Apresento aos Leitores Viciados o escritor de literatura Fantástica André Victtor.
Conheçam o blog do autor, aonde o leitor acompanha postagens com histórias criativas que viajam por vários gêneros fantásticos, do sobrenatural ás lendas...
Contos fantásticos, lendas incríveis, fatos verídicos, histórias instigantes e experiências sobrenaturais... Onde a realidade e a ficção se misturam! Esse é o blog Histórias do André Victtor.
O mais recente lançamento do André é o livro Histórias do André Victtor volume 1. São histórias fantásticas para serem lidas ou contadas antes de dormir ... Um precioso presente para quem gosta de histórias e lendas... Ele já publicou outros livros: Os Vampiros de Dubai, Os Sobreviventes da Santa Inquisição, Vampiro Victtor O Retorno do Mestre. Em breve ele lançará o volume 2 de Histórias do André Victtor e o livro O Mistérios dos Motoqueiros Vampiros.
Leia essa história fantástica escrita pelo André e extraída de seu blog com a permissão dele, para divulgação de seu ótimo trabalho. Uma degustação:
"Isollyna, a Verdadeira Mulher Mula sem Cabeça...
Isollyna era uma senhora que aparentava ter aproximadamente setenta anos de idade naquela época.
Em sua casa, ela criava sete gatos pretos. Não deixava de ser uma idosa estranha. Possuia um longo cabelo loiro, escondido sempre entre vários lenços coloridos.
Em sua testa, ela trazia a marca de uma verruga enorme. No centro dessa verruga, havia ainda três pequenos fios de cabelos negros que eram notáveis.
Isollyna fora casada no passado, porém não possuia filhos.
Pelo que me contavam sobre ela, nunca mais eu esqueci e agora vocês também conhecerão a sua história...
Isollyna era a sétima filha de um sétimo filho, sendo ainda fruto de um incesto, ou seja, ela na verdade era filha de dois irmãos que por obra do destino foram separados quando eram crianças, sendo entregues para dois donos de circos que passaram por minha cidade entre os anos de 1890 a 1891.
Dizem que o casal de irmãos voltou a se conhecerem novamente quinze anos mais tarde, vivendo a partir dai uma vida conjugal.
Quando Isollyna nasceu, seus braços tinham a curvatura contrária, sendo os cotovelos na frente, ou melhor, em cima dos ante-braços.
Um grosso casco existia na sola dos seus pés e nas palmas de suas mãos. E como não bastasse isso, uma pequena crina nascia na parte de cima de sua cabeça e seguia até o meio de suas costas.
Não se sabia o porque daquilo. Seu parto foi feito na zona rural sob os cuidados de uma parteira naquela época.
Contam ainda, que o seu pai, o senhor Jarbaz, era um homem muito esquisito, suspeito de roubar várias crias equinas daquela região, onde levava para sua casa dentro de um saco após esquartejá-las no meio do mato. Os fazendeiros e sitiantes achavam depois somente as cabeças e os pés daqueles cavalinhos e suas éguas parece que sentiam a morte deles, pois choravam por alguns dias...
Talvez, o nascimento de Isollyna fora um castigo para Jarbaz, por assassinar vários filhotes de éguas que ainda nem eram desmamados.
Isollyna cresceu e seus problemas foram minimizados por várias cirurgias custeadas pela comunidade rural onde morava.
Ela foi levada para fazer correções ortopédicas em são Paulo durante muitos anos.
O tempo passou e seus pais morreram de uma doença desconhecida.
Ela então já moça, resolveu se casar com um tal de Rovilson, após namorá-lo por poucos meses.
Rovilson era um rapaz simples, trabalhador rural e meio beberrão (gostava de tomar umas e outras).
Nos finais de semana, ele sempre chegava embriagado em sua casa e Isollyna lhe dava a maior bronca.
Certo dia, numa Sexta-feira de Quaresma, Rovilson acorda assustado com vários barulhos de trotes em seu quintal.
Parecia que um cavalo furioso rondava a sua casa e se debatia pelas paredes, tentando até mesmo entrar pela porta principal.
Rovilson gritou várias vezes pela sua mulher Isollyna, porém, ela não estava dentro de casa. Havia sumido da cama durante aquela noite. E cada vez que Rovilson a chamava, lá fora aquele cavalo relinchava.
Rovilson então resolveu sondar por um pequeno buraco na sua janela.
Após aquele animal rondar os fundos da casa e passar em frente da janela, Rovilson ficou apavorado.
Era uma enorme égua branca, possuía uma crina loira com alguns lenços ainda amarrados.
Mas um pavor tomou conta de sua mente quando ele não conseguiu visualizar uma coisa.
A cabeça daquela égua simplesmente não existia.
Rovilson havia se casado com uma mulher que virava a verdadeira Mula-sem-cabeça.
Rezando todos os tipos de rezas, ele aguardou o dia clarear e desapareceu da vida de Isollyna para sempre.
Depois disso, Isollyna nunca mais se casou e seus sete gatos pretos eram a sua única companhia.
A transformação na Mula-sem-cabeça era o carma que Isollyna tinha que carregar para sempre, para assim pagar o pecado cometido pelo seu pai.
Talvez isso fosse uma maldição lançada pelo pensamento coletivo de todas aquelas éguas, que tiveram suas crias assassinadas cruelmente no passado...
( André Victtor )"
Leia a postagem original no blog do André Victtor e saiba mais sobre a lenda da mula sem cabeça e muitas outras lendas diferentes.
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Dica: Histórias do André Victtor volume 1
28 de agosto de 2011
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