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Eduardo Spohr na Bienal: entrevista

Aos 34 anos, o escritor carioca Eduardo Spohr conquistou um lugar pouco atingido por autores brasileiros: a lista dos livros de ficção mais vendidos no país, geralmente dominada por best-sellers estrangeiros.

Com seu romance de estreia, “A batalha do apocalipse”, Spohr virou hit na internet, onde chegou a vender 4 mil exemplares impressos de forma independente. Logo veio o contrato com uma editora de grande porte, e agora ele comemora 180 mil cópias vendidas.

Na Bienal do Livro, que acontece até dia domingo (11) no Rio, Spohrl ança seu segundo livro, “Filhos do Éden – Herdeiros da Atlântida”, primeira parte de uma saga de seis livros.

“Não me considero um bom escritor, sou apenas um nerd que gosta de contar histórias”, diz o autor em entrevista exclusiva ao G1. No domingo (11), ele participa do Conexão Jovem, no evento, em que falará a uma plateia de 400 leitores.


Cultura nerd
Inspirado na Bíblia e em jogos de RPG, “A batalha do apocalipse” narra uma guerra entre exércitos celestes e anjos caídos, que pode ameaçar toda a humanidade.

“Desde criança, tentava entender a conexão entre religião e ciência, os anjos são criaturas que sempre me fascinaram”, diz Spohr, que é fã de “Guerra nas Estrelas”, “Matrix” e quadrinhos.

“Eu misturo mitologia e filosofia com aventura, e acho que é isso que deve atrair os leitores. As pessoas gostam de ler para se divertir, mas também gostam de sentir que estão aprendendo alguma coisa.”

Segundo romance
“Me pediram para fazer uma continuação do ‘Batalha’, mas tive medo da chamada "síndrome de Matrix”, brinca o escritor, referindo-se ao longa-metragem cujas sequências não foram bem recebidas pelo público. “Resolvi criar um novo universo, totalmente diferente, mas também inspirado na cultura nerd”, conta Spohr sobre o novo livro. Ele já tem contratos para lançar “A batalha do apocalipse” no exterior nos próximos meses.

Eduardo Spohr diz que se sente “surpreso e feliz” com o sucesso, mas não esquece como tudo começou. Em 2003, ele perdeu seu emprego de jornalista em uma empresa de internet e começou a escrever as histórias que tomavam seu imaginário quando jogava RPG. “Foi uma época sinistra, fiquei dois anos desempregado. Escrevia até para me ocupar, fazer alguma coisa produtiva”, lembra.

Ele aponta o crescimento da cultura nerd na mídia como um dos principais fatores no sucesso de suas histórias. “Hoje, o nerd virou popular. Os heróis que eram admirados só por meia-dúzia de fanáticos, passaram a fazer parte da vida de todo mundo”, diz o escritor, citando “Homem-Aranha” e personagens de “Senhor dos anéis” como exemplo. “Quando minha avó me disse que adorou meu livro, percebi que o mundo está mudado”, brinca.

Fonte: G1

Um comentário

  1. Eu fui : )
    Foi muito legal o carisma dele com o público e fui eu que pedi o autórafo antes da seção : D

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