A magnífica Bibliotheca Alexandrina, do Ministério da Educação do Egito, construída ao lado do antigo porto de Alexandria, no centro histórico da cidade, é um complexo de edifícios maravilhoso. O prédio principal possui 80 mil metros quadrados, 11 andares e pode guardar até 4 milhões de volumes de livros, com a possibilidade de expansão para até 8 milhões.
A sala de leitura aberta é a maior do mundo! Ocupa sete plataformas, ou seja, mais da metade do espaço, atingindo 20 mil metros quadrados e com lotação para até 2 mil leitores. Incrível, não?
A base da biblioteca é trilíngue: árabe, francês e inglês.
A biblioteca é na verdade formada por sete diferentes: a principal e seis especializadas em arte, multimídia, mapas, livros e documentos raros e coleções especiais, além de suporte apara cegos e deficientes visuais e acervo para jovens e crianças.
Também funciona como planetário, quatro museus (incluindo mais de mil artefatos arqueológico), quatro galerias de arte para exposições temporárias e 15 permanentes, auditórios e centro de conferência, escola de ciência da informação e laboratório de restauração e conservação de livros e manuscritos, além de ser interligada à Universidade de Alexandria.
A estrutura multimídia é enorme: 10 bilhões de páginas web abrangendo os anos 1996–2001 de mais de 16 milhões de sites diferentes, 2000 horas de transmissão de televisão egípcia e norte-americana, mil filmes de arquivo, 100 terabytes de dados armazenados em 200 computadores e uma instalação de digitalização para livros locais.
Através do Museu do Manuscrito os visitantes e pesquisadores têm acesso digital aos manuscritos e livros raros e a impressão pode ser realizada sob demanda por meio da Espresso Book Machine.
É possível acessar mais de 6 mil manuscritos, mapas e documentos, dentre outras raridades, de forma rápida e prática. Há um museu com microfilmes com cerca de 30 mil manuscritos raros, 50 mil documentos e uma coleção da Biblioteca Britânica com aproximadamente 14 mil manuscritos em árabe, persa e turco. Além disso, os visitantes podem encontrar um vasto arquivo de jornais egípcios e árabes.
A inspiração foi a extinta biblioteca do mundo antigo fundada na cidade por Alexandre o Grande há cerca de 2.300 anos, uma das mais importantes da humanidade e também uma das nossas maiores perdas. Assim foi concebida a ideia: a Nova Biblioteca de Alexandria, uma ligação entre passado e futuro e equilíbrio entre modernidade e tecnologia e história e patrimônio.
O projeto saiu do papel em 1989 e houve uma onda de apoio, incluindo o presidente na época Hosni Mubarak e a UNESCO. Nas duas décadas seguintes, o financiamento da biblioteca foi garantido e a enorme e ambiciosa estrutura começou a tomar forma. A construção demorou sete anos e a inauguração ocorreu em 2002 a um custo de quase 220 milhões de dólares.
Uma competição internacional anônima foi realizada para a seleção do design vencedor. A empresa norueguesa de arquitetura Snøhetta foi a vencedora ao apresentar um projeto de design contemporâneo e atemporal. A construção, finalizada em 2001, foi feita em parceria com o Hamza Associates, grupo local de arquitetos.
O edifício circular e inclinado mede 160 metros de diâmetro e possui 32 metros de altura, além de se aprofundar cerca de 12 metros no solo. Possui esculturas esculpidas feitas em colaboração com os artistas Jorunn Sannes e Kristian Blystad, que empregaram cortes nas pedras para criar inscrições na fachada: uma série de textos em línguas modernas e extintas.
A construção, de última geração, é reluzente por ser iluminada indiretamente por claraboias verticais. Não é exposta à luz solar direta, pois seria prejudicial para os livros e manuscritos. Isso compõe um grande anfiteatro de leitura uniformemente iluminada.
O gasto final da construção foi muito acima do planejado (era de 65 milhões de dólares), deixando pouco para o financiamento das coleções da biblioteca. Portanto, é um compromisso com a erudição e leitura, pois o projeto é de longo prazo, até completar os 8 milhões de livros. A biblioteca recebeu, só da França, uma doação de meio milhão de livros em francês, da Biblioteca Nacional da França. A Espanha também fez uma grande doação de documentos mouros.
Endereço: Al Azaritah WA Ash Shatebi, Qesm Bab Sharqi, Província de Alexandria 21526, Egito.
Direitos autorais das fotos de Snøhetta; exceto: a do planetário, que pertence à Book Riot; as dos artefatos egípcios, encontradas no Flickr; as das máquinas de impressão antigas em exposição, do blog BO-niche Design; e a da placa e com marca dágua são do blog Travel to Eat.
Gostou? Veja outras postagens como esta:
- Libreria Acqua Alta, livraria sobre os canais de Veneza - Itália;
- Atlantis Books, livraria com vista paradisíaca e caverna recheada - Grécia;
- Tianjin Binhai Library, biblioteca futurística gigantesca - China;
- Vila Literária Óbidos, a cidade medieval cheia de livros - Portugal;
- Archivo Histórico y Biblioteca Pública Municipal de Baiona, hospital do século XVII transformado em biblioteca - Espanha;
- Muyinga, biblioteca inclusiva para crianças surdas feita de terra - Burundi.
Fonte: ArchDaily.com, Snohetta.com, bo-niche-design.blogspot.com, traveltoeat.com, en.wikipedia.org e BookRiot.com
A sala de leitura aberta é a maior do mundo! Ocupa sete plataformas, ou seja, mais da metade do espaço, atingindo 20 mil metros quadrados e com lotação para até 2 mil leitores. Incrível, não?
A base da biblioteca é trilíngue: árabe, francês e inglês.
A biblioteca é na verdade formada por sete diferentes: a principal e seis especializadas em arte, multimídia, mapas, livros e documentos raros e coleções especiais, além de suporte apara cegos e deficientes visuais e acervo para jovens e crianças.
Também funciona como planetário, quatro museus (incluindo mais de mil artefatos arqueológico), quatro galerias de arte para exposições temporárias e 15 permanentes, auditórios e centro de conferência, escola de ciência da informação e laboratório de restauração e conservação de livros e manuscritos, além de ser interligada à Universidade de Alexandria.
A estrutura multimídia é enorme: 10 bilhões de páginas web abrangendo os anos 1996–2001 de mais de 16 milhões de sites diferentes, 2000 horas de transmissão de televisão egípcia e norte-americana, mil filmes de arquivo, 100 terabytes de dados armazenados em 200 computadores e uma instalação de digitalização para livros locais.
Através do Museu do Manuscrito os visitantes e pesquisadores têm acesso digital aos manuscritos e livros raros e a impressão pode ser realizada sob demanda por meio da Espresso Book Machine.
Exemplar de Expresso Book Machine. A bilioteca possui uma dessas. |
A inspiração foi a extinta biblioteca do mundo antigo fundada na cidade por Alexandre o Grande há cerca de 2.300 anos, uma das mais importantes da humanidade e também uma das nossas maiores perdas. Assim foi concebida a ideia: a Nova Biblioteca de Alexandria, uma ligação entre passado e futuro e equilíbrio entre modernidade e tecnologia e história e patrimônio.
O projeto saiu do papel em 1989 e houve uma onda de apoio, incluindo o presidente na época Hosni Mubarak e a UNESCO. Nas duas décadas seguintes, o financiamento da biblioteca foi garantido e a enorme e ambiciosa estrutura começou a tomar forma. A construção demorou sete anos e a inauguração ocorreu em 2002 a um custo de quase 220 milhões de dólares.
Uma competição internacional anônima foi realizada para a seleção do design vencedor. A empresa norueguesa de arquitetura Snøhetta foi a vencedora ao apresentar um projeto de design contemporâneo e atemporal. A construção, finalizada em 2001, foi feita em parceria com o Hamza Associates, grupo local de arquitetos.
O edifício circular e inclinado mede 160 metros de diâmetro e possui 32 metros de altura, além de se aprofundar cerca de 12 metros no solo. Possui esculturas esculpidas feitas em colaboração com os artistas Jorunn Sannes e Kristian Blystad, que empregaram cortes nas pedras para criar inscrições na fachada: uma série de textos em línguas modernas e extintas.
A construção, de última geração, é reluzente por ser iluminada indiretamente por claraboias verticais. Não é exposta à luz solar direta, pois seria prejudicial para os livros e manuscritos. Isso compõe um grande anfiteatro de leitura uniformemente iluminada.
O gasto final da construção foi muito acima do planejado (era de 65 milhões de dólares), deixando pouco para o financiamento das coleções da biblioteca. Portanto, é um compromisso com a erudição e leitura, pois o projeto é de longo prazo, até completar os 8 milhões de livros. A biblioteca recebeu, só da França, uma doação de meio milhão de livros em francês, da Biblioteca Nacional da França. A Espanha também fez uma grande doação de documentos mouros.
Endereço: Al Azaritah WA Ash Shatebi, Qesm Bab Sharqi, Província de Alexandria 21526, Egito.
Direitos autorais das fotos de Snøhetta; exceto: a do planetário, que pertence à Book Riot; as dos artefatos egípcios, encontradas no Flickr; as das máquinas de impressão antigas em exposição, do blog BO-niche Design; e a da placa e com marca dágua são do blog Travel to Eat.
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- Libreria Acqua Alta, livraria sobre os canais de Veneza - Itália;
- Atlantis Books, livraria com vista paradisíaca e caverna recheada - Grécia;
- Tianjin Binhai Library, biblioteca futurística gigantesca - China;
- Vila Literária Óbidos, a cidade medieval cheia de livros - Portugal;
- Archivo Histórico y Biblioteca Pública Municipal de Baiona, hospital do século XVII transformado em biblioteca - Espanha;
- Muyinga, biblioteca inclusiva para crianças surdas feita de terra - Burundi.
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