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Revelações, volume 1 de Horizontes, Roberto Laaf, Alcantis

Revelações
Volume 1 - Série Horizontes
Roberto Laaf - Editora Alcantis
163 páginas - Ano de lançamento: 2010

Sinopse:
"Ana Clara possui um raro dom de premonição que lhe permite saber quando uma pessoa tem a vida ameaçada, bastando o mínimo de contato físico com ela para que terríveis visões de assassinato fervilhem em sua mente.
Depois de adormecido por vários anos, o dom de Ana Clara ressurge de forma inesperada, trazendo-lhe visões apavorantes com sua melhor amiga sendo brutalmente assassinada.
Sua angústia é saber que, em todas as vezes que seu dom se manifestou, as pessoas em suas visões morreram. E, agora, ela deseja desesperadamente evitar o assassinato de sua amiga.

“De uma varanda do terceiro andar no prédio em frente, a apenas cerca de 25 metros de distância, o assassino mantinha o olho direito na mira telescópica de seu rifle, observando o estrago que acabara de fazer...”


Minha resenha:
Este livro demonstra o quanto a nova literatura nacional pode ter grande qualidade, ser um frescor nas prateleiras, merecendo destaque e mais atenção por parte do leitor e mídia.
Minha análise começa com a boa qualidade também observada na impressão, diagramação, revisão e capa do livro. Não deixa nada a desejar para os livros internacionais de sucesso.
A capa é um show a parte. Ao fundo, o cenário urbano, muito importante na história. Em primeiro plano, a protagonista Ana Clara, ventos em seus cabelos, mostrando que sua vida não é quieta. O contraste entre sua pele muito clara, destacando-se no ambiente escuro e vasto. Ela tem os olhos serenamente fechados e parece entregue a pensamentos, sentimentos, o que será?
Uma linda capa que nos prova o quanto ela pode estar ligada diretamente à história, como um resumo da sinopse.
Outra forte ligação à história é o título do livro. A cada página, uma nova revelação, a cada capítulo, reviravoltas e descobertas. Tudo está inteligentemente interligado. Toda a trama vai se encaixando e chocando, surpreendendo aos poucos (ou de repente!). Nada é passado ao leitor por acaso. Cada informação é preciosa para o grande clímax.
Não há como não desejar ir logo para as próximas páginas, tamanha é a curiosidade que sentimos. Os capítulos são curtos, bem estruturados e nenhuma linha foi desperdiçada.
Nada é o que parece ser, você desconfia de que algo acontecerá e quando vira a página, descobre que enganou-se! Pela sinopse, você imagina o quanto clichê é a história, no entanto, conclui que não é nem um pouco.
As descrições de Laaf sobre todas as coisas é feita de forma leve, completa e permite ao leitor imaginar cada personagem, cada local, sem dúvida alguma. Nossa mente acompanha tudo de forma prazerosa e mergulha em seu mundo como se fosse uma história real.
O que ajuda também essa impressão de realidade é o cenário urbano, carioca, com ruas e locais definidos, nos levando à vida do cotidiano do Rio de Janeiro. E numa observação mais sinistra, pensamos em como é perigosa essa vida, o quanto as grandes metrópoles podem esconder crimes, perigos e morte.
É neste cenário atual e moderno que Ana Clara, a protagonista possuidora de um dom incontrolável e indefinido vive. Ela possui visões angustiantes sobre o perigo de morte de alguém com quem ela tem contato físico. Esse dom parecia adormecido em sua alma, pois a anos não a importunou. Porém, esse dom jamais lhe foi esquecido, foi através destas premonições que Ana Clara, quando criança, viu a trágica morte de seus pais, um trauma para sempre pesando em seu coração.
Ela não se deixou abalar com isso, e mesmo sendo profundamente triste com essa lembrança, ela cresceu e desenvolveu uma personalidade muito companheira, educada e prestativa. Apesar de não ser muito chegada a vida social e não ser fã de baladas noturnas, ela se relaciona muito bem com todas as pessoas com quem convive e trabalha.
Ela é uma médica veterinária muito bem-sucedida e na clínica aonde trabalha, uma das mais conceituadas da cidade, ela fez uma amizade marcante: Clarisse, também médica veterinária.
Apesar das duas amigas serem muito semelhantes na aparência física, parecendo até mesmo irmãs, Ana Clara é muito mais madura que Clarisse. Na verdade, ela é mais madura do que a maioria das moças de sua idade, devido aos problemas já sofridos por ela. E é discreta, mantém tudo em segredo.
A amizade entre elas é pura e verdadeira. O cuidado de Ana Clara para com Clarisse, antes de irmã, iguala-se ao cuidado de uma mãe. Ana Clara, ao abraçar Clarisse, tem uma premonição sobre sua morte. Passa então, a preocupar-se integralmente com sua melhor amiga. Como permitir acontecer com ela, sua irmã-postiça, o que aconteceu com as pessoas que mais amou no mundo, seus pais? Ela não pode permitir. A partir daí, impossível conseguir largar o livro!
Ana Clara é bonita, inteligente, educada, companheira. Mas tem seus defeitos: impaciência e teimosia, o que deixa a personagem muito charmosa aos olhos do leitor. Adoro quando ela se frusta com o celular ou assopra a franjinha para o alto. Ela é muito forte e enfrenta seus medos profundos, é muito corajosa. Pessoalmente, é uma personagem de literatura com a qual eu me identifiquei quase 100%, minha personalidade é parecida demais com a dela e também perdi meus pais com pouca idade, dentre outras coisas que não detalharei.
Todos os personagens secundários são importantes, a cada momento, uma nova descoberta pode eleva-los a um destaque na trama. O leitor deve estar atento a todos que entram e saem das cenas.
O vilão é vilão de verdade, calculista, esperto e tão mau que nos causa arrepios. Toda sua maldade e frieza são sustentadas por anos e anos de crimes e assassinatos, aliados a um sentimento gigante de vingança. E seu alvo: Ana Clara. Armado e decidido, ele vai se vingar dela, a qualquer custo.
Como ela poderá se defender e defender a quem ama do perigo?
Só lendo para ver como Laaf consegue essa fantástica integração entre fatos, personagens e ambientes. Entre passado, presente e futuro.
Recomendo bastante essa leitura, a qualquer tipo de leitor. É o tipo de história que não importa se você curte ou não gênero policial ou de ficção. Pois os crimes e investigações e os poderes de Ana Clara são apenas o tempero de uma história que fala mesmo é da alma humana e seus pontos fortes e fracos.
Agradeço ao Laaf por me dar o livro de presente. Iniciarei a leitura do segundo volume, Vocação e sinto que continuarei torcendo por Ana Clara, mesmo quando tudo dá errado e ela fracassa. Pois ela é pele e osso, mesmo com as premonições.
Leitores Viciados, não irão se arrepender de adquirirem o livro, irão se sentir dentro de um charmoso e perpicaz seriado.
Leia a resenha de Vocação, o volume 2.

Para saber mais sobre a série Horizontes, leia a postagem que eu fiz e acesse o site oficial da série.
Conheça um pouco o escritor Roberto Laaf na página Escritores Amigos ou no site oficial dele.

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