito autores. Oito formas de se experenciar o mundo. Todos negros. Oito sonhos impressos em papel com uma única força motriz: sobrevivência. Histórias do presente e do futuro se misturam nesta coletânea. Algumas como alerta, outras como um pedido sincero de melhorias. Não é apenas um espaço para dar voz às histórias negligenciadas, mas também, um projeto que brinca com o futuro e enaltece a cultura afro-brasileira."

O Sol Também É uma Estrela
Nicola Yoon, Arqueiro


"Primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times.
Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.
Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.
O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?
“Poético e envolvente, cheio de esperança, dor... e toda a vibração universal do coração humano.” – Booklist.
“Emocionante e surpreendente.” – Publisher’s Weekly."

O Ódio que Você Semeia
Angie Thomas, Galera Record
Confira também: Na Hora da Virada


"1º lugar na lista do New York Times. Uma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro contra o racismo em tempos tão cruéis e extremos.
Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.Não faça movimentos bruscos.Deixe sempre as mãos à mostra.Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente.Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar."

As Estrelas Sob Nossos Pés
David Barclay Moore, Plataforma 21


"Há um abismo na alma de Lolly Rachpaul. Aos doze anos, raiva e tristeza são tudo o que o garoto consegue sentir. Costumava ser diferente antes, quando Jermaine ainda estava por aqui. Mas, desde o tiro que silenciou a vida de seu irmão mais velho, Lolly deixou de ser uma criança alegre. Aliás, no Harlem – um bairro típico dos negros e latinos de Nova Iorque – a infância passa tão acelerada quanto uma bala. É preciso estar atento para que as ruas e suas gangues não engulam você. Vivenciando o luto em tempos de ódio, como preencher as partes que ficaram faltando dentro de si? Para Lolly, a resposta pode estar em Harmonee – a cidade imaginária que está construindo com as peças de Lego que ganhou de presente da namorada de sua mãe. A arte do garoto será sua forma de resistência à crueza do mundo, e uma ponte que sustenta novas e antigas amizades. As estrelas sob nossos pés dá voz à personagens que são pouco retratados, e que tanto precisamos ouvir: jovens pobres, expostos à desigualdade, ao preconceito e à violência desde muito cedo. Diante do luto e da luta de Lolly para ter um destino diferente do irmão, devemos ouvir e valorizar uma verdade que jamais deve ser esquecida: vidas negras importam.
“A história certa na hora certa. Não é apenas uma narrativa; é uma experiência. É o romance que estamos esperando.” – The New York Times.
“Um retrato realístico e, às vezes, brutal da vida dos jovens negros que vivem na beira da pobreza. Ao mesmo tempo, Moore infunde a história com esperança e inspiração, dando a Lolly a chance de encontrar a salvação através da criatividade.” – Publishers Weekly."

Pantera Negra: Vingadores do Novo Mundo - Livro Um
Ta-Nehisi Coates, Marvel Comics / Panini Comics
Continuação: Pantera Negra: Vingadores do Novo Mundo - Livro Dois


"Há muito tempo, antes de existirem Panteras Negras, antes mesmo de existir Wakanda, havia os Orixás! O panteão de deuses e deusas a partir do qual a Wakanda conforme conhecemos foi manifestada: Thoth. Pt’ah. Mujaji. Kokou. E Bast, a Deusa Pantera. Mas agora, conforme Wakanda enfrenta uma turbulência, os deuses estão silenciosos. Para onde foram as divindades wakandanas? T’Challa pretende descobrir, e comungará com os espíritos dos Panteras anteriores em busca de compreensão. Mas, primeiro, T’Challa precisará lidar com o enlouquecedor Doutor Faustus! E o que poderia levá-lo à boate mais exclusiva da noite de Nova York, o Club Fenris? Enquanto isso, os Anjos da Meia-Noite enfrentam monstros dos mitos — mas a quais interesses eles servem? E Tempestade, dos X-Men, está de volta à vida de T’Challa — mas será para bem desta vez? Este volume de 148 páginas reúne as edições 13 a 18 de Black Panther. Escrito por Ta-Nehisi Coates e ilustradas por Chris Sprouse, Wilfredo Torres e Laura Martin."

Contos dos Orixás
Hugo Canuto, publicação independente


"Em um tempo antigo, deuses e heróis caminharam entre os homens. Travaram batalhas com furor, ensinaram a curar e lidar com a terra, o ferro e o fogo, reinaram e amaram com a mesma intensidade. Alguns desceram do luminoso Orum para realizar seus destinos, enquanto outros nasceram no Aiyê e pelos grandes feitos se tornaram Orixás, marcando para sempre a história de dois continentes.
Os Contos dos Orixás são parte de um projeto que adapta os mitos e lendas sobre as divindades provenientes da África Ocidental, através das Histórias em Quadrinhos, dentro de uma linguagem artística, ao mesmo tempo em que busca respeitar suas tradições. O início da jornada deu-se a partir de uma convergência de paixões. A primeira delas, pelo legado das civilizações africanas que moldaram minha terra de origem, a Bahia e sua ancestralidade, representadas aqui pelos Itan, conjunto de narrativas ligadas aos Orixás, arquétipos milenares de força, coragem e sabedoria."

Jeremias: Pele
Rafael Calça e Jefferson Costa, Mauricio de Sousa Produções / Panini Comics Brasil


"Numa reinterpretação ousada, porém necessária, como enaltece Mauricio de Sousa, em seu prefácio, o roteirista Rafael Calça e o desenhista Jefferson Costa dão vida a uma história forte, dura, emocionante, na qual Jeremias lidará pela primeira vez com o preconceito por causa da cor da sua pele. A história é recheada de dor, superação, aprendizado e preparação para a vida."

Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis
Jarid Arraes, Pólen Livros


"Desde 2012, a autora Jarid Arraes tem se dedicado a desvendar a história das mulheres negras que fizeram a História do Brasil. E não bastava conhecer essas histórias, era preciso torná-las acessíveis e fazer com que suas vozes fossem ouvidas. Para isso, Jarid usou a linguagem poética tipicamente brasileira da literatura de cordel. E vendeu milhares de seus cordéis pelo Brasil, alertando para a importância da multiplicidade de vozes e oferecendo exemplos de diversidade para as mulheres atuais. Neste livro, reunimos 15 dessas histórias, que ganharam uma nova versão da autora e a beleza das ilustrações de Gabriela Pires. Conheça a história de: Antonieta de Barros, Aqualtune Carolina, Maria de Jesus, Dandara dos Palmares, Esperança Garcia, Eva Maria do Bonsucesso, Laudelina de Campos, Luísa Mahin, Maria Felipa, Maria Firmina dos Reis, Mariana Crioula, Ná Agontimé, Tereza de Benguela, Tia Ciata, Zacimba Gaba."

Angela Davis: uma Autobiografia
Angela Davis, Boitempo


"A Boitempo publica pela primeira vez no brasil uma autobiografia, de Angela Davis. Lançada originalmente em 1974, a obra é um retrato contundente das lutas sociais nos estados unidos durante os anos 1960 e 1970 pelo olhar de uma das maiores ativistas de nosso tempo. Davis, à época com 28 anos, narra a sua trajetória, da infância à carreira como professora universitária, interrompida por aquele que seria considerado um dos mais importantes julgamentos do século XX e que a colocaria, ao mesmo tempo, na condição de ícone dos movimentos negro e feminista e na lista das dez pessoas mais procuradas pelo FBI. A falsidade das acusações contra Davis, sua fuga, a prisão e o apoio que recebeu de pessoas de todo o mundo são comentados em detalhes por essa mulher que marcou a história mundial com sua voz e sua luta. questionando a banalização da ideia de que “o pessoal é político”, Davis mostra como os eventos que culminaram na sua prisão estavam ligados não apenas a sua ação política individual, mas a toda uma estrutura criada para criminalizar o movimento negro nos estados unidos. Além de um exercício de autoconhecimento da autora em seus anos de cárcere, nesta obra encontramos uma profunda reflexão sobre a condição da população negra no sistema prisional estadunidense."

Longa Caminhada até a Liberdade
Nelson Mandela, Nossa Cultura


"Como recebedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, presidente do Congresso Nacional Africano, e líder do movimento anti-apartheid, Nelson Mandela é um dos grandes líderes morais e políticos do mundo. Em suas memórias, Longa Caminhada Até a Liberdade, qu e se transformaram em bestseller internacional, ele conta a história extraordinária de sua vida - um épico de lutas, revezes, esperança renovada e finalmente de triunfo. Eloquentemente e vividamente, ele descreve em detalhes a sua jornada: o desenvol vimento de sua consciência política, seu papel essencial na formação da Liga da Juventude do CNA, seus anos dramáticos na clandestinidade - que levaram a uma condenação à prisão perpétua em 1964 - e o seu agitado quarto de século atrás das grades. El e também relembra comoventemente os eventos importantes que antecederam o seu triunfo na primeira eleição multirracial realizada na África do Sul em abril de 1994. Para uma obra deste porte, nada melhor que já começar com um prefácio de peso, assina do pelo sociólogo, cientista político e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. Eis aqui uma das mais poderosas e inspiradoras histórias de nossa época — um livro que todos vão querer possuir e ler."

Malcolm X: uma Vida de reinvenções
Manning Marable, Companhia das Letras



"Biografia ganhadora do prêmio Pulitzer de 2012 revela as muitas transformações e lutas na vida do mais radical militante antirracista dos Estados Unidos.
Numerosas personagens compõem as metamorfoses sofridas por Malcolm Little, o franzino filho de uma família de negros pobres nascido numa pequena cidade do Centro-Oeste americano, até sua conversão decisiva em Malcolm X, o religioso muçulmano e incendiário combatente da revolução mundial que morreu como apóstolo da paz entre os povos.
O mártir pioneiro dos direitos civis nos Estados Unidos foi sucessivamente Homeboy, Jack Carlton, Detroit Red, Big Red e Satan; Malachi Shabazz, Malik Shabazz e El-Hajj Malik El-Shabazz. Esses nomes de sonoridades e sentidos tão contrastantes entre si indicam os rumos contraditórios assumidos pela vida de Malcolm até o encontro definitivo com o Islã, que o levaria ao ativismo político. Ladrão, agenciador de prostitutas e viciado em drogas na década de 1940, quando também conheceu os horrores da prisão, ele abandonou o crime para abraçar com sua oratória brilhante, amparada em leituras autodidatas e nos ensinamentos do Corão, uma luta sem quartel contra o racismo e a injustiça social.
Entretanto, como demonstra Manning Marable, a mesma personalidade profundamente contestadora sempre esteve por trás das diversas máscaras sociais usadas por Malcolm. O autor acompanha os passos desse gigante afro-americano ao longo de dezenas de cidades dos Estados Unidos, além das viagens à África, à Europa e ao Oriente Médio como porta-voz da revolta dos descendentes de escravos e dos direitos dos oprimidos."

A Autobiografia de Martin Luther King
Martin Lutjer King e Clayborne Carson, Zahar


"Um dos maiores símbolos da luta por igualdade, justiça e paz da humanidade, Martin Luther King liderou uma revolução que mudou os Estados Unidos e influenciou o mundo inteiro. Por sua política de resistência e transformação social através da não violência, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Com base em arquivo inédito de textos autobiográficos do próprio King, incluindo cartas e diários não publicados, assim como filmes e gravações, Clayborne Carson - historiador da Universidade Stanford e diretor do Martin Luther King Jr. Research and Education Institute - cria um inesquecível retrato em primeira pessoa do grande líder.
"Valioso e inestimável. King era eloquente e refinado de forma consistente, um mestre da palavra e do efeito, dono de uma voz inconfundível e verdadeira." The New York Times Book Review.
"Um feito excepcional. Ilumina os fundamentos intelectuais da coragem de King." The New Yorker.
"Temos uma dívida com Carson por nos entregar King por inteiro." The Times."

Minha História
Michelle Obama, Objetiva


"Um relato íntimo, poderoso e inspirador da ex-primeira-dama dos Estados Unidos.
Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama se consolidou como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos — a primeira afro-americana a ocupar essa posição —, ela ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, se posicionou como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas nos Estados Unidos e ao redor do mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias levam suas vidas em busca de um modelo mais saudável e ativo, e se posicionando ao lado de seu marido durante os anos em que Obama presidiu os Estados Unidos em alguns dos momentos mais angustiantes da história do país. Ao longo do caminho, ela nos ensinou alguns passos de dança, arrasou no Carpool Karaoke e criou duas filhas responsáveis e centradas, apesar do impiedoso olhar da mídia.
Em suas memórias, um trabalho de profunda reflexão e com uma narrativa envolvente, Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram — da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. Com honestidade e uma inteligência aguçada, ela descreve seus triunfos e suas decepções, tanto públicas quanto privadas, e conta toda a sua história, conforme a viveu — em suas próprias palavras e em seus próprios termos. Reconfortante, sábio e revelador, Minha história traz um relato íntimo e singular, de uma mulher com alma e consistência que desafiou constantemente as expectativas — e cuja história nos inspira a fazer o mesmo."

Incidentes na Vida de uma Menina Escrava
Harriet Ann Jacobs, Todavia


"Poderoso e contundente relato autobiográfico sobre a vida das mulheres escravizadas nos EUA.
Um dos mais poderosos relatos sobre o período da escravidão norte-americana, esta é a história de uma mulher em busca de sua identidade, sua sobrevivência e sua liberdade. Como diz Jarid Arraes no posfácio desta edição: “O fim da escravidão não foi o fim do racismo. Não foi o fim da pobreza, [...] da exclusão, do pensamento supremacista. [...] E, para os que se desconfortam nas cadeiras pensando ‘quantas vezes ainda temos que falar sobre isso’, minha resposta é: todas elas”."

A Jornada de um Escravo Fugitivo
Frederick Douglass, Wish


"Frederick Douglass nasceu como escravo sob o nome de Frederick Augustus Washington Bailey, perto de Easton, no condado de Talbot, Maryland. Ele não tinha certeza do ano exato de seu nascimento, mas sabia ser 1817 ou 1818. Ainda menino, foi enviado a Baltimore, para servir dentro de uma casa, onde ele aprendeu a ler e a escrever com a ajuda da esposa de seu senhor. Em 1838, Frederick escapou da escravidão e foi para a cidade de Nova York, onde se casou com Anna Murray, uma mulher negra e livre que ele conhecera em Baltimore. Pouco depois, trocou seu sobrenome para Douglass. Em 1841, ele compareceu a uma convenção na Sociedade Abolicionista de Massachusetts em Nantucket, e impressionou tanto o grupo que eles imediatamente o empregaram como representante. Ele era um palestrante tão impressionante que muitas pessoas duvidavam que algum dia ele fora um escravo; então, ele escreveu sua primeira autobiografia. Durante a Guerra Civil Americana, ele ajudou no recrutamento de homens negros para o 54º e 55º Regimentos de Massachusetts e consistentemente argumentou a favor da libertação dos escravos. Depois da guerra, ele continuou ativo na proteção e garantia dos direitos dos homens livres. Em seus últimos anos, durante épocas diferentes, ele foi secretário do Santo Domingo Comission, marechal e registrador de ações do Distrito de Columbia, e Ministro Estadunidense para o Haiti."

Quando me Descobri Negra
Bianca Santana, Editora SESI-SP
Ilustração: Mateu Velasco


"Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena.” É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas. Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. Caminhos que aos poucos revelam novas camadas, de um ser ressignificado. Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós. – Djamila Ribeiro, colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista."

Sulwe
Lupita Nyong'o, Rocco Pequenos Leitores
Ilustração: Vashi Harrison


"Sulwe tem a pele da cor da meia-noite.
Ela é mais escura que todos de sua família. Ela é mais escura que todos de sua escola. A Sulwe só queria ser bonita e cheia de luz como sua mãe e sua irmã. Quando ela menos esperava, uma jornada mágica no céu da noite abriu seus olhos e fez com que tudo mudasse.
Sulwe significa estrela, daquelas que aparecem no céu da meia-noite. E quem não gostaria de ter um nome desses e de brilhar feito astro celeste? Para Sulwe nada disso tinha importância porque ela não tinha amigos e alguém sem amigos não é nem um pouco feliz. O que Sulwe queria mesmo era brilhar como outro astro: o sol, radiante feito a luz do meio-dia.
Entristecida por ter a pele escura feito noite, a menina não se parecia com ninguém de sua família e as outras crianças zombavam dela apelidando-a de nomes que a aprisionavam em sua pequena redoma de insatisfação. Decidida a clarear sua pele, Sulwe tentou de um tudo: a maior borracha que tinha, alimentos de cor clara e até a maquiagem de sua mãe.
Após não ter sua oração atendida por Deus, a menininha abre seu coração para sua mãe que apresenta a ela a mais bela história sobre ter orgulho de si mesma. Já que seu nome significa estrela, seu brilho e beleza estavam nela própria. Sua mente e seu coração eram os responsáveis pela real beleza que ia além do que o espelho mostrava e do que os olhos dos outros enxergavam.
A pequena estrela entendeu que sua beleza é única. Sentiu-se radiante e forte para enfrentar o que quer que fosse pois sabia que seu brilho era capaz de levá-la a qualquer lugar. E se ainda assim ela precisasse se lembrar de sua força, bastava olhar para o céu no momento mais escuro da noite para ver a si mesma."

Amoras
Emicida, Companhia das Letrinhas
Ilustração: Aldo Fabrini


"Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre.
“Um livro que rega as crianças com o olhar cristalino de quem sonha plantar primaveras para colher o fruto doce da humanidade.” Sérgio Vaz"

Meninas Negras
Madu Costa, Mazza Edições
Ilustração: Rubem Filho


"Griot é o contador de histórias africano que passa a tradição dos antepassados de geração em geração. O objetivo da Coleção Griot Mirim, que tem entre seus títulos "Meninas negras", é trabalhar a identidade afrodescendente na imaginação infantil. E é justamente à imaginação que esses livros falam a partir de uma composição sensível, de textos curtos e poéticos, associados a belas ilustrações. Modo lúdico de reforçar a autoestima da criança a partir da valorização de seus antepassados, de sua cultura e de sua cor."

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Créditos da primeira imagem da postagem: StockSnap

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